Capítulo lX

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Dizer que não estava nenhum pouco com vontade de sair a noite era pouco, Lucius se arrependeu por dizer que levaria sua esposa a ópera

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Dizer que não estava nenhum pouco com vontade de sair a noite era pouco, Lucius se arrependeu por dizer que levaria sua esposa a ópera.
Além de detestar o evento, nunca mais esteve em uma depois que Katherine faleceu. Agora não podia voltar atrás com sua palavra, pensou que seria bom para Libby. Ele sabia que ela estava triste, sentindo-se solitária.
Um passeio a noite não faria mal, daria essa diversão a moça. 
- Senhor? - Duck bateu na porta de seu quarto.
- Entre. - pediu.
- Bom dia, meu senhor. 
- Oque deseja? - perguntou. Estava encostado na janela tomando sol, mesmo com o mordomo no quarto não fez questão de se mexer.
- A senhora Mariah gostaria de falar com o senhor.
- Sabe o assunto?
- Sim, senhor.
- Pois então, fale.
- A senhora Mariah, gostaria que o senhor contratasse a sobrinha dela.
- Porque eu faria isso?
- Se me permite dizer, precisamos de mais funcionários. - Duck disse se sentindo incomodado.- A minha senhora não parece ser a dona da residência, parece que ainda é uma simples camareira.
- Certo, diga que descerei em um momento. 
Lucius não queria muitas pessoas circulando em sua moradia, não mais.
- Informarei.
- Libby já levantou?
- Não senhor.
 Mas também sabia que precisa de mais alguns funcionários. Não era certo que Libby continuasse fazendo o trabalho domestico.
Decido ha conversar com a sobrinha de sua cozinheira, Lucius foi ate a cozinha. Encontrou-as conversando baixinho.
- Bom dia! - às duas se assustaram.
- Bom dia, senhor. - Mariah fez uma pequena reverência. - Esta é Emma, minha sobrinha.
- Duck já me adiantou-me o assunto. - diz de uma vez. - Quer que contrate sua sobrinha?
- Sim, senhor. - a cozinheira parece estar tremendo. - Ela não tem para aonde ir, não posso deixa-la sozinha.
- Quer que ela more aqui com você?
- Sim, senhor.
Desde que adquiriu a propriedade e contratou os primeiros funcionários, Lucius deixava disponíveis os quartos para empregados aos que preferiam permanecer no local. A senhora Mariah era uma dessas pessoas.

Quando todos abandonaram a propriedade, ela também foi embora. Mas acabou voltando, pediu desculpas por ir.
 Duck o convenceu a recontrata-la, não viu motivos em dizer não, no fundo, sabia que precisava de uma cozinheira.
Lucius encarou a moça, ela parecia ser nova de mais, muito pálida e tao magra.
- Quantos anos tem? - perguntou diretamente a jovem.
- De... Dezoito, senhor. - respondeu gaguejando.
- Já trabalhou alguma vez?
- Eu sempre ajudei meus pais e...
- Nunca na propriedade de outra pessoa?
- Não, senhor.
- Sabe cozinhar? 
- Não, senhor. Mas posso fazer os outros serviços na residência.
Duvidava muito, pois, ela não parava de tremer. E aqueles braços magros não aguentariam carregar coisas pesadas.
- De uma oportunidade a Emma, por favor. - implorou a senhora Mariah.
- Faremos o seguinte. Se a senhora da casa aceita-la, você será a camareira dela. - foi a única coisa que imaginou que a menina conseguiria fazer.
- Obrigado, senhor.
- Espere minha esposa descer para o desjejum, depois eu faço as apresentações.
- Muito obrigado, senhor. - a cozinheira batia palmas de alegria.
Após sair da cozinha, foi procurar pelo mordomo. Foi fácil, pois o homem estava vindo em sua direção.
- Preciso que me faça um favor. - pediu ao velho.
- Pois não, senhor.
- Quero que contrate no mínimo três funcionários, para fazerem os serviços.
- Não ficara com a sobrinha da Mariah?
- Ela sera a camareira principal de Libby.
- Isso é ótimo.
- Deixarei que você escolha os funcionários, confio no seu julgamento. Explique como funciona a residência, deixe tudo acertado.
- Sim, senhor.
...
Após tomar o desjejum sozinho, e não ver Libby em lugar algum. Deduziu que ela não havia saído do seu quarto a manhã inteira. Preocupado, foi procurá-la.
- Libby? - bateu na porta. 
- Pois não? 
- Posso entrar?
- Sim, claro.
Abriu a porta do quarto, a encontrou sentada em frente ao espelho.
- Esta bem?
- Sim. - respondeu, encarando seu protprio reflexo.
- Não parece.
- Se eu fizer uma pergunta, promete ser sincero ao responder. - indagou com o olhar perdido.
- Sim, claro.
- Quer mesmo sair hoje a noite? 
- Não. - falou rápido de mais, deveria ter mentido. Não gostou de vê-la abaixar a cabeça e, limpar uma lagrima solitária.
- Obrigada por sua sinceridade. 
- Libby...
- Não desejo mais sair, esta livre da promessa.- disse num fio de voz. 
- Não posso quebrar minha promessa.
- Então, sairá sozinho.
Lucius se agachou na frente dela, puxou seu rosto e encarou aqueles grandes olhos.
- Ouça bem oque eu irei dizer! Nós sairemos juntos, hoje.
- Mas, você disse que não quer ir.
- Mas você quer, e é meu dever deixa-la feliz. - foi sincero. - E estou fazendo ao contrário. - limpou uma lagrima que caia. - Quero que seja feliz, Libby.
- Quer?
- Sim.
- Farei qualquer coisa sempre para vê-la sorrir, eu prometo.
- Posso pedir algo?
- Peça-me o que quiser.
Libby tocou o rosto dele suavemente.
- Lucius, só peço uma coisa.
- Diga-me.
- Não me faça promessas, porque eu ficarei esperando que as cumpra. E sabemos que você não fará.
- Acredita mesmo?
- Hoje você cumprira, mas, e quando eu quiser algo que realmente desejo. Você dirá não, então, quebrara a promessa de sempre me fazer feliz.
Não estava entendendo o que ela queria dizer com aquilo.
- Tenho algo para contar. - resolveu mudar drasticamente de assunto.
- Fale.
- Arrumei uma camareira para você.
- Porquê?
- Você é a senhora da casa, e merece ser tratada como tal.
- Eu agradeço.
- Pedirei que ela suba, assim terão tempo de se conhecerem melhor. 
- Esta bem.
- Ela a ajudara se vestir hoje.
- Posso me vestir sozinha.- disse com orgulho.
- Eu sei, mas de agora em diante tera alguém para ajuda-la.
Se levantou para sair, mas ao lembrar de algo parou na porta.
- Libby, use o vestido azul-celeste.
Assim que viu o modelo do vestido, imaginou que ficaria perfeito no corpo dela. Mas estava na cor errada, por este motivo pediu para Elizabeth fazer na cor azul.
A moça concordou, ela ia dizer para Libby que foi ele quem escolheu a cor. Mas Lucius preferiu manter em segredo.

O Ogro e a Libélula - Clube dos Ordinários 2Onde histórias criam vida. Descubra agora