Amadores de arte

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7/10

Rafaella POV

Bianca e eu descemos de elevador com as mãos dadas, eu me sentia protegida apenas por Bianca segurar minha mão, chegando no térreo Bill nos deu um sorriso de aprovação, a mulher do meu lado acenou com a cabeça e abriu um sorriso charmoso para mim.

O dia não estava tão frio quanto o anterior, ainda nevava um pouco, mas nada que dificultasse nossa vida. Assim que saímos do prédio, Bianca largou minha mão para correr e xingar o motorista do caminhão que limpava as ruas.

— Filho de uma puta! Olha o meu carro, seu desgraçado. – ela gritou apontando para um monte de neve.

Seu carro estava coberto até o teto, estava quase invisível no meio de tantos flocos branco. Bianca começou a chutar a neve das rodas do seu carro, além de passar a manga do sobretudo sobre o para-brisa dianteiro da enorme BMW.

— Maldita neve. – ela xingou ainda tentando tirar a neve da lataria do carro.

— Eu vou pegar uma pá.

— Não, para que ? Não é necessário. – Bianca segurou minha mão. – Vem cá. – ela deu a volta no carro e abriu a porta do passageiro. – Pronto, entre.

— Mas era para limpar a frente…

— Rafs, meu carro é um monstro, ele passa por cima. – ela falou orgulhosa.

— É, eu sei. – falei entrando no carro.

O carro era alto e elegante, o estofado era de couro bege, coloquei o cinto e observei Bianca dar volta no carro e assumir seu lugar atrás do volante, ela colocou o cinto e ligou o carro e o aquecedor também. Era possível Bianca ficar incrivelmente sexy dirigindo ? Sim, era possível.

A ruiva jogou seus cabelos para trás e manobrou o carro, saindo com facilidade daquele monte de neve.


Bianca dirigia rápido, porém ela tinha uma atenção que eu provavelmente nunca teria. Observar Bianca dirigindo era excitante, tive que olhar para fora da janela para eliminar os desejos impuros da minha mente, tentei imaginar em qualquer coisa que não fosse Bianca dirigindo sensualmente do meu lado, então entrei em pânico por lembrar que eu estaria frente a frente com sua família. E se eles me reconhecessem? Mônica com certeza iria me reconhecer.

“Que brilhante ideia, Rafaella.”

— Você está bem ? – Bianca perguntou quando paramos no sinal.

— Hm… Estou. – abri um sorriso.

— Rafs. – ela me repreendeu por mentir.

— Eu estou bem, só… Com medo de sua família me reconhecer. – confessei.

— Ah, relaxa, tenho certeza que eles nem vão notar nossa presença. – Bianca sorriu entrelaçando nossas mãos. – E eu acho muito difícil eles te reconhecerem. – ela piscou um olho.

— Espero…

— Não se preocupe. – ela beijou minha mão e voltou sua atenção para a rua.

[...]

Bianca passou com seu carro pelos enormes portões da mansão dos seus pais. A mansão era linda na cor bege claro, tinha arquitetura clássica e lembrava bastante as mansões londrinas, graças às enormes colunas e as esculturas de gesso na frente da casa.

Bianca parou o carro atrás de um automóvel luxuoso e desligou o motor, tirei o cinto enquanto ainda olhava a enorme casa.

— Uh, Rafs… – olhei para a mulher e franzi o cenho.

AS TRILHAS DO DESTINOOnde histórias criam vida. Descubra agora