Christmas in family

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8/10

Bianca POV

O filme já tinha acabado, mas continuamos da sala de cinema cantando as músicas e repetindo as falas dos personagens, as falas que Rafaella conhecia muito bem, fizemos uma guerra de travesseiros enquanto os créditos do filme subiam. Meu sobrinho estava amando a Rafs, tanto que o pequeno não pensou duas vezes em dormir no seu colo durante o quinto filme que assistíamos, Rafaella se dispôs a levá-lo ao seu quarto, enquanto eu arrumava a bagunça que fizemos.

Alguns minutos depois, eu estava saindo da cozinha e encontrei Rafaella na sala vestindo seu sobretudo e arrumado seu cabelos.

— Aonde você pensa que vai ? – falei encostando o ombro no batente da divisória.

— Hm… Para casa ?! – ela sorriu e pegou sua bolsa. – Já passei tempo demais com você, huh? Tenho que voltar para minha vida, ou você irá enjoar de mim.

— Esse tempo não foi o suficiente. – ela coçou a cabeça e sorriu tímida. – Enjoar de você ? – dei uma risada forçada. – Nem em milhões de anos.

— Certo. Mas eu preciso ir.

— Não. – minha voz saiu séria.

— Isso significa que você não vai me dar uma carona ?!

— Isso significa que eu não vou te deixar ir embora. – me desencostei da parede e caminhei na sua direção, Rafaella recuou alguns passos.

— Eu preciso voltar, preciso saber se Ariana está bem.

— Ligue para ela. – agarrei sua cintura e puxei para mim. – E ela já é grandinha, não ?!

— Você que pensa. – ela revirou os olhos. – Eu não posso ficar…

— Por que ? – franzi o cenho decepcionada.

— Porque… Eu não sei. – seus ombros caíram. – Eu…

— Rafs, está muito tarde, duvido que algum taxista irá fazer uma corrida a essa hora, e eu sem dúvida, não vou te deixar sair. – coloquei uma mecha do seu cabelo atrás da orelha. – Fique aqui comigo, por favor.

Rafaella me olhou nos olhos por longos minutos, eu conseguia ver a batalha de indecisão através dos seus olhos verdes intensos. Acariciei sua bochecha com o polegar e me inclinei para beijar seus lábios, escutei a mesma suspirar antes de abrir a boca e dar passagem para minha língua. Nossa beijo foi calmo, nos delíciavamos naquele toque suave de línguas e lábios, colei nossas testas e beijei a ponta do seu nariz.

— Fica ? – pedi num sussurro.

— Às vezes… – ela segurou meu rosto com as duas mãos. – Me sinto incapaz de negar um pedido seu. – abri um sorriso inocente.

— Vem, vamos subir. – entrelacei nossos dedos e guiei Rafaella para o andar de cima.

Mostrei meu quarto e meu banheiro, deixei a morena a vontade para escolher qualquer roupa do meu closet. Rafaella ficou impressionada com a quantidade dos meus terninhos, e com o tamanho do meu closet.

— Porque eu não estou impressionada por saber que seu quarto é preto? – ela disse olhando em volta.

— Isso não é preto, é cinza chumbo.

— Seu enorme closet é todo preto. – ela abriu os braços para demonstrar o tamanho do closet.

— Você realmente se desacostumou com grandiosidade, Rafs. – dei risada pegando toalhas limpas. – O seu closet era maior do que minha casa.

— Não exagera. – ela fechou a cara.

— Não estou exagerando. – sorri dando ombros. – Para onde foram todos aqueles milhões de vestidos ?

AS TRILHAS DO DESTINOOnde histórias criam vida. Descubra agora