O Ogro e a Libélula - Clube dos Ordinários 2

Prólogo

* O livro está sem uma revisão profissional.

Espero que Louise me perdoe por contar seus segredos a Logan, mas ela não podia ficar sentada vendo  terminarem algo lindo que haviam começado de ter.
Talvez por ser uma romântica incurável, via tudo de um jeito diferente. E quando teve a oportunidade de ser o cupido para sua amiga, não perdeu tempo.
- Posso, acompanhá-la até a porta? - Duck perguntou educadamente após Logan sair correndo.
Criando coragem, Libby respiro fundo. Na verdade, ela não foi na residência só  para ver Logan, tinha outro propósito no meio.
- O senhor Lucius esta?
- Está la em cima.
- Pode chamá-lo, por favor.
- Vai contar que é a senhorita quem prepara as refeições?
- Hum, não. Preciso falar outra coisa.
Libby vinha preparando em segredo as refeições que eram servidas pelo senhor Duck. Não fazia isso com tanta frequência, porque estava sempre  com Louise.
Às vezes, pegava somente pães e bolos que a cozinheira havia preparado. Entregava tudo para o mordomo e voltada correndo.
- Está certo, espere um momento.
- Obrigada.
Libby abriu as grandes cortinas trazendo claridade para o comodo novamente. Passou a mão pelos livros na estante.
- Queria falar comigo? - ela levou um susto, não vira ele chegando.
- Senhor, Lucius.
- O que quer?
- Podemos conversar?
- Fale de uma vez.
- Não sei por onde começar.
- Acredito que seja no início. - respondeu próximo a ela.
- Certo. Meu pai descobriu que eu ajudava o senhor Logan a ter encontros com Louise, ele contou para seu pai.
“Como punição, o senhor Owen mandou meu pai me enviar para o interior.
- O que eu tenho a ver com isso? - indagou sarcástico.
- Não quero ir. Serei obrigada a me casar um primo de terceiro grau.
- Mais uma vez eu pergunto, o que eu tenho a ver com isso tudo?
- Vim pedir sua ajuda.
- Como eu poderia. Quer eu te contrate para trabalhar aqui?
- Não.
- Quer o que então, Libby? - ele já estava sem paciência.
- Quero que se case comigo. - disse ela de uma vez.
Lucius soltou uma gargalhada bem alta.
Libby sentia o coração disparado com medo de ser rejeitada.
- Diga que é uma brincadeira.
- Estou falando bem sério.
- Não sabe o que esta pedindo.
- Sei sim.
- Eu não quero me casar novamente! - rosnou.
- Nem para me ajudar?
- Você é nova, procure alguém próximo a sua idade.
- Lucius, não tenho ninguém. - falou desesperada. - E o único jeito de não ser obrigada a ir para longe é estando casada.
- Eu disse não.
- Por favor! - estava quase se ajoelhando para implorar.
- O que é isso? - Lucius perguntou tocando seu rosto. Estava vermelho e inchado devido aos, tapas que recebeu.
- Consequências.
- Seu pai?
- Sim.
Libby acabou se sentindo constrangida com ele encarando-a.
- Aceitarei sua proposta. - disse por fim. - Mas com condições.
- Diga todas.
- Só me casarei com você para te dar proteção, nada mais que isso.
- Esta bem.
Libby mal podia acreditar que Lucius aceitara sua proposta.
- Nunca poderei ama-la, pode viver com isso?
- Vivo sem amor desde que minha mãe faleceu, posso continuar.
Mesmo tendo lido vários romances, Libby acreditava que amor não era um sentimento que ela teria um dia.
- Não se envolverá nos meus assuntos, nunca.
- Tudo bem.
- Não espere que eu vá dormir com você.
- Esta… bem. - disse contra sua vontade.
Sempre teve sentimentos por Lucius, vivia suspirando encantada pelos cantos. Talvez, tenha ficado um pouco decepcionada.
- Por enquanto é só isso, se eu pensar em algo mais eu lhe informo. Partiremos amanha bem cedo para nos casarmos escondidos.
- Não tem medo do escândalo que será? - questionou com medo da resposta.
Não era comum o filho de um duque se casar com uma simples camareira, mesmo um duque quase sem fortuna.
- Não me importo com o que dizem.
- Certo. Também quero pedir algo.
- Não esta em condições de pedir mais nada.
- Só mais uma coisa.
- Peça para Duck que lhe arrume um quarto, fique la ate amanha.
- Prometa-me que nunca ira me bater. - já estava cansada de apanhar.
- Nunca encostaria um dedo em você. - ele praticamente rosnou.
- Então, prometa.
- Tem minha palavra que eu jamais machucarei você.
- Agradeço.
- Não há de quer, pequena libélula.
Libby já estava saindo da biblioteca quando ouviu Lucius chamando-a daquele jeito.
 Se lembrou de quando ela tinha dezesseis anos, estava caminhando entre as flores, acabou caindo e machucando o pé. Estava chorando sozinha quando Lucius apareceu e a ajudou se levantar. Naquele dia ele a chamou pequena libélula, e ela criou sua paixonite.
Talvez, propôr casamento para Lucius tenha sido uma ideia não muito boa. Mas não mudaria de ideia. Iria até o fim, mesmo ele nunca demonstrando o amor que ela queria.