☾~•Vinte e Seis

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MEREDITH'S CREATIVE DIARY:
~•🌙•~

Eu sei que você não me ama.

Se amasse não teria segurado meu coração na sua mão e, olhando para ele, apertasse; quebrando-o. Não teria feito com que lágrimas de dor e desalento escorressem feito rios de meus olhos. É claro que não sou perfeita, e estou longe de ser, ajo impulsivamente e instintivamente, deixo com que a intensidade tome conta do meu ser e me faça viver a beira dos extremos. Eu sei. Mas acredito que isso não justifica a merda que você fez.

Eu sei que você não me ama.

Difícil mesmo é aceitar. Não tem como eu simplesmente aquiescer e seguir o fluxo da vida porque você ainda existe em mim. Todas as lembranças vivem em minha mente, assim como todos os fragmentos de você ainda vagam em meu âmago.

Agora me diz... como esquecer?

Meu coração estava tão acostumado em te ter por perto que agora ele não aceita a distância, e luta contra ela, luta com todas as forças pra te sentir de volta. E isso está acabando comigo. Eu grito para ele parar, parar de te amar, esquecer você, Addison, mas ele não para. Eu quero que ele transforme as lembranças de você em espectro, que você se torne a filha da puta que você é; mas ele não me obedece.

Meu coração está empenhado a bater por você, e agora que se foi, ele apenas te quer de volta.

Mas eu não quero.

Não quero porque sei o quão difícil está sendo superar. Não quero porque é difícil se reerguer, e se caso você me quebrar de novo, eu não vou suportar.

Eu sei que você não me ama.

Mas eu te amo e sinto que jamais vou deixar de amar se ainda sinto o gosto do seu beijo na minha boca; o cheiro do seu perfume no ar; a delicadeza do seu corpo na ponta dos meus dedos; a calidez vivenciada ao vislumbrar seu sorriso.

Se você ia embora, e sabia que iria, por que me tocou? Para superar seu ego e amenizar o sentimento latente da ausência no seu peito, ou você realmente sentiu alguma coisa?

Você sentiu alguma coisa?

Te tive ao meu lado, tão perto que quase se transfundiu em mim e agora, simplesmente, não sei se você sentiu alguma coisa. Que hipocrisia. Como eu não fui capaz de questionar isso antes? Acho que estava ocupada demais admirando seus olhos verdes escuros. Que idiota eu fui.

Você está dentro e fora de mim.

A memória dela que desatina, está aqui dentro. E os objetos que propicia ela, estão aqui fora. Nada foi embora. Suas fotos estão aqui, nossas fotos estão aqui; suas roupas, seu quadro, seu desenho... tudo. Como me livrar? Se alguém souber, me diga.

Amar alguém é de uma completa impermanência, em um momento você acha que tem, acha que sabe, acha que é suficiente. No outro não conhece nem mais a si mesma. Na verdade, a vida é de uma completa impermanência.

Às vezes eu queria transcender a tudo e me lançar ao depois, mas não posso. Não posso me burlar dessa forma, se for preciso passar pelo processo e me encontrar novamente; que eu passe.

Eu a amo mas também preciso me amar.

Does love overcome pain? - 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢𝑖́𝑑𝑎.Onde histórias criam vida. Descubra agora