Stupid-Dabi

36°

3 anos depois:

- Merda...

Olhei para o teste de gravidez, em minhas mãos.
Positivo. Merda.

Touya e eu temos nosso próprio apartamento, o apartamento tem três quartos, o apartamento é enorme, caberia uma criança aqui facilmente.
Mas Touya gostaria de ter esse filho? Claro, já conversamos sobre isso antes, ele já me falou que pensa nisso as vezes, mas que não está na hora. Merda.

Isso se repetia várias vezes em minha cabeça enquanto eu analisava o teste.
Eu preciso fumar.
Peguei o teste e sai do banheiro, fui em direção a sacada do nosso quarto e coloquei um cigarro a boca, em seguida acendi.
Antes mesmo de tragar alguma vez eu tirei o cigarro rápido da boca e o apaguei.
Touya estava lá na cozinha preparando o almoço.
Depois de alguns meses morando juntos, ele sempre reclamava da minha comida, porque realmente era uma porcaria. Então eu mandei ele fazer a porra da comida pelo menos uma vez pra ele parar de me julgar,e então surpreendentemente descobrimos que ele cozinha muito bem. Então dês esse dia ele que cozinha.

Respirei fundo e sai da sacada do quarto. Ok, eu realmente estou grávida.
Fui em direção a cozinha e vi ele de costas para mim, ele mexia o corpo levemente enquanto cortava um tomate.
Cheguei perto dele com o teste nas mãos.

Ele notou minha presença é veio me dar um beijo na testa, um ato que eu adorava particularmente.

- Oh, oi demoninha. - Ele começou a me chamar a assim por algum motivo no começo do nosso namoro. Não foi bem um começo de namoro, estávamos em um jantar importante com alguns potenciais aliados que Shigaraki queria, um cara veio dar em cima de mim, Touya então chegou perto de mim e agarrou minha cintura é me beijou, me lembro de o cara ter ficado sem reação, acho que Dabi falou " Sai cara, ela é minha namorada", mas não havíamos combinado de namorar, ele só falou isso e dês de então estamos namorando.
Ele notou minha expressão, ele notou que tinha algo me abalando. Ele largou a faca e secou as mãos em um pano que havia na sua cintura. Ele então levou as mãos ao meu rosto, ele não estava mais alegre e sim preocupado.
- Oque foi?

Entreguei o teste de gravidez para ele, ele então se afastou um pouco e pegou o teste das minhas mãos.
Ele ficou um segundo em silêncio pensando e então voltou a falar.

- Oque isto significa? - Seu tom de voz havia mudado, agora ele voltou a ficar seco, como ele era antigamente. Merda...

- Significa que estou grávida. - Falei em um sussuro olhando para ele.

Touya não disse nada, ele ficou ali em pé, alternando seu olhar entre meus olhos, minha barriga e o teste em suas mãos.
Ele então passou por mim e pegou sua chaves da moto e da casa e saiu porta afora. Ele não me disse nada.

- Ele reagiu pior do que eu esperava, certo cupcake? - Falei depois de um tempo em que eu estava parada em pé, então nossa gatinha veio se enroscando na minha perna. Era uma gata preta, Dabi insistirá que deveria ser preta. Colocamos o nome cupcake por causa do meu aniversário, pois ele tinha me dado um cupcake na praia...

Desliguei o fogão e tampei as panelas, em seguida fui para o nosso quarto e me deitei na cama.
Eu espero que ele volte.

Passei o dia todo assim, deitada na nossa cama, com a televisão que fica de frente para a cama ligada, mas eu não prestava atenção, ficava o tempo todo passando a mão na barriga, que não havia curvatura alguma ali, mas eu passava a mão como se realmente pudesse sentir a criança que estava ali dentro. Me peguei pensando várias vezes se seria uma boa mãe, não tive exemplos de como ser uma boa mãe, pensei várias vezes se eu poderia abortar se Touya é eu não quiséssemos a criança, mas eu não consigo, quero ter esse bebê, se Touya não quiser eu crio a criança sozinha.
Já estava anoitecendo, olhei para o telefone ao meu lado é não havia mensagem ou ligação alguma de Touya.
Touya passou o dia todo fora de casa, ele não bebia mais, não quanto antes quando tinha problemas, será que ele está bebendo?

Agora são 19:29, escuto a porta do apartamento ser aberta, em um sobressalto eu saio da cama, vou correndo até a sala e observo ele.
Não parece estar bêbado, está com uma sacola na mão, aquele tipo de sacola marrom que vem com roupas. Ele está de cabeça baixa tirando os sapatos, ainda não me olhou. É então nossos olhares se encontraram, Touya mudou muito desses anos para cá, ele me deixa ver seus sentimentos, não é mais tão fechado, me contou tudo de sua vida, ele me conta tudo. Então quando nossos olhos se encontraram eu vi tristeza em seu olhar, havia uma distância considerável entre a gente.

- Oi. - Ele disse primeiro, sua voz estava em um tom triste também, aquilo estava me magoando.

- Olha... Eu posso ir embora, sei que a gente tinha conversado sobre esperar para ter um filho, mas aconteceu.

- Não é isso. - Ele disse vindo em minha direção. - Claro que não é isso S/n.

Ele parou a minha frente e estendeu o braço para me entregar a sacola, primeiro vi o teste de gravidez que ele havia levado, em seguida vi um tecido branco.

- Oque é isso? - Perguntei tirando o tecido de dentro da sacola.

É então eu vi. Era uma roupinha de bebê.

- Eu quero você, quero essa criança, amo vocês sem nem ao menos conhecer essa pessoinha que está aí dentro, vou tentar ser um bom pai, por mais que eu nunca tenha tido bons exemplos... Você também não teve, mas sei que será a melhor mãe que essa criança pode der ... Nós seremos os melhores pais que essa criança pode ter. - Ele disse me olhando. Porém eu olhava a roupinha de bebê em minhas mãos.

Segurei a roupinha e pulei em seu pescoço, abracei Touya, ele se surpreendeu com o gesto por um segundo então em seguida passou os braços pela minha cintura me abraçando fortemente contra seu corpo.

- Eu achei que você iria embora. - Falei chorando, merda de hormônios. - Achei que tinha passado o dia bebendo. Achei que não voltaria.

- Não. - Ele disse soltando uma risada abafada. - Passei o dia andando de moto, precisava pensar um pouco, e então quando vi a lojinha de roupa de bebês eu entrei e comprei está...

Touya será o melhor pai que essa criança poderia ter, eu sei disso.

Ele foi até a cozinha e notou as panelas todas do jeito que ele deixou. Então virou o rosto para mim com uma expressão se extrema confusão.

- Você não almoçou?

- Não, estava sem fome. E preocupada com você.

- Vem, vou fazer algo para vocês comerem. Você tem que se alimentar melhor a partir de agora.

- Eu sei, amor. - Falei rindo, Touya sempre brigava comigo por eu não me alimentar bem, agora ele tem um motivo para brigar mesmo comigo.

Booh! Lembram que eu falei que eu iria postar alguns capítulos extras?? Aqui estão.
Muito obrigada pelo alcance que a fanfic teve, nunca achei que tantas pessoas iriam gostar de ler, comecei a escrever só por diversão, sinceramente eu acho essa fanfic uma bosta pq tem muitos furos, eu nem ânimo ler ela, agora nesses últimos capítulos extras vai estar melhor prometo.
Obrigada por gostarem da minha fanfic, por qualquer que seja o motivo para isso.