Capítulo 47

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Narrado por Draco Malfoy

– Quem são vocês? - Uma senhora perguntou ao abrir a porta.

Eu iria entrar direto, mas Theo me segurou e me olhou me repreendendo, dei de ombros e indiquei que ele falasse.

– Bom dia, desculpe o horário, mas gostaríamos de ver a Karly. - Theo falou em tom gentil e eu revirei os olhos.

– Precisamos saber como a garota está, vimos dois carros vigiando a casa antes da nossa chegada, precisamos verificar se a garota está ai. - Falei em tom sério e Theo bateu a mão contra seu próprio rosto.

– Claro que a garota está aqui, vocês vieram a pedidos do garoto Pietro? Ele não vem ver a irmã e acha que pode mandar vocês para nos assustar? Diga que vou chamar a polícia! - A velha falou indignada.

– Ou, calma aí velha, não viemos a mandado daquele filho da...

– Regulos! - Theo o parou imediatamente e eu bufei. – Desculpe a falta de educação do meu namorado, senhora, mas não viemos aqui a mandado de ninguém, viemos por vontade própria ao ver os carros aqui vigiando vocês, não precisa chamar a polícia pois trabalhamos com eles. Nós só queremos conversar.

– Trabalham para a polícia? - Ela perguntou em dúvida.

– Trabalhamos com a polícia. Será que podemos entrar logo? - Perguntei em irritação.

Eu podia estar na minha cama agora, fodendo meu garoto em várias posições, mas estou aqui.

– Draco, você vem até a casa da senhora em plena terça-feira, às 5 da manhã, e ainda quer exigir? - Regulos perguntou abrindo a boca de sono.

– Estou aqui pela garota, e quero vê-la. - Falei em irritação.

– Senhora, será que poderíamos ver a Karly? - Theo perguntou gentilmente.

– Para quê? Vão levar a garota para o garoto Pietro? Ele nem gosta da garota, nunca veio vê-la, jamais! Não levarão ela para ele.

– Oh sua...

– Senhora, podemos conversar melhor no interior da casa? - Theo perguntou calando a boca do Regulos.

– Claro, entrem, irei preparar um chá. - A senhora respondeu sorrindo e entrou.

– Que velha louca, uma hora está quase voando no nosso pescoço, agora quer dar chá. - Regulos falou pensativo.

– Ta na cara da senhora que ela está com algum problema, deve ser a idade, quantos anos ela parece ter? - Perguntei confuso.

– Uns 80, cara, ou mais.

– Eu estou perdido com vocês dois. - Theo resmungou entrando na casa e nós o seguimos.

Assim que eles entraram foram direto para a sala onde a senhora estava servindo o chá. Diferente de mim, eu fui para um corredor onde está tudo escuro, apenas a luz de um quarto ligado, e a porta meio aberta. Continuei a caminhar em direção a porta, e quando cheguei vi dentro dele uma garotinha, de cabelos castanhos quase loiros, e pele parda. Agachada em um tapete velho de cor vermelha desgastada, brincando de boneca.

In a Black SuitOnde histórias criam vida. Descubra agora