Boa Leitura!
Joaquim Monteiro
Ontem na hora que chegamos no mercado não me contive e acabei falando com Vanusa na frente da Babi, eu gosto de fazer certas coisas com portas fechadas, mas eu não me segurei. Já de noite quando Babi entro na minha sala, eu estava lendo uma mensagem no meu celular do Nilo. Segundo ele Zion estava no Brasil e atrás de nós, eu estava tentando não pensar a respeito, mas estava cada dia mais difícil.
Eu estava pronto para contratar seguranças, mas faria isso sem ninguém saber incluindo meu filho. Eu não quero que ele saiba disso, ninguém da minha família sabe dessa parte da minha vida e quero que continue assim. Pela manhã depois de sair da casa da minha mulher, vou pra casa tomar um banho rápido, pois meu dia será cheio hoje. Mas quando estava pra sair de casa, meus pais chegam e com eles meu irmão.
-Porque não me avisaram que chegariam hoje? - pergunto enquanto abraço meu pai e depois minha mãe, que está segurando uma bola de pelos. - Um gato mãe? - faço cara feia.
-Minha gata. - resmunga. - E ele vai ficar aqui comigo, nem se atreva a resmungar.
Eu levanto as mãos em rendição, pois se ela falou está falando.
-Já arrumamos tudo lá em Portugal, agora vamos viver de forma permanente aqui. - diz seu Joaquim.
Meus pais estavam em Lisboa se preparando para a mudança, meu pai hoje aposentado foi um grande engenheiro civil e dos bons, mas hoje é um homem que aproveita a vida ao lado da minha mãe que sempre cuidou dos filhos e da casa.
-A casa é de vocês, vou pedir pra Mimi arrumar tudo. - respondo. - Porque ele está calado? - sussurro pro meu pai ao ver José Carlos emburrado.
-Tomou um esporro meu. - diz meu pai em alto e bom tom. - Quarenta anos nas costas e fica enfiado em clube de motos, como pode isso? Trabalhei uma vida para ver ele formado em alguma coisa, mas nunca quis saber de nada. - esbraveja.
Eu olho para José que bufa e sai da sala.
-Eu já te falei para não criticar o menino. - adverte minha mãe. - Ele ganha o dinheiro dele, ajuda o Joaquim e é um bom filho.
-Não é o bastante. - resmunga meu pai que vai para o quarto que fica no andar de baixo.
Eu fiz esse quarto exclusivamente pra eles, para não precisarem subir as escadas.
-Deixa mãe, não adianta que o pai nunca vai achar normal os gostos do Carlinhos.
-Ele se mete com coisas erradas Joaquim e sei que acoberta ele, sempre fez isso. - minha mãe aponta o dedo pra mim. - Mas fico feliz que ele tem você, pois eu e seu pai não vamos ser eternos.
Eu e meu irmão tínhamos dez anos de diferença, por isso eu meio que sempre o protegi de tudo e acobertei muita coisa errada dele. E acoberto até hoje, mas sei que ele é um bom homem e assim como eu, tem seus demônios.
-Ele é um bom homem mãe.
-Eu sei disso. - ela toca meu rosto. - Eu criei bem meus meninos.
Eu vou atrás do meu irmão que está no jardim, ele está sentado numa cadeira olhando pra cima.
-Não liga pro pai. - toco seu ombro.
-Ele só me critica, sempre me criticando... Não sou o mais rico, nem o mais esperto ou correto. - ele olha pra mim. - Eu amo meu clube, adoro gerenciar ele e ganho minha grana no bar, com você, eu sou livre e ele já devia ter aceitado isso.
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Joaquim - Seu Portuga - Família Monteiro Livro 1
RomancePLÁGIO É CRIME! Bárbara Castro, vinte sete anos, solteira, com uns quilos a mais e louca atrás de um trabalho. Joaquim Monteiro, cinquenta anos, pai de um filho, solteiro e dono de uma rede de supermercados muito bem sucedida na cidade. Ela é soz...