Acidentes acontecem

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Bianca POV

Sinceramente achei que seria fácil ficar longe de Rafaella por uma noite, mas meu corpo implorava pelo seu, por seu calor, por seus lábios. Naquela mesma noite demorei para pegar no sono, meu corpo estava febril, minha mente fervilhava e de todos os meus pensamentos Rafaella era o principal. Por volta das 3 horas da madrugada, o sono bateu em minha porta, e como já era de se esperar, sonhei com Rafaella, um sonho diferente dos quais eu já tive, um sonho um tanto obsceno.

Meu despertador tocou um pouco mais tarde na manhã de domingo, mesmo com poucas horas de sono, eu acordei com a energia recarregada. Tomei um banho morno, aproveitei para lavar meu cabelo e fiz minha higiene matinal, abri meu closet e a montanha de roupa caiu em cima de mim, cocei a cabeça enquanto olhava para as roupas no chão, esperando que elas se dobrassem sozinhas, peguei uma calça jeans e uma camisa preta lisa, vesti rapidamente. Escutei alguém bater na minha porta, olhei para as roupas no chão e bufei.

“ Poderia ser Rafaella. Droga ”

Peguei as roupas de qualquer jeito e joguei todas novamente no meu closet, se Rose estivesse aqui iria me xingar uma semana toda.

— Já vai. – falei assim que mais batidas foram dadas.

Fechei o closet rapidamente, arrumei minha cama por cima, chutei meus tênis para o canto do quarto, respirei fundo e abri a porta.

— Ah. É você. – desmanchei o sorriso olhando para Donny na minha frente.

— Esperava que fosse quem ? A Princesa ? – ele revirou os olhos.

“Sim!”

— O que você quer ?

— Te entregar suas coisas, a não ser que você não queira.

Todos os domingos a família real deixava os alunos mais a vontade, devolvendo os celulares, MP3, videogame portátil ou cartas de baralho, CDs ou DVDs favoritos, a única coisa que eles não devolviam eram maços de cigarros, bebidas, canivetes ou outras coisas consideradas ruins.

Peguei a pequena caixa de papelão escrito meu nome na lateral, e sorri para o homem agradecendo para depois fechar a porta. Abri a caixa e peguei meu celular, tinham várias mensagens, tantas mensagens que travou meu celular, esperei alguns minutos para todas as mensagens serem recebidas, enquanto eu esperava, resolvi arrumar as roupas no meu closet, terminei em alguns minutos. Deitei na cama e peguei meu celular, abri as mensagens de Iris, tinha quase 500 mensagens só dela. Minha irmã me enviava mensagens todos os dias, contando como tinha sido seu dia, que estava com saudades, que tinha conhecido um garoto na escola. Levantei uma sobrancelha enciumada, ela tinha me mandado uma foto com o garoto, ele tinha os cabelos escuros assim como seus olhos, a barda estava nascendo fazendo um contorno escuro no seu maxilar quadrado. Liguei para a garota, tocou quatro vezes e ela atendeu.

— Já está na hora de acordar. – falei sorrindo.

— Bianca é meia noite, você me acordou de madrugada – ela resmungou.

— Bom dia meu amor, aqui são sete horas da manhã.

— Bom dia é só depois das 10 horas, Bianca. – escutei um barulho no fundo, como se ela tivesse deitando na cama novamente.

— Não seja chata, me conte quem é esse garoto.

— É o Tom. – ela riu baixo – Ele é da aula de química, e faz dupla comigo.

— Hm.

— Contei para ele que quero fazer faculdade de pediatria, ele ficou super feliz, e agora me chama de Doutora Iris. – ela riu boba – ele não é um palhaço ?

AS TRILHAS DO DESTINOOnde histórias criam vida. Descubra agora