Capítulo X

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- Como se chama? - perguntou para a menina que encarava o chão

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- Como se chama? - perguntou para a menina que encarava o chão.
- Emma.
Assim que a menina magrinha entrou no quarto, Libby percebeu que ela estava com medo.
- Você esta bem?
- Sim, senhora.
- Do que tem medo?
- De nada, senhora.- disse com a voz trêmula.
- Sabe que não precisa temer ninguém aqui, não é?
- Sim, senhora.
- Quantos anos tem?
- Dezoito. - não conseguiu esconder a surpresa, parecia ainda mais nova.
- Eu também.
Assim que falou, Emma levantou a cabeça espantada.
- Tão nova, e já é casada!
- Eu sou.
- Porque se casou? - a menina tapou a boca apos dizer. Não era certo falar deste modo com sua patroa.- Desculpe-me, não quis ser inconveniente.
- Sem problemas. - respondeu rindo. - Sou bem curiosa também.
- Sei que é comum casar nova, mas não me imagino indo para o altar tao cedo.
- Eu também não imaginava, mas aconteceu. - deixou de fora o resto da história. Emma não precisava saber seu motivo de estar casada.
- Entendo.
- Bom, preciso lhe perguntar algo importante.
- Pode fazer a pegunta, senhora.
- Primeiro me chame apenas de Libby. E segundo, preciso saber. Quer mesmo ser minha camareira?
- Sim, senhora.
- De verdade? Quero que seja sincera.
- Digo a verdade.
Libby, viu que Emma estava sendo sincera.
- O que gosta de fazer?
- Não sei responder.
- Gosta de ler? Escrever poesias? - a menina parecia perdida. - Tocar piano? Pintar?
- Nunca tive condições de ter um piano, e meu pai não me dava permissão para ler. Segundo ele, livros enchem nossa mente com bobagens.
Não podia discordar com esse ponto, Libby vivia imaginando em ter aqueles romances que amava ler.
- Não sei escrever poesias e, nunca pintei, - continuou Emma. - A senhora sabe fazer todas essas coisas?
- Oh! Céus, não! - rio. - Sou uma boa leitora, somente.
- Mas livros enchem as mentes com bobagens, porque continua lendo?
- Porque eu amo. - deu de ombros. - Não me importo em saber que são apenas bobagens. Sei que são apenas palavras, e a realidade é diferente.
- Não compreendo.
- Se algum dia quiser ler, eu mostrarei os melhores. Então, pensara diferente.
- Não sei se iria gostar.
- Pois, eu acredito que apreciaria muito.
- Se não for encômodo, gostaria que me emprestasse um.
- Deixe-me pensar em um dos meus preferidos depois lhe entrego.
- Sim, senhora.
...
Às duas jovens ficaram tao entretidas juntas conversando que Libby perdeu a hora de começar a se arrumar.
 Ela que sempre se arrumou rapidamente, estava sentindo-se perdida. Não sabia oque fazer primeiro. Sorte que Emma estava ao seu lado, dando auxilio que precisava.
Quando ficou pronta, não se reconheceu. Pela primeira vez sentia-se linda. O vestido caiu perfeitamente, a cor era fabulosa. Suas curvas estavam moldadas, perfeitamente.
O cabelo loiro avermelhado, estava bem preso havia apenas alguns fios soltos, decidiu fazer cachos neles. Os brincos e o colar de pérolas foram o elemento final.
- Senhora? - ouviu Duck chamando pela terceira vez.
- Já irei descer.
- Informarei ao meu senhor.
- Aqui estão suas luvas. - Emma ajudou a colocá-la.
- Obrigada pela ajuda.
- Não há de quer. - sorriu. - Agora, é melhor descer antes que o duque venha buscá-la.
- Ele não faria isso.
- Penso que está errada, mas não é o momento de descobrir.
Libby saiu do quarto com Emma logo atrás. Quando começou a descer as escadas, quase perdeu o ar. Lucius estava esperando-a no final.
Ele estava tão gracioso, havia cortado os cabelos, e aparado a barba.
- Ola. - ela sussurrou timidamente.
- Esta linda.- disse olhando seu corpo.
- Obrigada. - seu rosto queimava.- Esta muito encantador.
- Parece que fiz bem em cortar o cabelo. - ele brincou.
- Era encantador com o cabelo grande também.
- Libby...
- Estou pronta para ir e você? - ela falou rapidamente, dando fim na outra conversa.
- Vamos?
- Sim.
Estava se sentindo tão nervosa, mesmo respirando varias vezes não conseguia controlar seu coração que  batia apressadamente.

O Ogro e a Libélula - Clube dos Ordinários 2Onde histórias criam vida. Descubra agora