O Ogro e a Libélula - Clube dos Ordinários 2

Capítulo XXlX

Viajar com a missão de unir um casal era bom, mas voltar para casa. Era melhor ainda. Haviam voltado a dois dias e ainda não se acostumara.
Foi o que Libby pensara, deitada na cama de Lucius. Na deles, já que o marido exigiu que ela dormisse com ele todas as noites.
- Senhora? - ouviu Emma chamando.
- Entre!
- Bom dia, senhora.
- Bom dia. - respondeu levantando.
Foi ate a tigela com água morna lavou o rosto. Fez sua higiene pessoal.
- Pronta para se vestir?
- Sim.
Vestiu-se, arrumou os cabelos.
- Meu marido esta la embaixo?
- Não, senhora.
Libby achou estranho. Desde que voltaram, Lucius anda um pouco distante.
Ele não conversa com ela como antes, mal fazem as refeições juntos. Só continuam o mesmo a noite na cama. Ali ele mostra como a ama, mas fora dela. É frio.
Parece que retrocederam. Sera que Lucius se arrependera de estar com ela. Só podia ser esse motivo, não conseguia pensar em outra coisa.
- Descera agora para o desjejum? - Emma perguntou, tirando-a dos devaneios.
- Sim, claro.
...

Após o desjejum, Libby fora para o jardim. Ficou sentada no chão brincando com uma pequena flor.
Queria o marido ao seu lado, mas ele não estava em casa. Sentiu uma tristeza grande no peito.
Chorar não valia a pena, lamentar também não. O certo a ser feito, era esperar Lucius chegar para conversarem.

A noite havia chagado, e nada do marido voltar. Irritada por sua atitude, ficou esperando-o na biblioteca.
Encheu uma taça com o licor, virou de uma vez. Tornou a enche-la de novo.
Aquela bebida era boa, entendia porque o marido gostava de tomar.
Estava sentada em frente a lareira observando o fogo segurando a garrafa de licor vazia. Quando Lucius apareceu.
- Libby? - a chamou. Mas ela não quis responder. - Querida, tudo bem?
- Você... você. - não conseguia falar, sua língua parecia estar enrolada. - Sumiu.
- Esta bêbada? - perguntou surpreso de olhos arregalados.
- Não! - talvez estivesse.
- Porque bebeu tanto? - tirou a garrafa de perto dela.
- Eu senti vontade.
- Porquê? - tornou a perguntar.
- Com quem esteve?
- No clube com Evan.
Seus temores aconteceram. Lucius havia ido atrás de outra.
- Eu sabia que você faria isso comigo! - o acusou com vontade de chorar.
- Isso o quê?
- Me trair.
- Libby, eu não fiz.
- Desde que voltamos, você anda distante. Mal conversa comigo, não fica ao meu lado. E agora, diz que estava no clube.
- Eu estava la para ajudar Evan, já que Tristan não esta aqui.
- Mentira!
- Libby...
- Não quero ouvir. - ela levantou cambaleando. Sentia-se tonta e enjoada. Não deveria ter bebido uma garrafa de licor.
- Deixe-me explicar, por favor. - ele pediu.
- Não quero escutar. - tapou os ouvidos. - Você vai dizer coisas bonitas e eu irei perdoar. Mas, agora não quero.
- Pequena... nada aconteceu. - disse ele suave.
- Nada mesmo? - perguntou quase sussurrando.
- Acredite em mim.
- Lucius... estou confusa.
- Sei que esta. Mas, posso explicar.
Uma onde de tontura tomou conta dela.
- Vamos conversar no nosso quarto, não estou me sentindo bem.
- Claro.
Lucius a carregou para o quarto, ficou agradecida. Já que mal conseguia andar e seus olhos estavam pesados.
Seu marido a colocou na cama com cuidado. Libby se acomodou embaixo da coberta. Com dificuldade, Lucius retirou suas roupas. Colocou sua camisola.
Tirou suas roupas também e deitou ao seu lado.
- Porque anda tao distante? - perguntou baixinho, com medo da resposta.
- Foi por uma boa causa.
- Conte-me, então. - ela pediu. Mas não escutou a resposta já que acabou adormecendo.