𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 7 ● 𝔓𝔢𝔯𝔬𝔩𝔞 𝔖𝔠𝔞𝔯𝔱𝔢𝔯

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⚠️O capítulo contém 2.465 palavras⚠️

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Eu desconheço um medo maior do que o susto de uma mãe, causado por saber que seu filho possa ter se machucado. Se já senti susto maior do que este, onde Bella possa estar em perigo, de fato eu não me lembro.

E é algo que me deixa muito aflita. A escolinha me comunicou que a minha filha havia caído de um dos brinquedos na hora da recreação.

Bella é ainda muito pequena e sei que piscou, com essa idade, acidentes surgem. Fui ao hospital e constatei que minha filha ao subir as escadas do escorregador, acabou deslizando o pezinho e ao tentar se segurar machucou um dos braços. Sem lesões graves, porém, teria que ficar de repouso e tomar alguns analgésicos.

Mais tarde, eu recebi uma ligação dos responsáveis perguntando se eu estava de acordo sobre a visita de uma das colaboradoras para ver a Bella.

Eu disse que sim. Conheço a tradição da escola, essas visitas são uma forma de conectar os professores com seus alunos. É a interação humanizada. Os pais adoram todo o carinho que a escola tem com os filhos. Aceitei de bom grado.

A casa já estava limpa e tudo em ordem, era fim de tarde e me deu uma vontade de fazer um bolo. Um café a essas horas sempre cai bem. Estava tirando o bolo do forno quando o meu celular recebe uma chamada. É Florence.

— Sim, Florence, meu amor. A Bellinha, já está bem melhor. Só não a levei para a escola porque está de atestado, ainda.

— Você fez certo, assim ela fica sob seus cuidados. Nada melhor do que a mãe para cuidar de um filho. — Florence diz solidária do outro lado da linha do telefone.

— Concordo. Mas logo, nossa pequena voltará para as atividades. Já está bem mais disposta. Está até fazendo bagunça.

— Ah, mas isso é sinal de que a Bella já está sarada de tudo! — Ela diz com ar de brincadeira.

— Acho incrível como a Bella se recupera tão rápido toda vez que se machuca. Os médicos dizem que noventa e nove por cento das crianças de sua idade, demoram o triplo do tempo para ficarem boas. — Tem um espaço de tempo silencioso entre minha irmã e eu neste momento. — Florence, está aí?

— Ela tem muita saúde. Isso é normal. — Responde em seguida. Fiquei com a impressão de que as minhas palavras a deixaram um tanto tensa quando ficou calada. Mas por qual motivo? Talvez seja apenas coisa da minha cabeça. — O importante é que a Bella está ótima.

— O interfone está tocando, preciso atender, Flor.

— Está esperando visitas?

— Na verdade, será para a Bella, a escola tem a cultura de visitar seus alunos quando estão de licença médica.

— Essa escolinha é muito boa. Isso é bem legal da parte deles. Mostra comprometimento com os pequenos.

— Mudou de idéia sobre a escolinha? — Relembro que minha irmã não era a favor de colocar a Bella na escola. Ela não gostou nem da idéia de uma possível babá. Fez questão de ela mesma cuidar. Se não for ela, que seja a Zola. Detesta saber que deixarei minha filha com alguma estranha. — Gosto muito da escolinha e sinto segurança em relação a Bellinha. A conversa está boa, mas preciso atender para liberar o acesso.

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