Ao Amanhecer/Girafa

Final

Olha quem apareceu?!
Boa leitura e conversamos lá no final...

*****

Pov Rafaella.

Sentia meu corpo todo doer, meus braços doíam de uma maneira absurda, abri meus olhos e ardiam por conta da claridade que adentrou o cômodo a qual eu estava, pelo visto havia dormido em um sofá, minha boca amargava e minha cabeça parecia que iria explodir a qualquer momento

Caminhei desajeitada até um banheiro que tinha do escritório e acabei tropeçando em algumas garrafas de whisky, parei enfrente ao espelho e pude ver o estado deplorável que eu estava.

Fechei meus olhos, abri a torneira e tentei tirar um pouco dos resquícios de álcool e maquiagem sombria. Vi quando a porta do escritório foi aberta e minha mãe passando por ela.

_ Rafa, minha filha?

_ Mãe? Porque estou assim?- falei saindo do banheiro.

_ Filhas eu sinto muito....- minha mãe falou com os olhos marejados.- Perdoa sua mãe por não te salvar dessa..

_ Rafaella.- Aquela voz.- Vamos se arrume, vá se preparar seu casamento com o Johnny é daqui a pouco.

Não podia ser, como assim?

_ Pai, você não estava morto?

_ Morto?- disse ele se aproximando de mim.- Morto eu estive quando quis me envergonhar e acabar nossa família quando quis estar ao lado daquela mulher, mas como você sabe, tive que por um ponto final naquela vadia e te trazer para a vida real não é minha filha?- como assim?-Agora vamos seu noivo já lhe espera.

Olhava para minha mãe que chorava encolhida em um canto.

_ ME SOLTA.- gritei puxando meu braço. - Cadê minha namorada? Cadê a Gizelly?

O mais velho soltou uma gargalhada alta.

_ Não se lembra filhinha? Eu a matei!!!!

_ NÃO, MENTIRA.- Caminhei para trás numa tentativa de me afastar dele e cai após pisar em uma garrafa, uma dor maior tomou conta de mim, como assim minha Gizelly estava morta?- NAAAAAAAOOOOO...- Gritei o mais alto que pude e senti meu corpo ser abraçado e logo ser sacudido.

_ Calma, Rafa...

_ Não, pelo amor de Deus...

_ Ei amor, sou eu..- Abrir os olhos devagar e lá estava a minha Gizelly agarrada ao meu corpo tentando me deixar protegida.- Ei é só um pesadelo, ei amor!!- passou as mãos pelo meu rosto.

_ Eu...- solucei.

_ Mais um daqueles sonhos ruins com seu pai.- apenas balancei a cabeça afirmando.- Já passou, eu estou aqui ham? Vem cá.- me puxou mais ainda pro seu colo.

_ Fazem três anos que tudo aconteceu Gi e eu ainda tenho esses .. pesadelos com ele.

_ Você tem estado sensível com a gravidez amor, é normal que tudo agora venha se intensificando, lembra quando foi próximo aos dias do nosso casamento como você ficou, já falei que você tem que perdoa-lo de vez pra que alma dele descanse e que não aconteça mais esses sonhos ruins assim.

_ Tem razão...

_ Tá na hora de você da um ponto final nessa dor e nessa mágoa e fazer seu pai descansar de vez aonde quer que ele esteja, o que passou ... Passou, né? Agora é futuro, eu você e nossos gêmeos. - Gizelly falou passando a mão por cima da minha barriga de sete meses, fazendo com que os bebês se agitassem.

Era sempre assim, quando ela estava por perto conversando com os dois, Lunna e Lucca são muito apaixonados pelo toque desa mãe babona, que canta do jeitinho dela mas canta, que ler historinhas e que passa tempo conversando com eles desde quando descobrimos a gravidez.