Domina-me - Ashes 🏹

🏹 Vinte e um- Olivia

"O amor é a mais nobre fraqueza do espírito."

-John Dryden

Eu sorri, a dor em forma um sorriso em meus lábios me assustou, a dias eu não tenho vontade de sorrir, nem motivos pra isso. Mas eu dei a ele o sorriso que queria. Que precisava, talvez se eu fingir que nada disso aconteceu eu consiga alcançar o meu objetivo, talvez eu consiga ignorar a dura realidade a minha volta, a Alina me deu a chance, renovou as minhas expectativas e estou mesmo confiante de que eu consiga dessa vez, eu só preciso fazer com que ele confie em mim novamente, fazê-lo acreditar que eu vou ser o que ele precisa que eu seja.

—Sentir falta de vê-la sorrir pra mim. —Diz cabisbaixo. Oh querido Z, meu sorriso é tão falso quanto o que acha que sente por mim. Está a tanto perdido em seus devaneios que não enxerga nada que não queira vê.

— Não tem me dado muitos motivos pra isso, não é mesmo? — Digo tentando espantar a dor que aquelas palavras trazem a mim, todo o sofrimento da masmorra, das correntes presas nos cincos pontos do meu corpo, da vermelhidão que me deixaram por dias, da dor que elas causaram ao deixar o local calejado e em carne viva. A escuridão, solidão daquele lugar. Eu tento não imagina como foi pra ele ser castigado dessa forma na infância, de como uma criança de 10 anos conseguiu viver daquela forma por vezes. Sem ninguém pra acalenta sua dor, pra vê-lo nas madrugadas. O Zayn pode acha que foi despercebido as suas visitas ao meu cárcere, mas eu conseguia ver seus olhos negros preso na escuridão. Eles me assombravam toda madrugada, eu entendo que ele está doente, não entendo o porquê continua obcecado por mim. Mas, espanto esses sentimentos tão rápidos quanto os sinto, não posso ter pena dele, não posso deixar que nada faça considera as suas torturas aceitáveis, esse é o seu objetivo, me fazer crer que ele está certo, quanto a me disciplinar. Ele não está certo, porquê isso está longe de ser.

Ele aproxima seu corpo do meu, suas mãos se encaixam ao meu maxilar, seus dedos tocam minha jugular, leve e firme. Quente e dolorosamente frio. Seu toque agora me causa dor, seu amor me causa repulsa, seu olhar desesperado por permissão só me faz sentir nojo de estar com ele. Como posso continuar com isso, me força a isso se sou incapaz de estar tão perto dele assim.

Eu fecho os olhos, busco folego na minha alma, deixo meus lábios um tanto abertos, penso em como era bom ser dele a um tempo atrás, penso em como ele era meu e como ele fazia de tudo pra continua sendo. Tento de todas as formas esquecer esse Zayn, esse de agora que me força a sua vontade. Me viola mesmo que me peça permissão pra um simples beijo.

Ele viola a minha alma, se forçando pra mim. Mesmo que não toque a minha carne pra isso.

— Eu poderia lista quantas vezes isso foi a coisa que eu mais desejei nos últimos dias. — Estávamos sem folego, ele pelo impetuoso movimento e eu pelo ato, não planejava chega a isso, ceder a isso, meu peito ardeu, o ar a minha volta fugiu de mim, minha vida estava rendida a ele novamente, seus lábios me causaram tanta dor que eu me pergunto como isso é possível? Seu toque, me fez volta ao tempo, me trouxe o Zayn que eu tanto desejei, me trouxe a nossa última noite juntos, a forma como o tempo passou sem percebemos, como sorrimos, dançamos nos amamos naquele dia, o jeito doce que suas mãos tocaram meu corpo, quando ele segurou minha cintura pra primeira dança que tivemos juntos. O seu olhar amoroso, afetuoso, meu.

Minha semana tinha sido solitária, mesmo com o Niall enchendo o meu saco todos os dias, eu tentava não me aproxima muito dele, não ceder a vontade do rei, queria que ele percebesse que tinha sido em vão trazê-lo pro castelo, também evitei a todo custo falar sobre o Harry, sobre qualquer coisa, eu foquei em meu plano, em fazer o Zayn acreditar que estava tudo bem, que eu tinha ame rendido, eu trabalhei a minha mente pra algo assim, mas agora, eu me sinto um afraca de merda, a porra de um único beijo me fez volta a tudo, me fez deseja-lo novamente, me fez querer está com ele de novo...