13. Gabi

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Eu estava no paraíso. Um paraíso onde sentia-me em paz e satisfeita, em um estado de tranquilidade que jamais conheci. E aquela voz maravilhosa...

- Gabi... Acorde.

Gostei de ouvir meu apelido na voz rouca dele. Denotava uma intimidade que eu estava amando.  Uma boca roçou a minha e instintivamente a segui, buscando por mais. O já familiar arroubo de desejo excitava-me. Abri os olhos e vi o rosto maravilhoso e o torso nu de Aaron. Percebi a luz que inundava o quarto amplo. Já era dia.  Pisquei . Aaron colocou um braço por cima de mim. Levantei a mão e toquei a barba dele e lembrei de ter sentido a deliciosa sensação do roçar em minha pele, entre minhas coxas. De repente, uma rajada de imagens indecorosas passou por minha mente, e respirei fundo, tentando não ser sobrepujada por elas. Lembrei dele voltando para acama na noite anterior... Para fazer amor comigo.

Que amor, Gabrielle? Aquilo foi sexo.

Puramente sexo. O melhor sexo da minha  vida.  Mostrando-me que a primeira vez, por mais espetacular que tivesse sido, fora apenas a entrada. Jamais sonhei que o sexo poderia ser assim, tão intenso, violento e delicioso. Maravilhoso e perfeito. Eu me sentia diferente. Aaron me olhava , esperando que eu dissesse algo.

– O que disse? - minha voz estava rouca, provavelmente por causa da noite anterior. A mão dele estava sobre minha barriga nua sob o lençol. Instantaneamente meu corpo voltou à vida, meus nervos formigando. Como se estivesse ciente de seu efeito sobre mim, Aaron deslizou a mão lentamente até meu seio, prendendo o mamilo entre os dedos, apertando-o gentilmente, quase o beliscando.

Respirei fundo, totalmente acordada.

– Eu disse que vou ficar uns dias em Miami e quero que você fique comigo. Resolvi tirar alguns dias de folga...

Automaticamente comecei  a balançar a cabeça, mas Aaron segurou meu queixo. Com doçura, ele disse:

– Já passamos por isso, Gabi... Você sabe o que acontece quando diz não para mim.

A maneira como ele dizia meu nome fazia-me sentir como se estivesse me afogando, como se conhecesse aquele homem há uma eternidade, e não meras 24 horas. Tudo que conseguia ver eram aqueles olhos incríveis, hipnotizando-me. Dopando-me.

- Tire alguns dias de folga também. - sugeriu com uma deliciosa voz sedutora.

- Eu não sou como você,  Aaron. Sou empregada, não dona de uma companhia aérea

. -Então vou ter de me contentar com as suas horas livres. Fique comigo esse tempo e eu lhe mostrarei o paraíso.

Ele curvou-se para me beijar, e senti vontade de rir. Ele já me mostrara o paraíso. Mas com a boca dele contra a minha não consegui pensar. Lutei para focar. Será que poderia transformar uma noite em alguns dias? Eu queria tanto aquilo, com uma intensidade que me surpreendia. Aaron juntou o corpo mais ao meu, unindo o quadril às minhas coxas, sua ereção rija e pronta novamente. Eu me derreti. Ainda não estava pronta para sair da cama... Queria mais daquele homem. Mais daquela fantasia. Abracei-o pelo pescoço e abri as pernas. Então, ele parou de me beijar por alguns segundos, esperava por uma resposta.

– Tudo bem... Eu fico com você.

Então Aaron voltou a me beijar e mais uma vez ele me levou ao paraíso.

Preconceitos (em ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora