quinze

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_ Posso entrar?

_ É.. pode, sinta-se a vontade.- Rafaella deu espaço para que Gizelly passasse.

Gizelly adentrou a casa dessa vez analisando cada detalhe da mesma, nem quando veio e encontrou Rafaella chorando não analisou os detalhes do local, pois estava ocupada tentando acalmar a mulher em seus braços. Ficou parada assim que chegou próximo a sala, sentiu a aproximação da maior ao seu lado.

_ Quer sentar?- Rafaella perguntou, a capixaba assentiu e logo caminhou até uma das poltronas que haviam ali.- Quer beber alguma coisa, café, suco, cerveja?

Gizelly negou.- No momento eu só quero conversar.

_ Certo!- Rafaella falou ainda de pé.

_ Se não for incomodo poderia sentar?

_ Eu.. é..- Rafaella gaguejava pois estava claramente nervosa com a presença de Gizelly.- Eu vou.. vou sentar.

_ Eu vou direto ao ponto.- Rafaella a encarou.- primeiro eu quero te pedir desculpa por tudo que eu falei na casa da Bia.

_ Gi, não precisa.

_ Rafa, por favor, sério eu fui uma estúpida em ficar remoendo algo e sempre ficar retornando esse assunto a qual você já havia me pedido de desculpas.- Gizelly que começou a falar olhando para as mãos, encarou a mineira.- Não que seja proposital mas quando eu vejo, já falei, talvez eu tenha sofrido muito nessa situação de ouvir sempre a pessoa jogar os meus "erros"- fez o sinal de aspas com as mãos.- em todas as nossas discussões e acho que isso ficou em mim e depois que eu percebi que eu estava fazendo o mesmo que fizeram comigo, com você eu me xinguei de todas as formas, eu sei o quanto isso é horrível e eu me fiz de cega aos meus atos e te machuquei. Não era a minha intenção machucar você Rafa, mas eu machuque, eu sei.- Gizelly suspirou e baixou a cabeça.- Não justifica a minha estupidez mas eu fiquei triste em ouvir tudo aquilo, sei que não deveria e nem entendo o porquê mas eu quiz que você me desejasse, eu quis que você me olhasse com outros olhos e saber que não faço seu tipo e .- a advogada parou e analisou que havia falado um pouco demais, levou as duas mãos ao rosto tentando esconder-se ali o que lógico era em vão.

Rafaella levantou do sofá pegando um puff e sentou em frente a Gizelly, levou as duas mãos até as mãos da mais baixa deixando uma carinho no local.

_ Gi, olha pra mim.- não teve resposta de imediato.- Ei, preciso que me olhe, tá tudo bem..- desceu a mãos aos seus braços começando ali um carinho.- Eu também sou uma idiota sabia.- Rafaella sorriu.- É eu sou a maior idiota que as pessoas possam conhecer, sabe Gi a primeira vez que te vi lá no apartamento da Manu eu simplesmente achei você a mulher mais linda que já vi em toda a minha vida, eu senti algo diferente quando você caiu em meus braços e quando senti o que poderia ser eu simplesmente me apavorei e comecei uma negação, não só pras outras pessoas, mas pra mim principalmente.- tentou novamente tirar as mãos de Gizelly do rosto e conseguiu viu seus olhos vermelhos e marejados.- É estranho isso que eu vou te falar Gizelly, mas sim eu te desejei na primeira vez que te vi, mas meu medo me atrapalhou e falei aquelas coisas pra você quando tudo que eu queria era ter você em meus braços e o que eu fiz foi te machucar né? - riu sem humor - é difícil entender, mas as minhas dores me fazem eu me afastar e errar ao invés de prosseguir. Não tiro sua razão Gi, por ficar magoada, mas eu juro que não sou um monstro e tudo que eu queria era te ajudar, eu explodi daquela forma por ter duvidado de mim e por parecer que não importasse quantas vezes eu ter pedido desculpas, você sempre traria as minhas palavras a tona 

Gizelly olhava para Rafaella e procurava em seus olhos o que era aquilo tudo que a mineira lhe falava e só descobria que era a verdade por um momento pensou que tava lendo a alma e mente da maior.

Ao Amanhecer/GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora