Capítulo Vll

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- Esta pronta, senhora? - Duck pergunto-lhe

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- Esta pronta, senhora? - Duck pergunto-lhe. Libby havia acabado de arrumar para ir visitar a modista. Seu humor não era dos melhores, preferia ficar na biblioteca lendo do que ir às compras. Shakespeare havia se tornado seu melhor amigo nós últimos dias, seus sonetos eram encantadores.
Na verdade, ela nunca fizera compras, nunca precisou fazer. Agora pensando bem, era um gasto desnecessário. Para que ter vestidos novos se não havia onde usá-lo.
- Estou sim. - respondeu por fim.
- A carruagem já esta pronta.
- Já sairei.- disse sem ânimo.
- Quando quiser ir é só dizer, irei com a senhora.
- Você vai? - estava surpresa.
- Sim. Mas se deseja ir sozinha...
- Não! - falou rapidamente. Já era ruim ir, sozinha então, seria um tormento.- Fico imensamente grata que queira ir comigo.
- Vamos?
- Sim.
Os dois já estavam saindo quando Lucius começou a descer as escadas apressadamente.
- Duck não sera necessário que acompanhe Libby...
- É sim. - ela não o deixou terminar. - Não quero ir sozinha.
- Sei que não.
- Então, porque não quer deixa-lo ir?
- Por que eu irei.
- Você? - Libby não estava acreditando.
- Sim, eu vou. Alguém problema?
- Nenhum, só estou surpresa.
- Não deveria estar.
- Com licença. - Duck se retirou, ele imaginava que aquela pequena conversa logo se transformaria em uma discussão. Como sempre acontecia.
- Está pronta? - Lucius perguntou pegando sua mão.
- Vamos de uma vez. - resmungou.
- Não parece animada.
- Jura? Como percebeu? - falou sarcástica. - Será que foi devido à minha alegria contagiante.
- Não precisa ser irônica.
- Eu? Sendo irônica?
- Vamos sair logo, antes que eu mude de ideia. - Lucius praticamente arrastou Libby para a carruagem.
...

Na modista, Libby estava mais que perdida. Não sabia oque lhe agradava, qual cor escolher. O que cairia melhor.
E estar sendo encarada a cada minuto por mulheres estranhas, não estava ajudando em nada. Aquelas senhoras estavam jugando-a só com o olhar. 
Libby só sentia vontade de ir embora chorar. Lucius não havia entrado com a esposa na loja, ficou do lado de fora conversando com um senhor. Se ele ao menos estivesse ali com ela, talvez seria mais fácil se concentrar nas compras.
- Não de importância para elas. - sussurrou uma voz ao lado dela.
Libby se virou e viu uma jovem de cabelo castanho e olhos chocolate. A moça parecia ter quase sua idade, ou talvez, a idade de sua amiga, Louise.
- É quase impossível.- murmurou de volta.
- Elas são um bando de mexeriqueira, mas não mordem.
- Bom saber. 
- Posso ajuda-la? - a jovem ofereceu.
- Trabalha aqui?
- Sim.
- É a madame Frances?
- Não. Sou Elizabeth, normalmente trabalho nos fundos da loja. Mas a madame Frances pediu para eu vir ajuda-la.
Libby se sentiu extremamente constrangida. Nem a dona da loja quis atende-la.
- Madame Frances, não quis atender uma antiga camareira, então, mandou você. - constatou o obvio.
- Sim.- Elizabeth estava sem jeito. — Sinto muito.
- Não sinta.
- Quer começar a escolher os tecidos?
- Não sei por onde começar, na verdade.
- Eu irei ajuda-la. - disse sorrindo. - Sei de alguns tecidos que ficaram lindos em você.
- Obrigada.
- Vestidos para noite também?
- Não...
- Sim... - Lucius apareceu assustando às duas.
- Não é necessário vestidos para noite. - Libby respondeu para Elizabeth.
- Faça! - respondeu o marido.
- Para quê? 
- Eu estou mandando.
Libby não discutiu com Lucius, porque estavam todos olhando para eles. Ela não queria chamar ainda mais atenção.
- Então, o que mais deseja? - Elizabeth perguntou, querendo acabar com aquela tensão.
- Tudo. - Lucius deu de ombros. 
- Esta bem. Venha comigo, provar alguns vestidos. 
Libby provou vários vestidos, gostou de alguns outros nem tanto. Elizabeth, trouxe vestidos de todas as cores.
- Esse vestido ficara lindo em você na cor azul-celeste. - a jovem falou anima. Mostrando o vestido de cetim bem rodado.
- É lindo. - respondeu encantada. Era maravilhoso, o corpete lhe apertava nos lugares certos, dando curvas que nem ela mesma sabia ter.
- No azul-celeste, ficara melhor ainda.
- Sim.
- Farei o mais rápido possível, também tera luvas combinando.
- Eu agradeço por sua ajuda Elizabeth, estaria perdida se não estivesse aqui.
- Gostei de ter lhe ajudado.

Libby gostaria de ter amizade com Elizabeth, ela era uma jovem muito legal. Seu humor parecia até o de Evan. Imaginou como seria se os dois estivessem no mesmo local.
- Acabou? - Lucius perguntou para elas.
- Sim, acabamos.
- Vamos?
- Sim. - Libby virou para Elizabeth. - Obrigada pela ajuda.
- Não há de que.
O casal saiu da modista, Libby procurou a carruagem, mas não a viu.
- Venha comigo. - seu marido ha puxou.
- Aonde vamos?
- Se tera lindos vestidos, precisara de jóias.
- Jóias?
- Sim, as melhores.
Indo na direção a joalheria mais famosa, a jovem só queria entender qual o motivo em ter tudo aquilo. Porque Lucius estava gastando tanto com ela, se os dois não eram nada.
Podiam estar legalmente casados, mas não eram um casal de verdade.

O Ogro e a Libélula - Clube dos Ordinários 2Onde histórias criam vida. Descubra agora