- Tem certeza que esta bem? - Libby pergunta pela terceira vez, na carruagem.
- Já disse que estou. - resmungou uma resposta.
- Parece desconfortável. - observou.
E ele estava mesmo bem desconfortável, mas não por ter que ir ha ópera. Mas sim, porque não conseguia conter seu corpo.
Desde que viu Libby naquele vestido, estava sendo difícil se acalmar. Nunca havia sentindo esse desejo por uma mulher, nem mesmo Katherine o despertou assim.
- Lucius.- escutou ela chamando.
- Hum?
- Já estamos chegando?
- Sim, estamos perto. - respondeu.
- Ainda bem! - sorriu. - Estou ansiosa.
Ele se concentrou no sorriso dela, foi o seu erro. Imaginou como seria beija-la. Puxa-la para seus braços, e tomar aqueles lábios suculentos num beijo ardente.
A carruagem parou, Lucius respirou fundo varias vezes. Somente desceu quando conseguiu conter o desejo.
- Venha. - a ajudou sair.
- Estou nervosa. - sussurrou.
- Não a necessidade.
- Todos estão nos olhando.
Sim, todos estavam encarando-os.
- Deixe que olhem.
- Acredito que tenha sido uma péssima ideia, termos vindo.
- Escute-me, quer saber porque estão nos encarando?
- Isto é obvio, uma camareira não faz passeios como este.
- Esta completamente errada. As senhoras olham porque estão com inveja, de sua beleza. E nos cavalheiros, você esta despertando desejo.
- Ficou louco? - rio de nervoso. - Eu não desperto desejo em ninguém.
Ela não poderia estar mais errada. Pois, ele mesmo mal podia se conter.
- Vamos entrar.
...
Os dois já estavam acomodados no camarote, só estava o casal. Por sorte, Lucius havia conseguido aquele camarote particular, claro que tinha lhe custado um bom valor.
- Champanhe? - ofereceu o garçom.
- Obrigado. - ele pegou duas taças, entregou uma à Libby.
- Nunca bebi antes. - murmurou.
- Champanhe?
- Nada alcoólico.
Por um momento esqueceu que sua esposa era apenas uma menina. Lógico, que nunca bebera.
- Não precisa beber.
- Eu quero experimentar. - deu um pequeno gole na taça.
- Gostou?
- Oh! É divino. - tomou mais um pouco. - Sinto as pequenas bolhas explodirem na minha linguá.
- Tome devagar.
Lucius agradeceu por estar mais escuro onde estavam. Seu martírio estava de volta.
- Já vai começar? - perguntou baixinho.
- Sim.
Teve de rir pela empolgação de Libby, seus olhos brilhavam. Parecia ter acabado de ganhar o melhor presente do mundo.
...
A ópera terminara, o casal já estavam na carruagem voltando para a residência deles. Lucius foi o caminho inteiro, escutando com admiração tudo que Libby falava. Ela não parava de relatar tudo que assistiram.
Assim que a carruagem parou, ele saltou para fora. Estendeu a mão ajudando-a sair.
- Obrigada pela noite. - ela se aproximou do marido, depositou um beijo no rosto dele.
- Fico contente que tenha gostado.
- Foi perfeita. - sorriu. - Não queria que essa noite acabasse. Mas, é melhor eu subir.
- Sim, vá descansar.
- Boa noite, Lucius.
- Tenha bons sonhos, pequena libélula.
- Eu terei.
Lucius continuou parado ao pé da escada vendo-a subir. Ali plantado no lugar, soube que estava perdido.
Ele queria Libby, precisava te-la em sua cama, esparramada em seus lençóis. Queria senti-la por completo.
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O Ogro e a Libélula - Clube dos Ordinários 2
RomanceLucius Andrews, novo duque de Ashbourn. Após perder sua amada esposa, começou a passar seus dias afogando a solidão nas bebidas. Com o tempo acabou se acostumando a ficar só e, gostava disso. Seu irmão tentava inúmeras vezes tirá-lo da situação que...