Capítulo Xll

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Por mais que sua noite tenha sido maravilhosa, Libby não queria que tivesse acabado

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Por mais que sua noite tenha sido maravilhosa, Libby não queria que tivesse acabado. Por ela continuaria ao lado do marido.
Ele que foi bem-educado a noite inteira, mesmo não querendo sair. Tornou tudo encantador.
Enquanto retirava as roupas e joias da noite, Libby lembrou que pela manha deveria escrever para Elizabeth agradecendo pelo vestido lindo. Ela acertou à primeira na cor, no modelo. E até pode jurar que Lucius havia gostado também.
Como estava agitada de mais para dormir, decidiu ir buscar seu livro que ficara na biblioteca.
Saiu do quarto tentando fazer o mínimo de barulho, pois, todos estavam dormindo. Pegou uma das velas que estavam acesas e desceu a escada.
Escutou um barulho na biblioteca, mesmo sentindo medo foi ate o local. Assim que entrou viu Lucius la dentro. Ele encarava o fogo da lareira.
- Pensei que estava dormindo. - ela falou baixinho.
- Não consegui. - respondeu sem se virar.
- Eu também não.
- Veio buscar um livro?
- Sim.
- Eles te acalmam?
- Às vezes.
- Costumava funcionar-me antes, mas tem tempo que não funcionam.
- Conversar também ajuda. - ao se aproximar de Lucius, percebeu a taça na mão esquerda dele.
- Beber isso sim, funciona.
- Oque esta bebendo?
 - Uísque.
- E é bom? - perguntou com curiosidade.
Jamais havia bebido antes e, o champanhe que provou era divino.
- Eu gosto.
- Posso experimentar?
- Acredito que não ira gostar. É muito forte.
- Se não me deixar provar, nunca saberemos.
- Pegue.
Estendeu a taça na sua direção, Libby pegou da mão dele. Deu um pequeno gole, e quase cuspiu o líquido.
Era horrível o sabor, sua garganta queimava. Nunca mais tomaria aquilo na vida.
- E então? - perguntou com ironia.
- Porque bebe isso? É um horror. - devolveu a taça.
- Eu aprecio.
- Prefiro champanhe.
- Claro que prefere. - ele virou o resto do líquido.- É delicada de mais para bebidas fortes.
Não se deu o trabalho em responder, porque sua garganta ainda ardia e gosto ruim não saia de sua boca.
Saiu de perto do marido, foi ate a poltrona onde viu o livro de sonetos.
- Libby...- Lucius parecia engasgar.
- Oh! Você esta bem? - ficou preocupada.
- Oque... Oque é isso que veste?
Olhou seu corpo e corou violentamente. Vestia uma camisola branca, era quase transparente. Ficou constrangida, tinha se esquecido de colocar um robe por cima.
- Desculpe pelo traje. - murmurou mortificada.
- É melhor... você subir.
- Sim, claro.
- Nunca mais ande por aí vestida dessa forma. - deu lhe uma bronca.
- A culpa não é minha!
- E de quem seria?
- Sua.
- Minha?
- Sim. Foi você quem pagou pela camisola e...
- Posso ter pago, mas não era para andar só com ela.
- Continuando. Pensei que todos dormiam, então, vim buscar um livro.
- Pegue seu livro e suba! - exigiu.
- E se eu não quiser? - perguntou com petulância. - Se esta tao incomodado saia você!
- Não sabe o tamanho do meu incomodo. - resmungou.
- Então, saia!
- Você não entende.
- Me explique, então.
- Libby, peço por gentileza que suba para seu quarto.
- Não.
- Nunca lhe ensinaram que não é apropriado se apresentar desta forma na frente de um cavalheiro.- rosnou. - Pode despertar reações no corpo do homem, que nem imagina.
- Primeiro, não vejo nenhum cavalheiro aqui só você. - quis rir da careta dele. - Segundo, eu não desperto nada em você mesmo, então, pare de falar.
- Libby...- ele estava perdendo a paciência.
- Estou muito bem aqui! - se acomodou na poltrona.
- Pare de me desafiar.
- Lucius, só quero ler sossegada. - abriu o livro em uma página qualquer.
- Quer mesmo jogar comigo? - ele estava se aproximando devagar.
- Não sei que esta falando. - fingiu-se de inocente. Na verdade, gostou em saber que despertava algo nele.
- Sabe sim, mesmo assim quer jogar.
- Não deveria brincar comigo, sera perigoso. E você não vai gostar quando eu dar as cartas. - ficou de frente para ela, apoiando as mãos de cada lado da poltrona.
- Eu não... - engoliu em seco. Lucius encarou todo seu corpo. Ele olhava no fundo dos seus olhos, sentia sua respiração no rosto. Se chegasse um pouquinho mais perto, colava seus lábios aos dele.
Não estiveram tão próximos assim, sua respiração se tornou irregular. Os seios começaram a doer.
Lucius depositou um beijo suave na bochecha direita. Seu coracao parecia que ia parar a qualquer minuto.

- " Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.

Ás vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza... - ele recitava, com a boca colada em seu ouvido.

" Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:

Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver."

- Como se sente, pequena libelula? - ele perguntou.
- Não... não sei dizer. - respondeu com a voz trêmula.
- É desejo.- beijou a ponta de seu nariz.
- Lucius...
- Voce desperta desejo em mim, Libby.
- Eu? - queria que ele parace logo de falar, e beijasse ela.
- Sim, voce.
- Não sabia.
- Agora descobriu.- murmurou com os labios nos dela.
- Me beijara agora? - perguntou esperançosa.
- É o que quer?
- Sim, por favor.
Lucius deu lhe um selinho, mas era pouco.
- Beije-me mais. - pediu ofegante.
- Lembra quando eu disse que o jogo seria perigoso?
- Sim.
- Esta é a parte que você não ira gostar.
- Porque não?
- Por que, eu não darei oque deseja! - se afastou de forma abrupta.
- Não acredito que me enganou! - protestou indignada.
- Eu avise que não gostaria quando eu desse as cartas.- como odiou o sacarmos na voz dele. — Um conselho, antes de jogar com um experiente. Lembre-se, de ter varias estratégias.
- Seu ogro! - gritou revoltada.
Jogou o livro nele, acertando em cheio sua cabeça. Saiu correndo, mesmo ouvindo Lucius chamando seu nome.

O Ogro e a Libélula - Clube dos Ordinários 2Onde histórias criam vida. Descubra agora