Capítulo XXX

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Libby acordara na manhã seguinte com uma terrível dor de cabeça

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Libby acordara na manhã seguinte com uma terrível dor de cabeça. Um gosto amargo na boca.
Percebera estar sozinha no quarto, não conseguia se lembrar como foi parar la.
Sua última lembrança, é de estar na biblioteca com uma pequena taça do licor. Depois disso tudo estava distorcido.
Lembrou-se, de discutir com o marido. Ele havia dito que se explicaria, mas ela não conseguia lembrar se fez.
Ainda estava brava com Lucius, por ele andar tao distante. Queria saber o motivo, precisava da verdade.
Pensou em levantar e se vestir, mas se quer conseguia ficar sentada. Desistindo, permaneceu deitada de olhos fechados.
A porta do quarto foi aberta, queria saber quem era, mas não conseguia levantar a cabeça.
- Bom dia, querida! - disse Lucius. - Como se sente?
- Péssima.
- Talvez, seja por beber uma garrafa inteira de licor.
- Eu bebi?
- Sim.
- Oh, céus! - por isso, a dor na cabeça.
- Beba um pouco de chá, depois coma algo.
- Não quero.
- Precisa.
- Tomarei somente o chá. - disse ela, conseguindo sentar na cama. Pegou a xícara e bebeu pequenos goles.
- Precisamos conversar sobre ontem, Libby.
Sim, precisavam. Mas ela não estava mais preparada para aquela conversa.
- Porque anda tao distante? - disparou. Quanto antes soubesse, seria melhor.
- Muito bem, eu falo. - suspirou. - Era para ser uma surpresa, mas é melhor eu dizer de uma vez.
- Pois então, fale!
- Eu estava planejando uma festa para comemorarmos nosso casamento. Convidei Logan com Louise, Evan. Ate Tristan vem com Sunny. Todos que você gosta
- É serio? - perguntou surpresa. - Estava mesmo planejando uma festa?
- Sim. Ate lhe comprei um vestido novo. Claro, que tive ajuda de Elizabeth para escolher o perfeito. Ela trara o vestido hoje.
- Por que quer uma festa? - ele não gostava de comemorações.
- Quando nos casamos só havia o mexeriqueiro do Evan. Você disse que não era daquela forma que queria se casar. Desejava uma festa onde todos pudessem comer, beber e dançar a vontade.
- Pensei que não tivesse escutado. - ela brincou.
- Ouvi cada palavra. E hoje tera a noite que quis sempre.
- Obrigada. — disse ela beijando-o.
- Tudo por você.
- Todos nossos amigos viram?
- Claro. Estão ansiosos. - a beijou. - Fique aqui em cima, descanse mais. Depois tome um longo banho. Mais tarde Emma subira para ajuda-la a se vestir e pentear.
- Não sera difícil. Preciso mesmo dormir mais um pouco.
- Quando descer, encontrara tudo pronto la embaixo. - disse ele sorrindo-lhe. - Não poderá ir antes.
- Uma surpresa?
- Sim, minha pequena libélula.
- Pode deitar só um pouquinho aqui comigo? - pediu baixinho.
- Claro, querida.
Esperou Lucius deitar, se acomodou sobre ele. O marido fazia caricias em seu cabelo. Adormecera com facilidade.
...
- Pronta para descer? - Lucius perguntou-lhe.
Libby ainda estava na frente do espelho se olhando. O vestido azul-royal, com corpete baixo todo rendado. A grande saia bufante também contia alguns rendados nas laterais e na barra.
Usava uma tiara de brilhante sob o cabelo preso, com dois cachos soltos de cada lado. Os brincos pequenos e o colar de diamante. A deixaram linda.
- Falta somente colocar as luvas. - disse ela.
- Eu ajudo.
- Obrigada.
- Pronto. - agora poderia descer.
- Podemos ir.
- Sim. Já estão todos la embaixo.
- Estou ansiosa.
- Minha pequena, sempre esta ansiosa! - disse lhe dando um beijo.
- Vamos?
- Sim.
Saíram do quarto de mãos dadas. Lucius a ajudou descer as escadas.
Todos seus amigos estavam observando-os. Até, Elizabeth havia ficado. Por muito insistência de sua parte, claro.
- Isso é som de violino? - perguntou ao marido.
- Sim.
- De onde vem?
- Do jardim.
Após descerem, Libby foi cumprimentada por todos. Chegou a ficar desconcertada pelos elogios que recebeu.
Lucius a levou ao jardim. Ficara tão surpresa, com tudo que viu.
O local estava todo iluminado por velas. Num canto, havia uma banda. Emma, Duck e os outros funcionários serviam seus amigos.
- E então, gostou? - Lucius perguntou em seu ouvido.
- Esta perfeito! - quase gritou de entusiasmo. - Adorei.
- Fico contente que tenha apreciado.
- Se saiu muito bem. - disse baixinho. - Sera muito bem recompensado mais tarde.
- Mal posso esperar.
- Desculpe-me por interromper o casal, mas a primeira valsa ira começar. - agora entendia porque o marido achava o amigo intrometido. Evan sabia estragar o momento.
- Venha! - Lucius começou a puxou.
- Aonde vamos?
- A primeira valsa é nossa.
- Iremos dançar? - perguntou surpresa.
- Sim.
- Não sabia que dançava.
- E, muito bem.
- É bem convencido.
- Isso também! - respondeu ele rindo.
A valsa começou, Libby sentia medo de fazer algo errado. Ou pisar no pé do marido.
- Estou com medo. — sussurrou. - Nunca dancei antes.
- Confie em mim, vou guia-la.
Ela confiaria nele de olhos fechados.
De repente Shakespeare lhe veio a mente.

 - " De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.

Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.... - murmurava no ouvido do marido.

"Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,… — completou ele.

"Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou. - finalizou ela.

- Posso dizer algo? - perguntou ele.
- Claro. - respondeu.
- Amo você, minha pequena libélula.
Seus olhos se encheram de lágrimas.
- E eu amo você, meu ogro!
Libby soltou uma risada alta quando o marido a rodopiou no ar.
Jamais havia imaginado que um dia estaria nos bracos de Lucius, sempre desejara. Mas não acreditava que aconteceria.
E estava tão incrivelmente feliz, por estar com ele. Por saber que seus sentimentos eram recíprocos.

Naquela mesma noite, o casal dançará todas as valsas. Riram com seus amigos.
Quando todos foram embora, subiram para o quarto. Onde passaram horas se amando.
Naquela cama selaram sua união. Promessas de amor foram feitas.
Libby e Lucius sabiam que teriam sempre  de enfrentar as fofocas da sociedade. Mas não dariam importância.
Pois, se amavam.
 E ficariam juntos para sempre.

O Ogro e a Libélula - Clube dos Ordinários 2Onde histórias criam vida. Descubra agora