|• Richard Florence •|

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Richard Florence

Aqui estou eu, parado no altar, esperando minha futura esposa entrar na igreja.
Meu pai, ontem, insistiu para que eu fosse na casa do Sr. Carter, meu futuro sogro, para conhecer minha noiva, mais eu não quis ir.
O meu único pedido foi que ela fosse bonita e meu pai me garantiu que era linda.
Minha mãe e irmãs dizem que não tenho coração, pelo fato de me casar com alguém sem ao menos conhecer a mulher, mas para mim não faz diferença.
Meu principal objetivo agora é me firmar na sociedade e ter sucessores.
O único pedido de meu futuro sogro é de preservar preservar a vida de minha noiva, pois temos muitos inimigos.
Depois do casamento, se eu não gostar dela, eu posso deixá-la em alguma de minhas casas, num lugar que não precise ver a cara dela.
Fui criado desde pequeno sabendo que um dia me casaria com uma mulher que é beneficiada pela máfia e foi o que aconteceu. O Sr. Carter veio até meu pai com uma proposta de sociedade, meu futuro sogro é um fabricante de armas, e meu pai tem como principal atividade, na máfia, a venda de armas. Então juntaram o útil com o agradável e os dois concluíram que seria vantajosa. Para completar eu sou o único herdeiro homem da família, o único sucessor da máfia, então é necessário que eu me case com a filha do Sr. Carter. Assim formalizamos o acordo.
Como todos os acordos feitos com a máfia, ele não poderia ser desfeito, por isso assinamos o contrato de não-divórcio, isso significa que seríamos casados até a morte.
Nunca acreditei nessa história de amor, acho que isso foi inventado pelos escritores para vender mais livros.
Só espero que minha esposa seja obediente e eu tenha filhos logo, essa cobrança em cima de mim está me deixando estressado, afinal esse é o único assunto do meu pai. Ele quer cuidar e ensinar da próxima geração de herdeiros.
Após alguns minutos de silêncio, a marcha nupcial começa a tocar, finalmente, não aguentava mais a espera.
A porta se abre e vejo no fundo da igreja, uma menina com um vestido branco, ao lado do Sr. Carter. Quando ela se aproxima posso ver que meu pai não mentiu ela é linda. Tem pele bem branquinha, cabelos e olhos claros, boca bem cheia e pintada de vermelho. Está usando colar de diamantes que a deixa mais bonita.
Quando seu pai me entrega sua mão, fico hipnotizado pela sua beleza. Ela possui um olhar inocente, como se fosse uma boneca de porcelana.
Parece uma princesa com este vestido, saída de algum conto de fadas, no qual eu sou o vilão dessa história.
Nem presto muita atenção na baboseira que o padre fala, não acredito naquelas palavras. Amor não existe. Só volto a prestar atenção quando ele me pergunta se quero me casar com Manuella, nessa hora me dou conta de que nem o nome da minha noiva eu ​​sabia.
Ela me olha com expectativa, digo que aceito e logo vejo os olhos dela perdendo o encanto que tinha.
Quando o padre faz a mesma pergunta para Ella, ela olha para o chão, respira fundo e diz um rouca que aceita.
Chega a hora de trocar as alianças, ou algemas, que mostram para quem quer olhar quem é um homem casado.
Minha prima, entra com alianças e entrega ao padre, que as abençoa e me entrega para colocar no
dedo de minha esposa. Depois repeti o mesmo processo com Manuella, deposita a aliança no meu dedo.
Logo depois, o padre me dá uma permissão para enfim beijar minha esposa oficialmente. Quando me aproximo, vejo uma lágrima solitária desfilando em seu rosto, com meu polegar enxugo a mesma e dou um selinho em seus lábios macios.
Enfim casados, alguns instantes depois o tabelião chega com uma certificação de casamento e os dois contratados.
Já havia a assinatura de nossos pais como testemunha, assinei os papéis e só faltava as assinaturas de minha esposa. Manuella assina os documentos sem nenhuma reação, imagino que seu pai já tenha a informado sobre o que se trata.
Saímos com ela segurando meu braço pelo corredor, do lado de fora da igreja já havia um carro nos esperando. Continuamos andando até entrar no mesmo, pelas chuvas de arroz e pétalas de rosa. Vi que minha esposa teve dificuldades para entrar no carro com aquele vestido enorme, então a ajudei, depois que ela se acomodou eu me sentei no banco próximo ao compartimento de bebidas.
Nos sirvo uma dose de conhaque, a entrego uma taça e proponho um brinde. Ela aceita sem cogitar. Viro a minha em um só gole e a observo, vejo que ela não bebe sua bebida.
Me sirvo novamente em uma dose generosa.
Agora vem a pior parte, eu e ela teremos que fingir que estamos apaixonados e felizes com o casamento, para que todos acreditem.
Precisava que a Manuella mudasse aquela cara de velório, então tinha ofertar um acordo.
Enquanto a encarava percebo que ela tinha ficado vermelha de vergonha. Ela realmente é muito bonita.

- "Vou adorar come-lá de todas as maneiras possíveis."

