Um acontecimento, um trauma, uma pessoa responsável por toda a mudança na vida de Park Jimin. Nunca mais vai ser a mesma coisa, jimin nunca mais será o mesmo, todo o amor deu lugar a uma vingança, um objetivo? MATAR o assassino de sua família. Um ob...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Sexta, 23 de junho, 2000
Coreia do Sul, Busan - Sasang-gu.
A manhã em Busan estava perfeita, o céu azul em contraste com as árvores da vizinhança, o calor não era muito apesar de estar sol, quase não o sentia queimar sua pele. Kang Hayun e Kang Jihoon. Uma dona de casa e um contador moravam em uma casa simples, mas perfeita para os filhos: Kang Seok de 15 anos e Kang Hye com seus quase 5 anos.
Tudo aconteceu como de costume, a única mulher da família passou a manhã em casa enquanto seu marido trabalhava e seus filhos estavam na escola; uma ótima escola. Uma família tão simples tendo seus dois filhos estudando em uma instituição particular tão cara, como era possível? A dúvida permanecia sobre as pessoas ao seu redor, mas Hayun sempre dizia que os filhos eram muito inteligentes para não ganharem uma bolsa.
Ao fim do dia todos já estavam em casa para jantar, assistir televisão como sempre faziam. Até aí tudo estava normal, porém para Jihoon, não, o clima parecia pesado e ele sentia um enorme mau pressentimento e pelo visto não era só ele.
Kang Seok um adolescente de 15 anos que sabia para o que e quem o pai trabalhava, sabia exatamente que sua família não era tão simples como fazia parecer, um jovem inteligente e carinhoso, seu amor pelo irmão mais novo ultrapassava qualquer limite, Hye era seu maior tesouro e o único daquela casa que não tinha idade o suficiente para entender os negócios da família.
- Hyung saia desse sofá e vamos brincar, só dessa vez. - Hye implorava puxando delicadamente a blusa do irmão mais velho.
Seok estava pronto para negar, o programa que passava na tv. Parecia ótimo, mas seu corpo o avisava que seu irmão corria perigo, por instinto o primogênito se levantou e caminhou em passos lentos até a janela que dava para rua e abriu uma fresta, apenas um pedaço pequeno onde viu dois carros e armas, muitas armas, ali ele entendeu que já não havia tempo para se salvar, mas talvez para o caçula que passaria despercebido porque para o trabalho de seu pai, ele não existia.
- Certo Hye, dessa vez é você vai se esconder, se esconda naquele lugar que eu te ensinei e só saia de la quando ouvir o som de uma sirene. - deu as instruções para o pequeno que não entendeu muito bem, mas interpretou isso como uma nova brincadeira e fez o que o irmão pediu.
Hye se escondeu em seu melhor esconderijo, um lugar secreto que ficava na parede do quarto do irmão, ele adorava aquele lugar porque parecia que não havia nada ali além de cimento. O pequeno tomou um susto quando o barulho alto e oco de armas sendo disparadas, parecia não passar nunca, ele queria gritar seu irmão, sair dali e ver que barulhos são aqueles que não cessavam, ele também queria chorar, chorar tão alto, mas não conseguiu. Estava com tanto medo que o choro pareceu ficar preso em sua garganta e ele só sentiu suas calças molharem cada vez mais.
Ele não sabia o tempo exato que tudo ficou em silêncio, mas ouviu ainda um pouco longe o barulho da sirene e sem quase conseguir ficar de pé ele saiu de seu esconderijo e ao caminhar para sala teve a pior e mais marcante lembrança de sua vida. Seus pais estavam ensanguentados, jogados em cima do sofá, sem vida, seu irmão no chão perto da janela em que estava antes, ele ainda respirava e foi para ele que Hye correu.
- Hyung. - o menino tentou falar, mas as lágrimas presas em sua garganta o impedia.
- Jeon Jeongsu - a única coisa que seu irmão mais velho conseguiu proferir antes que se afogasse em seu próprio sangue, causando sua morte. O garotinho ficou ali ao lado do corpo do irmão até que a polícia chegasse, ele estava em silêncio, seu rosto estava seco indicando que não havia derramado uma lágrima, as calças úmidas cheirando a urina e em sua cabeça apenas se passava uma coisa, um nome. Seu irmão aproveitou seu último suspiro, não para se despedir, mas para lhe dizer um nome, nada familiar para o pequeno.
Kang Hye, o único sobrevivente ao ataque foi levado para um orfanato, a polícia coreana corrupta deu aquela execução como roubo seguido de morte, mas nada foi roubado além das vidas da família de Hye.
[...]
Sexta, 13 de outubro, 2000
Busan,Coreia do Sul.
- ele não fala a quatro meses, não expressa nenhuma reação a nada. Julgo que devemos levá-lo a um psiquiatra. Ninguém quer adotá-lo pelo ocorrido, pensam que ele é um perigo. - uma das funcionárias falava ao telefone enquanto o menino introvertido ouvia cada palavra no armário do escritório da diretora. - ele chorou por três dias sem parar depois disso, nada. - ela parecia uma pessoa legal, estava preocupada diferente das outras pessoas que trabalhavam ali, mas Hye não queria saber, ele não falaria com ninguém, nunca mais.
Aquele dia estava marcando o seu aniversário de cinco anos, o dia que seus pais planejavam levá-lo para passar o final de semana na praia em comemoração a suas boas notas e seu bom comportamento. O menino esperou ansiosamente para seu aniversário chegar, mas agora ele só queria que tudo voltasse ao normal, queria fazer algo para impedir aquele ato.
Durante três anos o único membro da família Kang, passou por vários orfanatos, um enorme histórico de brigas e rejeição. Ele não expressava nenhuma reação, mesmo quando sentia a mais aguda dor, Hye não era de muitas palavras, na verdade, se ele falasse uma já era o suficiente. Aos oito anos ele já estava sendo considerado um caso perdido. Ninguém estava ligando sobre o que ou quem iria adotá-lo, se ver livre dele, era o objetivo.
[...]
Sábado, 29 novembro, 2003
Seul, Orfanato Pingo de Chuva.
Um dia frio, aquele dia sim, lembrava a morte, não o dia em que seus pais morreram. Hye estava sentado em frente ao lugar que residia, vendo a neve cair, enquanto planejava sua fuga daquele lugar. Estava cansado de todas aquelas crianças bobas implorando para serem adotadas e terem uma família.
- ei garoto. Levante dai. - um homem, seus olhos eram verdes, seu cabelo bem cortado e suas roupas toda preta, Hye pensou que aquele cara fosse atacá-lo por isso se levantou disposto a lutar com ele. - Você é um garotinho difícil de achar. - proferiu em seguida abraçando o menor que como sempre não retribuiu. - vamos embora, quero voltar para o meus país o mais rápido possível, esse lugar cheira a morte. - o homem parecia falar com Hye como se o conhecesse desde que nasceu e isso não era nada bom, será que descobriram que ele sobreviveu e enviaram ele para matá-lo?