Recomeçar

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Bianca POV

Depois de muito pensar, percebi que estava sendo precipitada demais, achei melhor sair do quarto, caminhei pelo castelo admirando cada detalhe, cada quadro na parede, percebi que o castelo era cheio de caixas de som escondidas e tocava alguma música clássica, de piano com violino, uma perfeita combinação.

Entrei em um espaço amplo e meio oval, o lugar tinha um teto alto e um lindo lustre no centro, na lateral tinham grandes janelas de vidro que dava a visão do lado de fora e da grande piscina, ao fundo depois de um longo caminho de pedras, cercado de pequenas árvores, uma linda casa de vidros.

"Acho que é aqui que fazem bailes e eventos"

Entre as grandes janelas de vidro, uma porta se camuflava junto a elas, puxei a porta e a mesma não abriu, olhei em volta e tentei novamente, e tive o mesmo resultado. Bufei irritada e empurrei as portas fazendo elas abrirem, sorri e caminhei até a enorme piscina, a piscina estava cheia e limpa, tinha apenas algumas folhas sobre a água.

Me abaixei e toquei na água gelada e joguei para cima, sentindo algumas gotas pingarem em meu rosto.

— Hey !

Olhei por cima do ombro e me deparei com um homem gordinho, bigode grosso e cabelo grisalhos. Ele estava com uma peneira para fazer a limpeza da piscina. Pelo seu uniforme, concluí que ele era um funcionário do castelo.

— O que faz aqui ? – ele levantou seu boné azul

— Eu sempre escuto essa pergunta – falei para mim mesma e revirei os olhos e me levantei – Não te interessa – coloquei as mãos na cintura e olhei o homem com um olhar superior – Algum problema ?

— Você não pode ficar aqui – ele falou um pouco baixo.

Percebi que o meu dom de intimidar as pessoas ainda era eficaz, sorri sozinha e satisfeita.

– E você vai me impedir ? – fingindo uma falsa surpresa.

O homem negou com a cabeça e coçou o queixo, ele estava desconfortável, era notável, seus olhos não ficavam fixos em mim.

Dei passos lentos até o homem e peguei a peneira de pegar folhas que estava na sua mão direita, passei o objeto para minha outra mão, o homem parecia preocupado com isso.

— Por favor jovem, me devolva isso – ele esticou a mão para retirar o objetivo de mim.

— Não – dei um passo para trás, e caminhei até a beirada da piscina, mergulhei a rede dentro d’água

— Garota, me devolva – o homem segurou no cabo de ferro da peneira, me fazendo olhá-lo como se pudesse matar alguém, ele tirou lentamente as mãos do objeto – Você... Não pode fazer isso.

— OK. – empurrei a peneira para dentro da piscina e observei a mesma afundar.

— Por que fez isso ? – ele perguntou irritado

— Porque eu quis – dei ombros – Vai pegar.

AS TRILHAS DO DESTINOOnde histórias criam vida. Descubra agora