☾~•Trinta e Três

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NARRADORA:
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Meredith recebeu alta médica do hospital e se acomodou no apartamento de Addison para seu último mês de pós-operatório que, graças à ajuda de Amélia e Addison, correu perfeitamente bem e foi promissor. A garota já havia se recuperado quase que inteiramente  das consequências cirúrgicas e se encontrava excetuada de sequelas. Levou em consideração que o amor e o carinho provenientes das amigas foi o que deu-lhe forças para se empenhar e doar o melhor de si à recuperação.

Fazia sessões de fisioterapia duas vezes por semana para manter ativo o movimento das pernas, a partir de exercícios estimulantes — mas não demoraria muito para que fosse liberada também.

Addison, por sua vez, voltara à ativa no trabalho, mas mandava mensagens para a loira sempre que podia por precaução e preocupação, a qual sentia-se especial por ter alguém como a ruiva que cuidava dela com explícito afeto.

Finalmente estavam vivendo uma relação agradável, onde buscavam aprender com suas diferenças e não usá-la como subterfúgio para se afastarem ou criarem atrito de ideias. Ambas, longe durante o dia, ansiavam pela chegada da noite para finalmente se verem e saciarem a saudade que, mesmo em pouco tempo, se instaurava.

Os amigos próximos das mulheres, e até os mais distantes e meros espectadores, notavam com efeito a significativa mudança que as acometera, visto que agora visavam a expressão sincera de seus sentimentos — não mentiam mais, não cediam a estímulos negativos.

Enquanto escrevia à sua mais nova e querida companheira, a máquina de escrever — presenteada por Addison —, Meredith rememorava a ruiva e suas particularidades. Escrevia uma carta para a mulher, expressando-se da melhor forma possível pois, apesar do evidente amor entre ambas, ainda não viviam um assumido relacionamento romântico. E era com a intenção de iniciar este, que a garota loira digitava com seus ágeis dedos à máquina, organizando as palavras que irrompiam-lhe a mente. Planejava uma surpresa, e empenhava-se para que fosse incrível e inesquecível.

À noite prepararia um jantar, ao fim do qual entregaria à ruiva o papel dotado de sentimentos e perguntas que, dependendo da resposta, seria o marco do lindo recomeço de uma história.

Meredith estava ansiosa, e sorria ludibriada desse efeito enquanto concretizava em palavras suas emoções. Mal podia esperar para a chegada da noite.

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Meredith terminava de pôr a mesa quando foi acometida pelo som da chave girando na fechadura, assustou-se, então, chateando-se pelo fato da mulher chegar antes de tudo estar pronto. Correu até a porta e estampou ao rosto um sorriso deveras exagerado, propiciando um olhar desentendido da ruiva.

— Aconteceu alguma coisa? — exprimiu um sorriso abafado e um unir de sobrancelhas.

— Não que você precise se preocupar — manteve-se estagnada.

— E... eu vou poder entrar, ou...? — proferiu quando tentou espaço para adentrar o apartamento.

— Tem uma... coisa para você. Uma surpresa, mas não está pronta, você precisa fechar os olhos — a garota pediu, a outra logo obedeceu.

Mas, desconfiada com seu instinto natural, Meredith fez questão de tapar os olhos da outra com as mãos enquanto a acompanhava para dentro.

— Eu sinto cheiro... — disse divertida, cheirando o ar que, para si, caracterizava-se com cheiro de lasanha.

— Fica quieta — ajudou a mulher a subir os degraus da escada.

— Deixe-me ver, por favor — pediu tentando se livrar das mãos da garota em seus olhos.

Does love overcome pain? - 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢𝑖́𝑑𝑎.Onde histórias criam vida. Descubra agora