- Vendida A Um Estranho *.°|

|• Ella Carter •|

Sabe quando temos um pesadelo, e tentamos acordar a todo custo? Mas mesmo assim não conseguimos?! Era assim que eu estava me sentindo.
Sabia que estava em um carro e em movimento, mais não consegui abrir os olhos ou me mexer. Era assustador, porque não sabia o que estava acontecendo, ou aonde estava indo, apenas sentia frio.
Quando acordei estava em uma cama quentinha e confortável, meu corpo todo doía, parecia que eu tinha dormido um dia inteiro.
Olhando em volta, eu estava em um quarto acinzentado, bem decorado.

Estava deitada em uma cama de casal, com dois criados mudos, um a cada lado. Á minha direita, tinha uma linda janela, que era como se fosse uma parede toda envidraçada.
Me levanto e abro uma das 3 portas que tinha naquele cômodo, entro em um closet pequeno, no qual estava minha mochila. Abro a porta ao lado também, que dava acesso a um banheiro grande. A terceira porta estava trancada.
Sinto muita sede, já estava com a boca seca, parece que estou sem água a dias. Olho em volta e não encontro nenhuma jarra de água, então vou até a pia do banheiro e bebo um litro de água, praticamente, em um só gole, nunca senti tanta sede.
Vou até minha bolsa, e pego uma troca de roupa para tomar banho. Entro no banheiro levando minha roupa limpa e deixo na beira da pia. Ligo o chuveiro, a água é tão quentinha, a minha vontade é de ficar aqui e esquecer tudo o que aconteceu. Queria voltar no tempo, antes da campainha tocar e começar todo esse pesadelo.
Fico embaixo do chuveiro por meia hora, até meus dedos enrugarem. Meu estômago se manifesta, lembro que só tomei café da manhã a um longo período de tempo.
Interrompi meu banho e me vesti.

Coloquei uma roupa básica e meu tênis, pois não trouxe outro sapato.
Após fazer um rabo de cavalo no cabelo, sento na cama, pensando no que posso fazer. Me jogo na mesma, deitando de barriga para cima e de braços abertos.
Fico naquela posição por um tempo, até não aguentar mais. Resolvo dar uma espiada pela janela, o sol já quase havia desaparecido, o pôr dele estava lindo.
Por conta do frio, acredito que não estamos no Brasil... Onde será que eu estou?
Ouço um som de porta sendo destrancada e meu medo se personifica, aguardo até que alguém entre, mas ninguém aparece.
Vou até a porta e percebo que a mesma não está mais trancada, então saio do quarto.
Caminho por um longo corredor, até visualizar uma escada, desço ela.