Vejo que estou deitada em uma cama muito macia, em um quarto branco. Me vejo acomodada em uma infinidade de travesseiros, a cama é como se fosse de uma princesa.
Quando consigo me sentar, vejo minha mãe sentada em uma poltrona ao lado da cama. Levanto dando um pulo e vou de encontro ao seu corpo, a abraçando apertado. Assim que sente meu aperto ela protesta gemendo de dor.
Me afasto dela e vejo seu rosto roxo, uma mancha preta em volta do seu olho fechado de tão inchado. Sua boca está cortada e com sangue seco, em seu cabelo também vejo uma trilha de sangue. Seu braço está vermelho e em uma posição estranha, que me faz pensar que está quebrado. Suas roupas estão rasgadas e ela possui marcas de mordidas em seu pescoço e colo, alguns com pedaços arrancados por dentes.— “Mãe quem fez isso com você?”
Pergunto assustada e desesperada.
— “F-filha... não se en-gane. O-o fi-nal é sem-pre igual.”
Ela diz com muita dificuldade, assim que termina sua voz vai sumindo e o seu corpo perdendo a força.
Sinto suas energias se esvaindo, logo a encontro sem vida naquela poltrona.
Grito seu nome com toda força que me resta depois de ver aquela cena. Puxo seu corpo para mim e o abraço, mas não tenho respostas.
Não me contenho e começo a chorar desesperada, logo escuro um barulho muito alto.
O quarto que até agora era acolhedor se torna um pandemônio. Nas paredes interiores começa a descer uma gosma vermelha, parecendo sangue e o piso começa a se abrir.
Homens de preto adentram o quarto armados com fusíveis e logo sinto algo me atingir.
Caio no chão com dor em meu peito e logo coloco minha mão no local, até que me deparo com sangue saindo de meu corpo.
Quando olho para os homens, consigo reconhecer meu pai entre eles.
Tento pedir ajuda com a pouca energia que me resta e em resposta, vejo sua risada sarcástica.
Meu pai se aproxima de onde estou e se ajoelha ao meu lado, pega meu rosto e me dá um tapa.— “Sabe aonde seu marido está?”
Pergunta apertando minha mandíbula com tanta força, que acho que a qualquer momento vai ceder.
— “Está com Sofia.”
Diz com ironia.
— “Nem para segurar um homem você presta.”
Ele se levanta e rapidamente chuta meu rosto, vejo a cena em câmera lenta. Sinto alguns dentes se quebrarem, com a força do impacto.
— “Você vai morrer igual sua mãe!”
Sinto outro chute sendo praticado contra meu corpo, fazendo me sentir muita dor. Meus olhos se fecham e não os consigo mais abrir, levo minhas mãos até eles e sinto sangue escorrendo.
Logo escuto a voz de meu pai novamente, o que me faz ficar em alerta para qualquer barulho no cômodo e após alguns segundos de silêncio ouço o engatilhar de uma arma. Não sei onde estou ou como cheguei aqui, só sei que esse é meu fim.
A voz do meu pai chama minha atenção.— “Adeus Querida Ella!”
Ouço um tiro.
***
— “Manuella... Manuella... Manuella... Acorda!”
Sinto meu corpo ser violentamente chacoalhado.
Abro meus olhos devagar e os fecho com força, pois a claridade me machuca. Sinto que estou em braços muito fortes, pelo perfume sei quem é.
Me lembro do meu sonho e caio em prantos. Richard não me afasta, apenas me alinha ainda mais em seu peito. Me sinto protegida, o que faz com que meu choro se intensifique mais ainda.
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- Vendida A Um Estranho *.°|
RomanceObs.: HISTÓRIA PAUSADA (INCOMPLETA) Apenas um romance fictício, envolvendo amor e ódio. Me chamo Ella Carter tenho 18 anos e sigo uma vida simples com minha mãe e irmãos. Sabe aquele sonho que toda garota já teve na vida? De encontrar um príncipe en...