Capítulo lV

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Dizer estar farta por ver Lucius mais uma vez dormindo debruçado na mesa da biblioteca fedendo a bebida alcoólica, era um eufemismo. Libby não queria ficar sentada vendo-o acabando com a própria vida. Queria poder ajudá-lo, mas não sabia como.

- Lucius? - chamou baixinho. - Lucius?

- O quê? - resmungou sem levantar a cabeça.

- Você esta fedendo, deveria ir se banhar.

- Vai embora.

- Só estou tentando ajudar.

- Não pedi por ajuda.

- Certo.

Com raiva, Libby saiu da biblioteca. Foi até a cozinha onde sabia haver baldes com água, pegou um e voltou para onde estava.

Despejou toda a água sobre Lucius, ele levantou num pulo.

- Esta louca? - rugiu.

- Ainda continua cheirando a uísque. - enrugou o nariz.

- Louca!

- Chame-me do que quiser, fiz o que tinha de fazer.

- Estou encharcado.

- Percebo que sim. - respondeu rindo da carranca do marido.

- Está caçoando de mim?

- Sim.

- Não deveria.

- E, porque não?

- Me vingarei.

- Veja só. - estendeu as mãos. - Estou tremendo de medo.

- Deveria ter mesmo.

- Vá por outra roupa antes que se resfrie.

Libby sabia que Lucius nunca faria nada, ele mal conversava com ela. Então, não perderia tempo se vingando.

- Nunca mais jogue água em mim novamente!

- Se não quer, pare de dormir sobre a mesa bêbado.

Libby foi até a estante, procurar por um livro bom.

- Aonde eu durmo não é da sua conta.

- Talvez seja.

- Tenho certeza que não.

- Lucius pare de resmungar em minha cabeça. — pediu cheia de sarcasmo. - Assim não consigo me concentrar para escolher um livro.

- Eu não resmungo.

- Está fazendo agora.

- Estou apenas conversando com você.

- Oh, agora quer conversar comigo?

- Libby...

- Coloque uma roupa seca, depois se quiser falar comigo, estarei aqui.

Libby sabia que ele não iria querer conversar com ela depois. Lucius saiu da biblioteca em silêncio, ela nem viu ele indo.

Continuou procurando algo interessante, puxou vários livros e os colocou no lugar de volta, estava difícil de encontrar um que fosse de seu interesse.

- Libby? - ouviu Lucius chamando seu nome.

- O que quer? - perguntou olhando os livros.

- Libby?

- Diga de uma vez o que quer? - ela se virou irritada. Assim que se afastou da estante, percebeu o que Lucius segurava.

Não teve tempo de protestar, pois, ele jogou a água do balde nela.

- Eu disse que iria me vingar. - falou rindo.

- Não acredito!

- Como estava a água?

- Fria.

- Agora sabe oque senti quando jogou em mim.

- Seu… seu ogro!

- Já me chamaram coisas piores, tente me ofender depois.

Libby queria lhe dar um soco no meio do rosto, para tirar aquele sorrisinho irritante de lá.

Tentando se mostrar paciente, ela saiu da biblioteca deixando-o sozinho. Se Lucius acreditava que Libby não iria se vingar estava bem enganado. Pois, seria ela a dar a última risada vitoriosa.

O Ogro e a Libélula - Clube dos Ordinários 2Onde histórias criam vida. Descubra agora