trinta e seis

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_ Que bom vê-la novamente Rafaella.- disse animada esquecendo dos outros que também estavam ali.

_ Pena que não posso dizer o mesmo, delegada Almeida.

_ Ao que devo a honra de presenças tão ilustres em minha humilde delegacia?- sorriu a delegada e logo se endireitou em sua cadeira.- Nunca tive tanta gente famosa em um dia só, sinta-se a vontade.- apontou para as poltronas.

_ Gostaria de ver minha cliente, Gizelly Bicalho e entender por que a mesma foi presa injustamente.- falou Taís.

_ Injustamente?- A delegada olhou pras duas polícias que estavam em sua sala, sorriram irônicas.

_  Será que você poderia deixar de ironia e nos atender profissionalmente?- falou Fernanda.- Nossa Cliente está aí presa , apenas por ajudar uma moça que encontrou em estado crítico na rua, ainda não entendemos qual a acusação.

_ Sua cliente, Gizelly Bicalho está sendo acusada de tentativa de homicídio a senhorita Yasmin Menezes.- respondeu a delegada.- A vítima prestou o depoimento e nos disse que recebeu uma ligação no nome de Gizelly Bicalho e seguiu ao local marcado e assim que chegou foi bruscamente puxada para um beco aonde quase perdeu a vida.

_ Isso é impossível.- falou Rafaella.- Tem algo errado Luana, Gizelly passou boa parte daquela noite comigo e eu tenho como provar.

_ A minha cliente Rafaella irá depor agora senhora delegada - disse Juliette.- Marcella também.

_ Enquanto isso eu quero ver a minha cliente.- falou Taís já levantando de onde estava.

_ A policial Silveira lhe levará até ela, depois traga a detenta até aqui.- disse a delegada a policial.

_ Sim senhora.- falou a policial caminhando para fora da sala sendo acompanhada por Taís.

_ Bom, agora somos nós.- falou a delegada olhando para Rafaella - Saiba que tudo que disserem em depoimento será analisado e poderá ser usado futuramente em tribunal então sejam claras o suficiente sobre o que irão falar pra que não se prejudiquem futuramente senhoritas.

_ As nossas clientes estão cientes de cada detalhe.- falou Juliette.

A delegada Luana olhou para a escrivã que acenou positivo para ela mostrando que estava preparada para o depoimento.

_ Então senhorita Rafaella Kalimann, disse que a Gizelly esteve com você naquela noite do crime?- a mineira confirmou.- Então nos diga o que aconteceu aquela noite.

_ Naquele dia, eu passei o dia quase todo com Gizelly.- disse a mentira lembrando dos detalhes.- tivemos um almoço entre amigas na casa de Bianca Andrade e Mariana Gonzalez prima de Gizelly, ficamos até um certo momento em uma conversa e então eu fui pra minha casa com a Manoela que também estava conosco. Passei uma parte da tarde dormindo e fui surpreendida por Gizelly em minha casa, tínhamos nos desentendido e ela foi pedir desculpas.

_ Vocês brigaram?- perguntou a delegada.

_ Não foi uma briga, apenas tivemos um rápido desentendimento por insegurança de ambas as partes.- respondeu Rafaella.- Então naquele dia ficamos conversando depois de termos colocado os pingos nos "i's" na nossa relação que até então era de amizade.

_ Por que haviam se desentendimento? Algum momento nessa discussão a Gizelly se mostrou violenta?

_ Claro que não, a discussão como lhe falei foi por insegurança, eu havia dito coisas que não agradou Gizelly antes e nesse dia ela estava na defensiva pois pensou que eu estava tentando usar uma situação para me desculpar pelos meus erros, não passaram de palavras defensivas de ambas e logo depois ela esteve comigo e nos entendemos.

Ao Amanhecer/GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora