Boa Leitura!
Joaquim Monteiro
Eu mal dormi depois da minha conversa com Babi, eu estava pilhado demais pra conseguir pregar os olhos. Eu só queria que tudo isso passasse, pois isso estava me sobrecarregando e pra dizer a verdade eu estava velho pra tudo isso. Eu só queria cuidar dos meus supermercados, meu filho e minha mulher, quero poder casar com ela e ter uma vida. Eu preciso ter uma vida depois de abdicar da minha por mais de vinte oito anos, eu poderia ter me casado outra vez, tido outros filhos, mas eu fiquei vivendo de passado e agora não tem como voltar atrás. Eu só posso tentar correr atrás do tempo perdido e viver o tempo que me resta ao lado da Bárbara.
Eu conversei com ela sobre matar seu pai, mesmo ela dizendo que tudo bem eu ainda estava com medo dela ficar com vai de mim, não hoje, mas no futuro. Eu precisava fazer isso logo, pois só assim Galego iria me ajudar, pois tudo que eu quero é acabar com toda essa história. Giane eu não quero ver, pois não sei como vou me controlar sabendo que ela mentiu pra mim.
-Eu posso escutar as engrenagens do seu cérebro girando... - olho pro lado e lá está a razão da minha vida, aqueles olhos azuis me olhando com ternura.
-Eu estou bem. - respondo. - Só pensando em como vou resolver tudo isso... Preciso falar com Levi sobre a mãe, sobre mim...
-Leve ele no parque. - sugere. - Vocês dois longe de todos, conversando e se resolvendo. - senta na cama. - Ele te ama e já te pediu desculpas, ele vai entender você.
-Será que vai? Eu vou me tornar um assassino outra vez, Babi. - me sento passando as mãos no meu cabelo.
-Para salvar essa família. - rebate. - Você não está fazendo nada disso por esporte e sim por necessidade, Joaquim. - ela segura minha mão. - Eu poderia não aceitar e sair correndo, mas eu sei que o que está prestes a fazer é para nosso bem, mesmo que eu deteste a ideia de ter um namorado metido e envolvido com esse tipo de gente...
-Obrigado. - me inclino e beijo sua boca. - Bafinho... - brinco e ela me bate.
-Olha quem fala. - levanta da cama.
Nós dois acabamos escovando os dentes no chuveiro e claro, demos uma rapidinha marota pra começar esse dia que será bem longo...
-Bom dia. - falo assim que entro com Babi na sala de jantar.
-Bom dia meu filho, está bem? - pergunta meu pai.
-Sim, estou pai. - sorrio. - Cadê minha mãe? - pergunto.
-Saiu cedo e não me pergunte pra onde, ela foi com um dos seguranças. - diz e já sei com quem ela está.
-E você filha está bem? - pergunta meu pai para Babi. - Ontem você estava meio pálida...
-Estou bem sim seu Joaquim, vai ficar tudo bem. - ela segura minha mão e sorri. - Seu filho é especialista em resolver problemas. - ela sorri pra mim.
-Isso ele é. - sorri pra ela. - Meu neto. - meu pai fala ao ver Levi sentar na cadeira. - Vai hoje tirar isso do pé? - pergunta.
-Vou sim, não vejo a hora. - fala e me sinto culpado por não ter lembrado disso. - Bom dia pai, Babi...
-Oi meu filho... Vou com você. - falo pra ele. - O pai esqueceu e ai aproveitamos e almoçamos juntos, temos que conversar.
-Pela sua cara é sério... Tudo bem.
Depois do café Babi diz que vai se encontrar com o Donizete sete da noite, na casa onde ela morava e agora ele mora. Perfeito! Eu teria tempo de conversa com meu filho e depois me preparar para o que iria fazer mais tarde. Ela foi para o mercado com o seu segurança e eu fiquei em casa até a hora de sair para levar Levi ao médico.
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Joaquim - Seu Portuga - Família Monteiro Livro 1
RomancePLÁGIO É CRIME! Bárbara Castro, vinte sete anos, solteira, com uns quilos a mais e louca atrás de um trabalho. Joaquim Monteiro, cinquenta anos, pai de um filho, solteiro e dono de uma rede de supermercados muito bem sucedida na cidade. Ela é soz...