- Vendida A Um Estranho *.°|

|• Richard Florence •|

Richard Florence

Fico horas analisando as câmeras e tentando saber qual o sentido disso tudo.
Olho para meu celular e ainda não tenho nenhuma notícia de Cíntia, todas as minhas mensagens enviadas estão no vácuo. Decido ligar para ela mas só dá caixa postal.
O que será que está acontecendo lá?
...
William está dormindo, enquanto analiso inúmeras vezes os vídeos das câmeras de segurança.
Como que ela conseguiu editar os vídeos, sem nem tentar entrar na sala de segurança? Com certeza foi algum cúmplice, mas quem será?
Vejo todas as pessoas que entraram na sala de segurança aquele dia antes da confusão, e a única pessoa diferente foi meu pai... Ele ficou cerca de 1h00 dentro daquela sala.
Tentando achar algum suspeito, ouço meu celular tocar e vejo que é uma ligação do meu detetive. Atendo.

— “Oi?”

— “Olá Sr. Richard, tudo bem?”

— “Tudo, alguma novidade?”

Pergunto curioso com o motivo da ligação.

— “Podemos nos encontrar hoje? No no restaurante O'Roses... no centro da cidade?”

— “Sobre o que seria?”

Pergunto não entendendo o motivo.

— “É um assunto muito importante e de seu interesse, infelizmente não poderei falar por telefone... Estamos correndo perigo!”

Consigo sentir a gravidade do assunto em sua voz, e então confirmo. Marcamos um encontro para as 16h00.
O que será que está acontecendo? Será que ele descobriu algo tão perigoso assim? O Dr. parecia estar realmente preocupado e assustado.
...
Assim que estou pronto, pego minhas chaves e aviso William que iria sair. Peço para ele tentar arrancar alguma informação da mulher.
Saio do apartamento e vou direto para o estacionamento, na saída do elevador, vejo Rafaela ao longe.
Porra, essa idiota me persegue mesmo?!
Tento sair do elevador e entrar no carro sem ser notado.

— “Richard?”

Ouço sua voz nojenta me chamar.
Não dou ouvidos e entro rapidamente no carro, saindo imediatamente do estacionamento.
Me livrei
...
Durante o trajeto acabo pegando trânsito, fico aliviado por ter saído mais cedo, se não chegaria atrasado.
Chego no restaurante e estaciono o carro em frente ao local, saio do veículo e entro, assim que passo pela porta avisto o Doutor, sentado em uma mesa reservada.

— “Bom... aqui estou, qual é o motivo disso?”

Pergunto enquanto estou sentando em sua frente.
Doutor apenas sorri de forma gentil para mim.
Um garçom se aproxima da mesa e anota nossos pedidos, logo se retira.

— “Sr. Richard, eu preciso te contar uma coisa muito importante e acho que tenho poucos minutos de vida... Estou me arriscando muito estando aqui com o você.”

Ele diz com um tom bem preocupado e só escuto o que tem a dizer.

— “Talvez estejamos sendo vigiados, então por favor... Não faça nada suspeito, finja apenas que estamos em uma reunião para você contratar os meus serviços.”

Sem expressão, concordo com suas palavras. O que será que este louco quer dizer?

— “Tem uma pessoa muito...”

Ele interrompe a frase, quando o garçom se aproxima novamente de nós, trazendo um vinho e nos servindo.
Tento desconversar o assunto e completo sua frase.