☾~•Trinta e Seis

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ADDISON:
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MESES DEPOIS

Eu não podia imaginar que ser feliz fosse possível, e que fosse tão tremendamente incrível. Finalmente minha vida estava se encaminhando bem, mais do que bem... tanto que mal sou capaz de explicar. Aquiescer à viver o amor, com direito a completa sublimidade que o sonda, foi a melhor escolha já tomada por mim. Meredith me mostrava todos os dias o quão importante é ter alguém para amar, cuidar, ela realmente é o pedacinho bom de mim.

Estamos morando juntas, em seu trailer, após ela, e sua completa teimosia, fixarem-me a ideia de não conseguir morar em um apartamento, longe da paisagem e do ar natural. Então eu acabei cedendo — eu sempre cedia à Meredith Grey.

No segundo semestre do ano ela se inseriu no curso de letras, e, por seu evidente empenho, estava se sobressaindo, o que me deixava deveras orgulhosa. Na parte da manhã, trabalhava na biblioteca central. Ou seja, ela estava incontestavelmente feliz e satisfeita por ficar praticamente o dia todo cercada por tudo que implica escrita e literatura, perfeitamente harmonizados ao âmbito de sua personalidade. Para mim era de uma graça enorme vê-la ao fim de cada dia, deitar em nossa cama e ouvi-la falar com afeição sobre o quão incrível foi o seu dia. Como já se sentia habituada à faculdade, como conversava com pessoas apaixonadas pelo gênero poético na biblioteca, como se sentia feliz e realizada. E melhor do que ouvir, era captar a expressão de seus olhos, como brilhavam em harmonia com os dizeres...

Se o meu dia tivesse transcorrido de maneira negativa, bastava eu chegar à nossa "casa" e conversar com minha namorada que tudo ficava bem.

Sempre, qualquer coisa, ficava bem quando ao lado de Meredith.

Ouvi a porta do trailer rangir no exato momento que levei a colher à boca para provar o creme de abóbora, logo visualizei a garota fechando-a. Primeiramente, prevaleceu sua feição desanimada, mas então o corpo vivificou quando ela me percebeu.

— Boa noite, amor! — cumprimentei.

— Ótima noite... — sorriu com o lábio entre os dentes, percorrendo o olhar à extensão de meu corpo, logo exalando deleite à feição.

Eu usava um top preto e uma calcinha boxer também preta — o que me pareceu alegrar Meredith.

— Estou fazendo panquecas para o jantar — voltei minha atenção à panela, mexendo o creme ao fundo para não queimar.

— Não sei se estou interessada nesse jantar — praticamente correu até mim, apertando minha bunda com força — Estava chateada pela prova, mas já até me esqueci do desastre — abraçou-me por trás beijando minha nuca.

Tentei manter a concentração nas panelas enquanto sentia uma boca extremamente infatigável molhar e aquecer minha nuca, e dedos afastarem meus cabelos.

— Fiz... bolo — suspirei pesado quando suas mãos alcançaram meus seios por baixo do top esportivo, apertando-os — Amor, eu vou me queimar — repreendi sem ao menos ser capaz de me afastar.

— Eu também — as mãos desceram, os dedos trilhando um caminho sutil por minha barriga, até um aperto em minha intimidade.

— Ei, Mer... A-agora não... — minhas mãos tornaram-se trêmulas enquanto eu mexia o conteúdo da panela.

Meredith sorriu cinicamente audível, se afastando logo em seguida, senti extrema falta de seu calor como se fosse uma pertinência necessidade senti-lo. Apesar do que disse, queria que ela continuasse à astúcia e me tocasse, mas a garota é um tanto meticulosa em suas atitudes provocativas.

Does love overcome pain? - 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢𝑖́𝑑𝑎.Onde histórias criam vida. Descubra agora