Tudo ficará bem

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Desconhecido POV

Droga, droga, droga. Eu tinha sido visto pela Princesa e isso não fazia parte dos meus planos.

Eu corria em direção às grandes árvores procurando o lugar ideal para me esconder dos guardas que logo estariam atrás de mim. Arrumei a mochila nas costas antes de subir na árvore, meu tênis e o tronco da árvore estavam molhado, dificultando minha subida.

— Qual é ?! Que porra! – esbravejei.

Finalmente firmei meu pé na árvore e tomei fôlego para escalar, escolhi um galho grosso atrás do tronco e me sentei. Eu estava ofegante, a adrenalina corria ferozmente pelo meu corpo, tirei o celular da mochila e disquei o último número que tinha me ligado.

— Conseguiu ? – a voz masculina do outro lado me fez revirar os olhos.

— Sim, mas os guardas estão atrás de mim. – olhei para o castelo e vi aquele monte de ponto vermelho no gramado.

— Porra, como você deixou isso acontecer, seu incompetente ?

— Cala boca. – rosnei entre dentes. – Eu consegui a foto e você não.

— Me envia logo, antes que peguem você.

Ignorei o medo de ser pego e tirei o notebook da mochila, tirei o cartão de memória da câmera e coloquei no computador, rapidamente baixei as fotos e enviei para o homem.

— Pronto. Para que você vai querer essas fotos ? – perguntei curioso.

— Para uma pessoa, não que isso seja da sua conta. – ele murmurou esnobe. – Recebido. Já depositei o dinheiro na sua conta. Estamos quites agora.

— Eu não te devo mais nada. – fechei o notebook e guardei na bolsa, coloquei o cartão de memória de volta a câmera. – Se eles me pegarem…

— O problema é todo seu, eu nunca existi para você.

— Você é um filho da puta mesmo.

— Eu te ensinei como entrar e como sair do castelo sem ser visto. Já fiz minha parte. – o telefone foi desligado.

Bufei e bati a mão na testa diversas vezes. Um latido de cachorro me fez pular de susto e quase me desequilibrar, olhei para trás e vi os guardas cada vez mais perto, eles tinham três cães farejando o chão. Me xinguei por ter aceitado aquele serviço. Escondi minha mochila nos galhos acima e apaguei as últimas ligações do meu celular. Assim que eu me preparei para descer da árvore na qual eu estava, aquele cão maldito me achou e começou a latir igual um demoníaco.

— Saí, saí peste. – balancei o pé.

— Aqui! – um dos guardas gritou. – Spike achou o intruso.

— Intruso vai ser o meu pau no seu …

— Cala boca ! – o guarda me arrancou da árvore com facilidade.

Cai no chão em cima da minha câmera, isso fez meu sangue ferver.

— SABE QUANTOS CUSTA ESSA BELEZINHA ? – gritei raivoso.

O cachorro voltou a latir no meu ouvido, minha reação foi me encolher ao lado da árvore, os outros guardas riram, mas logo se calaram quando um guarda mais velho se aproximou, as gotas da chuva escorriam pelo seu rosto e pingavam de seu queixo, suas sobrancelhas se uniram e seu nariz enrugou, achei que ele iria me dar um soco, mas não…

— Levem-o para a sala do Rei.

— Sim, Primeiro Guarda. – o soldadinho de chumbo falou.

— Hey velhinho. – o guarda me levantou sem nenhuma gentileza e prendeu minhas mãos. – Hey… Primeiro Guarda. – atrai atenção do homem. – Foi um engano, eu não estava fazendo nada de errado.

AS TRILHAS DO DESTINOOnde histórias criam vida. Descubra agora