⚠️ O capítulo contém 2.888 palavras⚠️
— Sestra tem razão, você é a rainha do atraso. — Esmey resmunga vindo em minha direção ao me ver entrar pelas portas do aeroporto.
— Ainda faltam vinte minutos para o voo, sua maluca.
— O combinado era chegar 1:00 hora antes.
— Pérola é mãe, Esmey. Você não entende o que é ser uma mãe e ter um filho para amamentar, dar banho, trocar fralda e, acalma-lo antes de sair de casa porque o catarrentinho ficou chorando esperneando ao chão. — As palavras debochadas vem dele, Nolan. O amigo sem noção e bocudo que sempre diz o que quer. Ele está zombando, repetindo palavras das quais eu sempre usei para justificar tudo na minha vida. E, claro, nunca foi mentira. Quem tem filhos, sabe como é isso.
— O motivo não foi a Bella Ivy, Nolan. Não dessa vez, mas obrigada por expressar todo o seu deboche para nós. Uma performance digna de uma diva do funk. — Reviro os olhos e ele sorri.
— Vamos para o portão, ele já abriu. — Esmey me puxa.
Andamos com um pouco de pressa até o final do imenso aeroporto. Antes de passar pelo corredor apertadinho, meu olfato captou as notas de seu perfume.
— Pérola... — A voz de Simone foi ouvida. E senti minha estrutura estremecer. Só essa mulher me causa essa sensação.
Nickayla, Eltom e Nolan se entreolharam com um meio sorriso nos lábios, Esmey, nem tanto. Ela sabia o que se passava e não apoiava as atitudes de Simone.
— Oi, professora.
— Pérola, vamos parar com essa formalidade, por favor?
— Só estou cumprindo o combinado. Informalidades eram apenas entre quatro paredes onde tivessem apenas nós duas. Esqueceu?
— Estamos apenas nós duas aqui. — Gesticula olhando ao redor, comprovando que não há ninguém próximo a nós. Mesmo assim, endireitei a mala dando de ombros e continuei arrastando suas rodas pelo piso. — Estou falando com você. Somos duas adultas, pare de fingir que está no ensino fundamental. Estuda na Universidade, a Bella quem estuda na creche. — Eu ergui meus olhos no total desdém e um riso debochado surgiu em meus lábios.
— Fala, o que a senhora quer? Estou lhe ouvindo. — Paro bruscamente batendo a mala contra o piso e o barulho bruto reverbera pelo ambiente apertado.
— Não me chame de senhora, já pedi para não usar a formalidade. Deixe para me chamar de senhora quando casarmos. — Ela diz risonha e eu quase me engasgo com a própria saliva. Estava sentindo meu rosto queimar e sabia que muito provavelmente eu estava toda vermelha de vergonha.
— Isso era no nosso momento íntimo. Qual a sua dificuldade em entender isso? Se não temos mais intimidades então, sobrou apenas a formalidade entre nós. Só estou cumprindo o dever de aluna. E, jamais iremos nos casar. — Não devo ter dito isso tão sério quando senti que amei quando a professora disse sobre a gente casar.
VOCÃ ESTÃ LENDO
ðº ð±ragmento ð»erdido
Ficção CientÃficaðº ð±ðððððððð ð»ðððððð Pérola Scarter leva uma vida normal na agitada cidade de São Paulo. Sua vida é marcada por fortes acontecimentos, ainda assim, tenta esquecer o passado e seguir em frente. A morte de seu pai, um famoso cientista...