Capítulo 9

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Boa Leitura! 

Joaquim Monteiro 

Eu sai do mercado atordoado eu só entrei no meu carro e fui para o hospital, eu só queria ver meu filho e saber que ele estava bem. Eu chorei o caminho inteiro até chegar no hospital, minha vista estava embaçada, eu tremida muito e estava há ponto de ter um ataque. 

-Levi Monteiro chegou aqui a pouco, ele foi atropelado... 

-Vou ver senhor, se acalme. - fala a mulher me deixando mais aflito ainda. - Ele está sendo operado senhor, a sala de espera é no segundo andar. 

Eu chego na sala de espera e ligo para meu irmão avisando o que aconteceu, ele grita no celular provavelmente com meus pais e desliga na minha cara. Eu estou sentado nessa cadeira só tem uma hora, mas parece que são vinte, o medo de receber uma má noticia me faz querer vomitar. 

-Meu filho! - minha mãe se joga nos meus braços. - Como está meu netinho? - ela chora. 

-Não sei nada ainda. - respondo com medo. - Isso é o pior, não saber nada. 

-Ele vai ficar bem irmão. - fala José Carlos.

-É meu filho, ele vai ficar bem confia em Deus. - diz meu pai.

Nós ficamos por mais um tempo esperando noticias, até vir uma médica chamando pelos parentes de Levi. 

-Sou o pai dele, como ele está? - pergunto já de pé. 

-Seu nome? - pergunta. 

-Joaquim. 

-Senhor Joaquim seu filho chegou aqui com uma fratura na perna e tivemos que operar, ele bateu a cabeça, mas os exames não mostraram nada. Por um milagre ele não terá sequelas ou grandes problemas, só vai precisar ficar de molho pro três meses. 

Eu sento na cadeira e choro de felicidade e alivio, eu só posso agradecer por meu filho está fora de risco nesse momento e claro, esse acidente não foi acidental e só Levi pode me esclarecer isso. 

-Obrigado. - agradeço ela. - Posso ver meu filho? 

-Sim, ele está dormindo, mas pode ver ele por cinco minutos. - avisa. - Eu o acompanho. 

Eu fico com meu menino por cinco minutos, mas na hora que saio tenho medo de o deixar só. Eu não sei o que possam estar tramando, sei que Zion está atrás de mim e pode ter sido ele que tentou matar Levi, eu estou surtando e por estar assim ligo pra quem disse que nunca ligaria. 

-Nilo, precisamos conversar. - falo assim que ele atende. 

-Cedo ou tarde eu sabia que iria me ligar. - responde . - O que aconteceu? 

-Acho que ele tentou matar meu filho... - conto pra ele que diz. 

-Ele sabe de nós e se conhece seu filho, está mais perto do que pensamos. - sua voz é de preocupação. - Cuida do seu filho, vou fazer umas pesquisas e ver o que descubro. 

-Vou matar esse desgraçado, com meu filho ninguém mexe. 

-Cuida dele e quando eu tiver algo te ligo e Joaquim? 

-Sim? 

-Se cuide, por favor. 

-Deixa comigo. 

Desligo e vou ao encontro dos meus pais e irmão, não vou poder ver meu filho mais hoje, mas não vou embora daqui enquanto não ver ele com os olhos abertos. Só quem tem um filho sabe a sensação que sentimos quando algo os acontece, podem ter quarenta anos, mas sempre serão crianças indefesas pra nós. 

Joaquim - Seu Portuga  - Família Monteiro Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora