Capítulo 19

7.4K 666 21
                                    

Boa Leitura! 

Joaquim Monteiro 

Ontem a festa do meu pai foi como ele desejou, rodeado de amigos e família para o bajular bastante assim como ele gosta. Eu e Babi resolvemos ir para sua casa, eu não estava com cabeça para aturar barulho e também estava fugindo da minha mãe. Porra! Será que ela não percebe que convidar Yarin para me provocar é ridículo? Eu estou feliz com quem estou e nada vai mudar isso. 

Eu olho pra Babi que está dormindo do meu lado, tiro uma mexa de cabelo do seu rosto e fico a olhando por um tempo. Tem vezes que fico pensando em quão sortudo eu sou, pois eu sei que temos nossas diferenças e claro a idade é uma delas, mas eu estou tentando não pensar muito nisso. Eu levanto da cama e vou para o banheiro, tomo um banho e volto pro quarto pra me trocar. 

-Bom dia. - fala ao me ver

-Bom dia, meu anjo. - me inclino beijando sua boca. - Dormiu bem? - pergunto. 

-Sim... Com você eu sempre durmo bem. - sorri se levantando. - Eu gostaria de conversar algo com você. - diz coçando os olhos. - Queria saber o que acha. 

-O que está havendo? - me sento do seu lado. 

-Eu acho que vou conversar com o homem que se diz meu pai. - fala. 

A três dias ela tinha recebido um buque de flores enorme e com ele uma mensagem de seu pai, junto tinha um número de celular dizendo que ela poderia ligar para ele sempre que quisesse. Eu morri de ciúmes antes de saber que era do seu pai, mas depois meu ciúmes foi substituído por desprezo a esse homem. 

-Olha eu não acho ele um perigo para nós, mas que ele quer algo isso é um fato. - começo pegando na sua mão. - Fale com ele e o escute, só assim vai saber como resolver toda essa situação. Se eles querem fazer merda e isso não nos envolve, foda-se ele e o ex da sua tia. 

-Eu não quero acrescentar mais um problema na nossas vidas. - responde baixinho. - Temos muitos para colocar mais um. - aperta minha mão.

-Eu te coloquei nos meus problemas, se não tivesse comigo sua vida estaria melhor. - digo. - Eu fiz sua vida virar de cabeça pra baixo, eu te envolvi na minha vida e agora não tenho como mudar isso. 

-Te conhecer... - ela me olha e sorri. - Foi a melhor coisa que me aconteceu, Joaquim... Nada na vida são flores e sei disso, eu perdi minha mãe, minha casa e fui morar com minha tia. - sussurra. - Depois minha tia morreu e agora perdi outra vez uma casa, estou morando de aluguel, fui atropelada, pedir nosso filho. - ela balança a cabeça. - Eu quase te vi morrer... Mas eu não mudaria nada, pois a vida é feita de altos e baixos. 

-Mais baixos que altos. - rebato bufando. 

-Por ai... - ela senta no meu colo. - Eu vou me arriscar e ver o que ele quer, preciso me livrar disso de uma vez por todas. 

-Eu te apoio no que for melhor pra você. - beijo seu pescoço. - Eu vou encontrar com o Christian hoje. 

-O neto do Dimas... O que acha que ele pode te falar? Tipo o Dimas é quem deve saber da coisas. - diz. 

-Ele sabe de muito ou Dimas não tinha enviado ele a mim.- respondo. - Vai tomar banho, vou preparar um café pra gente. - diz.

Depois do café eu lhe dou um beijo e vou até o encontro com Christian, deixe Roger cuidando da segurança da Babi e agora estava indo pegar a pessoa que iria me ajudar em tudo. Meu irmão. Eu estaciono no clube, pois o mesmo depois da festa do nosso pai quis vir pra cá. 

-Seu Joaquim, o chefe está nos fundos. - fala um dos seguranças do clube. 

O Club 78 é uma boate, puteiro, bar tudo misturado e pra ser sincero odiava vir aqui, mas esse era o lugar que meu irmão mais gostava na vida. Eu caminho até a sala onde ele fica e abro sem bater, pegando o cretino aos beijos com um garota semi nua. 

Joaquim - Seu Portuga  - Família Monteiro Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora