𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 49 ● 𝔓𝔢𝔯𝔬𝔩𝔞 𝔖𝔠𝔞𝔯𝔱𝔢𝔯

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⚠️ O Capítulo contém 2.454 palavras⚠️

Andávamos por diversos equipamentos interessantes e desconhecidos por mim

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Andávamos por diversos equipamentos interessantes e desconhecidos por mim.

Florence parou em frente a uma incubadora. Meu olhar se misturou a um sentimento de alegria e compaixão ao visualizar um pequeno ser que estava lá dentro.

Observei a geneticista injetar os medicamentos pela sonda que estava ligada pelo acesso ao pezinho minúsculo daquela criança. Minha irmã conferia a temperatura corporal através de uma tela digital onde mostrava todo o histórico da situação de saúde do bebê.

— Olá, pequena sobrevivente. — Florence fala e quando a pequena ouve sua voz, libera um lindo sorriso banguela, mesmo com os olhos fechados, o bebê reconheceu a voz.

— Como ela é linda. Que sorriso mais gostoso. — Comento sorrindo e admirada com o bebê. — Ela reconhece a sua voz...

— Sim, ela já reconhece a voz de sua cuidadora. Não é, meu amor? — Mais risos surge na boquinha miúda da criança e dessa vez ela se remexe fazendo menção a abrir os olhinhos mas está encontrando dificuldade devido a sonolência, além da forte luz que deve machucar suas vistas sensíveis. 

— Ela é tão miudinha. Tem quanto tempo de vida?

— Três meses.

— É uma recém-nascida. Por qual motivo, está aqui?

— O bebê por pouco não foi um aborto espontâneo. O útero de sua mãe não estava segurando devido ao tipo sanguíneo incompatível, a mãe era soro positivo para H.I.V.  Sua mãe havia começado um tratamento doloroso quando soube da gravidez, mas muito próximo de completar o quinto mês de gestação, não estava mais aguentando. Teve contrações e uma complicação a levou para o parto emergencial. Seria impossível ela sobreviver, era muito pequena e ainda estava em formação dentro da bolsa fetal. Mas, a nossa tecnologia conseguiu reverter a situação do feto. — Florence sorri ao relembrar como tudo começou e como não terminou da pior forma.

— Que sorte. A mãe deve estar feliz por ter salvado sua filha. — Meus olhos brilham ao imaginar a emoção.

— Infelizmente, o bebê se tornou órfã no dia em que nasceu. Sua mãe já tinha complicações demais, não aguentou o parto e veio a óbito. — Neste momento, meu riso se desafaz com grande tristeza.

— Então, ela só tem o pai?

— Nem isso. Sua mãe não tinha condições de criar a filha. O homem que a engravidou sumiu, nunca quis saber sobre a mãe ou assumir a responsabilidade. Era o que tinha registrado no prontuário da mulher...  Desde então, a criança está sob nossos cuidados.

— Tudo isso é chocante demais. O bebê não deveria ficar aos cuidados de algum familiar ou do hospital onde ela nascera? Por que está aqui? Aqui não seria um laboratório de pesquisas? — Minha cabeça está confusa.

𝕺 𝕱ragmento 𝕻erdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora