Capítulo 24

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Boa Leitura! 

Bárbara Castro 

Sete da noite e eu não consegui mais contanto com Joaquim, eu fui pro trabalho e quando era quatro da tarde eu só recebi uma mensagem dele dizendo. 

"Você estará com meu irmão, ele vai te encontrar no mercado e vão juntos até a casa do seu pai, não se preocupe comigo, sei o que faço e por isso não vai me ver. Só te peço que não deixe ele desconfiar de você, seja natural. Te amo meu amor, se cuida." 

-Pronta cunhadinha? - pergunta José Carlos. 

-Estou. - respondo. - Isso vai funcionar? - pergunto mostrando a escuta que estava escondida na minha roupa. 

-Vai sim, confia no meu irmão ele sabe o que está fazendo. 

-Onde ele está? - pergunto cobrindo minha orelha com o cabelo, já que estava com um ponto no ouvido. 

-Ele está nos vendo. - responde. - Agora vai, se precisar diga as palavras que te passei. 

-Ok. - eu abro a porta do carro e vou caminhando até o portão da casa. 

Eu estava suando e ansiosa para tudo isso passar, eu não sabia como Joaquim iria fazer para fazer o que precisava, mas como disse José eu preciso confiar nele. Parecendo sentir que eu tinha chegado, meu pai aparece e abre o portão sorridente. 

-Que bom te ver Babi. - sorri e continuo de cara amarrada. 

-Vamos acabar de uma vez com isso, o que quer comigo? 

-Entre e te digo. - fala e passo por ele temerosa, pois não confio nele. 

Ao entrarmos na casa vejo como tudo está mudado e não é para melhor, pelo contrário. Ele fala que a casa esta uma bagunça, pois ele não sabe fazer deveres domésticos e a empregada não veio arrumar a casa como lhe prometerá. Eu estava escutando o que ele falava, mas estava louca para essa tortura acabar logo. Ele vai na cozinha e volta com um copo de suco, eu digo que não quero, pois ele pode ter colocado algo no copo.

Ele não é confiável e nunca será! 

-Porque apareceu na minha vida depois de todos esses anos? Porque está tanto querendo falar comigo? - pergunto me sentando na poltrona longe dele. - Eu estava vivendo minha vida perfeitamente sem você, eu cresci e não preciso mais do senhor. 

-Mas eu preciso. - começa. - Eu me arrependo do que fiz minha filha, eu não devia ter feito o que fiz. 

-Se arrepender não vai trazer minha mãe de volta a vida, Donizete. - respondo. - Você tinha que estar preso, mas hoje nem tem como provar mais nada. - digo o olhando.

-Eu sei, mas hoje eu preciso de você minha filha. - suplica. - É um caso de vida ou morte. 

-Que seria? - pergunto já sabendo. 

-Preciso que faça uns exames para ver se você é compatível comigo, eu preciso de um pedaço do seu fígado. - eu rio. - Você é minha filha, sangue do meu sangue e pode... 

Eu me levanto e grito com ele. 

-Nunca vou te dar nada. - ele se assusta. - Você me fez perder meu filho e minha mãe, culpa sua. - aponto pra ele.

-Bem que Dagoberto me avisou... Você é uma egoísta como sua mãe e sua tia. - levanta revoltado. - Eu estou morrendo e preciso de ajuda, como pode deixar que algo aconteça com seu pai, seu sangue? 

-Eu não sou sua filha. - me afasto dele. - E não se atreva a falar da minha mãe e da minha tia, elas não estão mais aqui para se defender. - esbravejo. - Eu estou farta de pessoas como você, cansada de olhar para essa sua cara de cínico. 

Joaquim - Seu Portuga  - Família Monteiro Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora