Capítulo 12

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Boa Leitura! 

Bárbara Castro 

Eu estava em estado de choque sentada na sala de esperar daquele hospital. Levi na cadeira de rodas ao meu lado, os pais de Joaquim estavam afastados de mim e eu só conseguia pensar que a culpa disso era do Nilo. O que ele falou sobre a Giane fez com que Joaquim passasse mal e agora, estava sendo interrogada pelo José Carlos, pois eu estava lá quando Joaquim passou mal. 

-Eu não sei. - falo pra ele. - Esse amigo dele saiu e ele começou a ficar ofegante... Eu só gritei. - respondo chorando baixinho. 

Eu não contei a ninguém sobre a conversa que aconteceu segundos antes do seu mal estar ou ataque cardíaco como todos estavam imaginando. Esse era um assunto para Joaquim contar, por isso eu me mantenho calada sobre toda nossa conversar. 

-Você está mentindo. - fala Levi. - Aconteceu algo que não quer contar, Babi. - ele me olha. - Meu pai faz exames sempre, estava bem de saúde. Do nada ele tem um mal súbito, ataque cardíaco sei lá o que mais? Aconteceu algo. 

-Levi eu e seu pai não brigamos se é isso que está falando. - rebato. - Eu não tenho culpa do que aconteceu. - respondo tentando fazer eles entenderem. - Ele só passou mal... Eu não fiz nada. 

Nilo fez, mas vocês não podem saber disso.

-Veremos. - fala José Carlos se levantando. 

Eu estava sendo culpada por algo que não tinha feito, mas eu não poderia explicar a eles o porque dele ter passado mal. Eu não sei se Nilo falou a verdade sobre a Giane, mas se o que ele disse for verdade o que eu acho que é pela reação que teve meu namorado, nem quero pensar em como está a cabeça do Joaquim. Agora eu só queria que ele ficasse bem, nada mais me importava nesse momento. 

-Eu não tenho culpa, Levi. - falo olhando pra ele. 

-Não disse que tem, mas está ocultando coisas de nós. - murmura. - Meu pai era um homem sozinho antes de você e infeliz, assumo que você o faz feliz e fico feliz, mas não pode negar que desde que você apareceu na vida dele coisas começaram a acontecer. 

Eu não acredito que ele está me culpando pelo seu acidente. 

-Eu não te atropelei, Levi. - respondo ofendida. - As coisas acontecem e não temos controle disso, eu ter entrado na vida do seu pai não tem ligação alguma coisa essas coisas que estão acontecendo. - me levanto e vou até o filtro de água. 

Eu bebo um pouco de água e fico ali de pé, olhando para meus pés pensando em como cheguei até aqui. 

-Doutor como está meu filho? 

A voz de dona Léia me desperta e caminho a passos curtos e lentos até o doutor, ele estava visivelmente cansado, mas tinha um sorriso reconfortante no rosto. 

-Senhor Joaquim teve um infarto e se ele não tivesse chegado a tempo, um segundo a mais ele estaria morto. - eu me encosto na parede escutando o médico. - Ele está sendo monitorado e não pode ter emoções fortes, ele está sedado agora. 

-Eu posso ver ele? - pergunta dona Léia chorando. 

-Sim, mas só uma pessoa. - avisa o médico. 

-Pode ir meu bem. - fala seu Joaquim para a esposa.

Ela vai com o médico e um pouco aliviada eu sento no chão chorando, eu estava com tanto medo dele morrer, tanto que parecia que meu coração estava sendo esfaqueado de tanta angustia. 

-Vem minha filha, não fica sentada ai não. - eu levanto a cabeça e vejo seu Joaquim com a mão estendida pra mim. - Vem, vamos.

Eu seguro sua mão e levanto. 

Joaquim - Seu Portuga  - Família Monteiro Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora