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Não demorou, a campainha tocou. As professora estava em pé na porta a espera, ao abri-la todo seu aroma invadiu a minha sala, eu abri um sorriso espontâneo ao ver as curvas do sorriso da beleza feminina a minha frente.
— Quem está na porta? — Florence perguntara enquanto atravessara a cozinha chegando até a sala, com uma cara curiosa ao ver Simone.
— Boa noite. Eu estava passando aqui perto e como a noite está tão propícia, pensei em fazer uma surpresa. espero não ter chegado em uma péssima hora, peço mil perdões se fiz mal em vim assim, sem avisar...
— Imagina, professora. Fez muito bem, entre. Eu também acho que a noite está propícia para uma visita surpresa. — Eu não escondia a alegria ao vê-la.
— Tia None... — A pequena ao perceber quem estava na porta, largou o controle remoto da televisão e correu e os passinhos miúdos tamborilavam contra o piso. Simone lhe abriu os braços e imediatamente tinha uma loirinha agarrada ao seu pescoço com um sorriso encantador em toda a sua boquinha miúda.
— Está com visitas, volto em uma outra oportunidade... — Simone ainda estava acanhada por sua astúcia em me visitar sem um aviso prévio. O que para mim, não era problema algum. Muito menos para Bella.
— Não se incomode com isso, entre. — Lhe pego pela mão e a faço entrar no apartamento. Simone é toda formalidade, uma mulher de classe e educada acima de padrões. Porém, contém uma simplicidade notória. — Esta é Florence, minha irmã. — Lhes apresento e as duas se encaram por uns instantes. Peço mentalmente as deusas, para que Florence, não me faça passar nenhum tipo de constrangimento. Eu não sei se ela faria, nunca passei por isso, estava sendo uma situação nova.
— Boa noite, professora...? — Florence lhe lança um olhar indagador ao mesmo tempo que oferece sua mão para um cumprimento formal. Não soou muito legal a palavra, professora, em seu modo de falar.
— Venha sentar-se conosco, professora, chegou numa ótima hora. Florence tem dotes culinários excepcionais, ela sabe fazer a melhor calda de chocolate que eu já provara em toda a minha vida.
— Você não viveu o suficiente, maninha. Não se precipite, pode ser que prove alguma calda por aí, e goste mais do que a minha... — Minha irmã encarava Simone sem lhe tirar as vistas. Parecia que ia avançar na mulher a qualquer momento.
— Ah, não, a sua é especial, a professora verá. Quando provar irá saber sobre o que estou falando... — Não sei, talvez eu quisesse só desmanchar a sensação de tensão que minha querida irmã estava tentando causar no ambiente.
— Mas então, seu nome é...? E, qual é sua matéria, especificamente? — Florence voltara sua atenção para a mulher que se acomodava a mesa.
— Ah, sim. Eu me chamo Simone. Sou professora da sua irmã, a minha matéria é biologia e física quântica. — A professora se adianta.
— Matérias muito importante para os objetivos da Pérola. Precisa ser lecionada por uma profissional que antes de qualquer interesse próprio... — Ela faz uma pausa fitando ainda o olhar a professora, que lhe devolvia um olhar igual. — Antes, doando-se totalmente, aos alunos. Assim, o aluno aprenderá tudo o que deve aprender. Sabe sobre o que estou falando, não é, senhora...? — Florence estreita seus olhos para a mulher, investigando se a mesma é casada.
