Domina-me - Ashes 🏹

🏹Dezesseis- insolencia real

ESSE  CAPITULO CONTEM GATILHOS

"Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer; "
- Luís de Camões

Batidas fortes foram ouvidas na porta, murros e mais murros contra a madeira. A Olivia olhou assustada sem saber o que espera. Ela se vestiu e seguiu a porta pra saber quem era, mal tinham se dado conta do sol que surgiu a horas, estavam tão perdidos entres os seus devaneios que não viram o dia chegar.

— Espero que seja a minha vez agora? — A figura de um Gregue bêbado e fedido apareceu assim que ela abriu a porta.

— O que quer? — Ela disse irritada. Estava sem paciência pro homem nojento a sua frente. Estava em meio a uma discursão com o Zayn e a presença do Gregue não a estava deixando feliz. Nem ao príncipe que chegou à sala logo em seguida.

— Você...— Disse cambaleando sobre a jovem, o bafo de álcool invadiu as narinas da Oli, o corpo pesado caindo sobre ela a empurrado pra parede.

O Zayn mal piscou durante o tempo, vê aquele homem asqueroso se achando no direto de tocar a sua Oli. A menina estava estagnada com o ato desesperado do Gregue, ele sempre foi hostil e antipático, mas nunca lhe atacou dessa forma, nem mesmo em seus estados mais bêbados e deploráveis. Já ouviu coisas extremamente sujas e repugnantes daquele ser mais nunca pensou que ele a forçaria a algo, indo contra a lei dessa forma.

— Eu... — Ele começou sendo interrompido por um soluço. — Vi você com ele a noite toda, não deu um espacinho pra nós reles mortais toca a imaculada Olivia. Eu vim ter a minha vez. — Disse fazendo novamente a jovem aperta o nariz pelo cheiro forte do álcool que saia da boca do homem. Ate mesmo a sua respiração próxima a Oli a estava deixando tonta, a ânsia de vomito era forte e ela não sabia por qual situação.

Logo o corpo mole de Gregue estava sendo puxado de cima da Oli e jogado de mau jeito sobre o chão. O olhar do Zayn era sombrio, nada transparecia além do puro e genuíno ódio que sentia, esse era de longe a maior de suas preocupações. Deixa a Olivia a mercê de homens nojentos, que a achem frágil e tentem abusar dela. Enquanto ele só queria a proteger de situações como essas, ela fugia do seu amor, de seu afago. E ali, no rosto caído e agora sangrento do Gregue ele depositou todo o seu ódio, ele socou tantas vezes a face caída do homem que ele já não estava acordado pra proteger inutilmente o seu rosto, mas isso não impediu o Zayn de continuar. Ele estava sedento em sua fúria, em sua necessidade de proteger a Olivia, mesmo contra a vontade dela. Ele queria respeita o seu desejo de ir pra longe de não o amar, mas como ele poderia fazer isso? Deixa-la, se coisas assim ou piores podiam acontecer.

Ele conhecia bem o instinto animal dos homens, sabia exatamente o que o Gregue queria fazer a Oli. Agora a necessidade de protege-la ultrapassava toda a sua necessidade de deixa-la seguir. Seu amor era forte, e a duvida o matava aos poucos. Ele queria gritar. Sucumbi a vontade de sumir no mundo com ela. Ir pra onde ela quisesse, mas ele não podia, seu dever com o povo era maior do que o ardo que ela despertava em seu peito.

— É por conta desse tipo de merda que você precisa vir comigo. — Ele disse saindo do corpo largado do homem e passando a mão sobre os cabelos. Ele tentou segura a lagrima por toda aquela situação. Mas ela foi mais rápida que ele. 

— Eu não sei o que aconteceu mais o Gregue não é assim, e eu sei me defender sozinha. — Ela rebateu ainda assustada. Foi a primeira vez que viu o Zayn naquele estado, tomado por uma fúria incontrolável. Ele nem piscou enquanto socava sem parar o rosto do homem desmaiado a sua frente.