Segunda chance |°Shivley

[Dois egoístas]

•°•°Bailey May

"Eu amo você, mas o nosso egoísmo sempre irá nos separar..."

Entro nas ruas de Los Angeles com dificuldade, o trânsito daqui é horrível nas segundas.

Jas dorme no banco de trás, amassando seu uniforme e bagunçando seu cabelo, ela realmente não estava afim de vir ao colégio hoje.

Enquanto estou parado em um semáforo meus pensamentos me levam até Shivani, o que será que ela tem para mim falar?

Espero que não seja um "não podemos fazer isso" ou "você é casado", fodasse o meu casamento de merda, a única coisa que me importa agora é ela e descobrir quem é realmente o pai do Harry.

E mesmo querendo espero de verdade que não seja eu.

Porque aí sim, tudo ficaria difícil demais.

^

Deixei Jasmin na escola, ela fez o maior drama para entrar, mas no final acabou cedendo.

Encontramos o pequeno Paliwal na entrada, mas ele agiu de uma maneira estranha, mal deu atenção para minha filha, já que eles são tão amigos achei estranho.

Também nem me cumprimentou, e normalmente ele não é assim.

Noah que o levou, mas ele disse que não sabia porque Harry estava daquela forma.

Talvez seja humor matinal, não sei.

— Bailey? – Gio abre a porta do escritório.

— Sim? – afasto meus pensamentos, espero que hoje Any busque Jasmin.

E que não se atrase ou muito menos esqueça o meu bebê lá, sozinha.

— Chegou os papéis das filiações mais importantes - ela entra, com uma pilha de envelopes nos braços, os deixa em minha mesa - Vamos revisar agora?

Olho no relógio em meu pulso, seis da tarde.

— Sabe se Any pegou Jasmin na escola? - pergunto.

— Ah sim, ela ligou avisando que pegou a menina - suspiro aliviado, assentindo.

Empurro a cadeira para trás e me levanto, pegando meu terno.

— Pode ir mais cedo hoje, eu já estou indo - dou a volta na mesa em direção a porta de saída - E nada de falar isso para Gabrielly.

Ela corta o ar com as mãos, assentindo como se nunca tivesse feito algo do tipo.

Nego e então saio, não me concentrei em nada durante o dia todo, e eu sei bem o que é isso.

É mal de Paliwal.

[🖤]

Quando toco a campanhia do apartamento que um dia foi meu eu sinto um aperto no meu peito, não sei se pela nostalgia, ou por outra coisa.

Só fico incomodado, mas não ligo muito, porque assim que Shivani abrisse a porta eu a encheria de beijos.

E é isso que eu faço, beijo todo o seu rosto lindo.

— Eii - sinto suas pequenas mãos afastarem meus ombros.

— Não estava com saudades? - pergunto em um tom de drama, me afastando da garota e fechando a porta logo atrás de mim.

— Não sei - ela dá de ombros, ergo a sobrancelha - Eu estava - seu sorriso me faz sorrir em consequência - Veio direto do trabalho?

Assinto, indo em direção a cozinha, tudo está como me lembro, nada mudou no apartamento durante esses cinco anos.