Quando digo isso, ela abaixa a cabeça e fica mais vermelha ainda. Como é possível uma mulher linda como ela, ter tanta vergonha assim? Acho que ela está se fazendo de boba, dúvido muito que ela seja tão ingênua assim.
Quando pergunto se ela tem medo de mim, ela não responde, fico esperando e nada dela se manifestar. Coloco meu copo no compartimento e me aproximo dela, agarro seu queixo com intensão de machucá-la e digo em seu ouvido para que toda vez que eu perguntasse algo ela deveria responder. Logo depois ela gaguejou um pouco mais respondeu.
Fique aliviado, era exatamente isso que eu quero dela, que sinta medo de mim, muito medo.
Me lembrei de uma conversa que tive com o Sr. Carter sobre a mãe dela e resolvi que poderia ser um bom acordo. Quando propus um telefonema de 5 minutos em troca dela fingir estar apaixonada por mim e mudar a cada de bunda dela, ela aceita sem mais nem menos.
Acho que posso usar esses telefonemas como uma arma de troca muitas vezes.
Assim que entramos no salão, deixei Manuella com minha mãe e fui até meu pai e alguns amigos. Todos me cumprimentaram e parabenizaram pelo casamento, e pela minha linda mulher.

- "Richard, se um dia você se cansar de sua esposa, pode passar ela para mim, vou adorar fazer algumas loucuras com aqueles peitos."

Disse Enzo, meu amigo de infância, me dando um tapinha nas costas.

- "Meu amigo Enzo, aquela ali..."

Apontei para Manuella, que estava conversando com minhas irmãs.

- "Já tem dono, mas se você quiser, posso te dar aulas de como pegar mulheres sem ter que pagar por elas."

Continuamos com uma conversa animada, cheia de brincadeiras e gozações.
Depois de um tempo, meu pai e meu sogro ainda continuavam falando de trabalho, eles estavam conversando sobre o defeito na mira a laser de uma arma que estava prestes a ser lançada.
Olhei para o relógio faltava menos de 2 horas para a viagem de lua de mel. Eu não via necessidade, mas minha mãe me convenceu de que seria bom conhecer minha esposa e passar um tempo a sós.
Procurei a cerimonialista, que me informou que só estava faltando a dança dos noivos.
Fui andando até a mesa onde estava Manuella, determinado a acabar com tudo isso logo. Vi Ella conversando animadamente com minha irmã Mary, era um pouco agradável escutar minha esposa rindo, gostaria muito de escutar sua risada mais vezes. Foi a primeira vez em que vi seu sorriso, ela fica muito mais bonita sorrindo.
Balancei a cabeça para me distrair desses pensamentos, quero que ela tenha medo de mim e que me respeite, é nisso que eu tenho que focar.
Assim que ela pega minha mão, a guio até a pista de dança. Ela cora de vergonha e me diz que não sabe dançar, sorrio convencido.
A música começa e ela deixa ser guiada, a vejo fechar os olhos e encostar sua cabeça em meu peito. Sinto uma sensação estranha, como se fosse o lugar dela fosse ali, nos meus braços. Era como se eu tivesse a necessidade de protegê-la.
Vejo que todas as pessoas do salão estão olhando emocionadas para nós, porém Ella é o centro das atenções.
A afasto um pouco e olho seu rosto, ela me olha sem entender nada. Ela passe a língua pelos lábios de uma forma que me deixa louco, não me contenho. A inclino para traz e selo nossos lábios, no começo a sinto hesitante, depois de um tempo ela se
solta e deixa sua língua brincar com a minha. Era um beijo calmo e doce, que ao mesmo tempo me deixava excitado.
Paramos o beijo por falta de ar, quando nos afastamos vejo seu rosto vermelho, como se fosse uma pimenta, ela estava com muita vergonha. Só me dou conta nessa hora, era seu primeiro beijo.
Assim que minha mãe se aproxima, ela tenta me abraçar, mas a corto rapidamente por conta do volume em minhas calças, digo que estamos indo embora. Minha mãe se oferece para ajudar Manuella a tirar o vestido, mais a impeço, sei que o vestido vai causar um certo desconforto, principalmente no avião, mas será um castigo merecido por me deixar excitado na pista de dança.
Vamos até onde nossos pais estão conversando e aviso que estamos indo embora. Meu sogro me relembra que tenho que cuidar de sua filha e eu deixo bem claro que cuidarei. Poderei fazer o que quiser sem o consentimento dele e nem de ninguém.
Assim que estamos no carro, ela diz que fez sua parte, agora era para eu cumprir com a minha. Olho para ela e penso em repreender o modo como se dirigiu a mim, quem ela pensa que é?!
Penso na festa e em como ele realmente se comportou e deixo passar esse ato de insubordinação por hora, quando chegarmos em casa eu penso em algo.
Programo meu celular para que a ligação não ultrapasse 5 minutos, coloco no viva voz e fico a observando conversar com sua mãe. Ela fica muito emocionada, imagino que esteja sentindo muita falta da família.
Assim que a ligação acaba, ela me devolve o celular e o silêncio predomina no carro novamente.

...

- Vendida A Um Estranho *.°|Onde histórias criam vida. Descubra agora