Capítulo 16

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Boa Leitura! 

Bárbara Castro 

Hoje era um daqueles dias que se eu pudesse ficar na cama o dia todo, estava aquele tempo meio frio e nublado, mas eu não tinha a vida ganha e precisava trabalhar. Eu estava passando mais dias no apartamento do Joaquim do que na minha própria casa, eu não queria fazer disso um costume por isso essa noite eu dormi aqui e ele na casa dele. Ele não gostou muito, mas eu fui firme e também não quero que a nossa relação caia na rotina muito rápido. 

Daqui uns dias é aniversário do pai dele e eu não estou muito animada, até porque tirando o pai e o Joaquim ninguém ali está indo muito com minha cara. Eu tomo um banho e lavo meu cabelo que estava bem sujinho, coloco uma calça, tênis e uma blusa de moletom não estava afim de me arrumar , até porque quando chegar no mercado tenho que colocar o uniforme. 

-Bárbara! - escuto alguém me gritar. - Bárbara. - a pessoa grita novamente. 

Eu morava numa casa que tinha mais duas casas no quintal, minha casa era a de trás e eu precisava subir umas escadas até chegar no portão. Eu subo as escadas correndo e me assusto ao ver Bruno. 

-O que aconteceu com sua voz? - pergunto abrindo o portão. - Não reconheci sua voz. - falo e ele me abraça. 

-To rouco. - diz sorrindo. - Tá podendo conversar? - pergunta. 

-Pode falar. - digo encostando o portão. 

Não me levem a mal por não chamar ele para entrar, mas eu estava realmente pensando na vez que ele me beijo e não quero dar motivos a ele. E tem mais, agora estou com um segurança me vigiando o tempo todo e não quero que ele conte algo para meu namorado, ele pode entender errado. 

-Eu conversei com a Júlia e ela quer sair, podemos marcar de ir numa balada hoje a noite. - começa. - Ela vai com aquele cara casado lá. - revira os olhos. - Faz tempo que não ficamos juntos, você agora vive para seu namoradinho. 

-Vai levar alguém? - pergunto pra ele. 

-Eu? Vou pegar lá na balada mesmo, vai ter várias gatinhas atrás do pai aqui. - eu reviro os olhos rindo.

-Vou falar com Joaquim se ele se animar... - ele começa a rir. - Que foi? - olho pra ele estressada. 

-Aquele velho na balada? Fala sério Babi... - debocha. - Ainda estou tentando entender o que viu nele. 

-Bruno se for começar, pode vazar. - falo pra ele. - Eu amo meu namorado e foda-se a idade dele. - explodo de raiva. - Quer sair? Então vamos sair, mas vou sim chamar ele e nem sei se ele vai querer ir. - respondo. 

-Tá, desculpa. - fala tocando no meu braço. - Posso te levar pro trabalho? 

-Não! - respondo curta e grossa. - Vou em outro lugar antes. - minto, pois agora quem me leva para o trabalho é Roger o segurança que Joaquim contratou. - Vou combinar com a Júlia e ela te fala. - digo a ele. 

-Beleza então minha gata. - ele me dá um beijo no rosto e entra no seu carro. - Se cuida. 

-Você também...

[...]

Quando chego no mercado com dez minutos de atraso, me arrumo correndo e vou pro caixa, mas nem consigo começar meu trabalho, pois Ana vem até mim dizer que Joaquim quer me ver. 

-O que ele quer? - pergunto pra ela. 

-Tem a ver com Vanusa. - sussurra pra mim. - Deixa eu ir atrás dela, vai indo na frente. - fala pra mim e faço. 

Joaquim - Seu Portuga  - Família Monteiro Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora