Capítulo V

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Após trocar suas roupas molhadas, Libby voltou para a biblioteca

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Após trocar suas roupas molhadas, Libby voltou para a biblioteca. Encontrou Lucius sentado no sofá, observou que ele também estava com roupas secas.

Pegou o livro que desejava, se acomodou em uma poltrona para começar sua leitura.

- Até quando continuara fingindo que não estou aqui? - Lucius perguntou. Ela estava ignorando-o de propósito.

- Libby?

- Pois não? - tirou os olhos do livro.

- Sua leitura está boa?

- Está sim, obrigada por perguntar. - na verdade, nem lia, sua mente estava longe.

- É mesmo?

- Já disse que sim.

- Precisa me ensinar como ler um livro estando de cabeça para baixo. - só então, ela percebeu o erro cometido.

Não sabia o que dizer, foi pega na própria mentira.

- Não tem mais oque fazer? Geralmente, sai cedo.

- Não sairei hoje.

- Porque não?

- Quer que saia? Está esperando por alguém?

- Não espero por ninguém, se não percebeu. Eu não tenho ninguém para esperar.

- E sua amiga, Louise?

- Não quero, incomodá-la, deixe-a feliz com Logan.

- Claro que deixo. - respondeu amargo. - Eles devem estar aproveitando muito.

- Se você conhecesse Louise, saberia como ela é uma boa pessoa.

- Não quero, conhece-la.

- Oque tem contra ela?

- Sua amiga era casada com meu pai, se deitou com Logan ainda estando casada. O que deseja que eu pense.

- Se soubesse o que Louise passou, pensaria diferente.

- E o que tenho para saber?

- Pergunte para seu irmão. Além disso, porque não o procura?

- Deixe-me ver. Porque não quero!

- Mas ele é seu irmão. Vocês têm o mesmo sangue, não podem ficar afastados.

- O filho da sua amiga também será, e nem, por isso, eu tenho que ir vê-lo quando nascer.

- Não vai conhecê-lo?

- Não.

- Porque é tão insensível?

- É você que vê o mundo todo colorido, pequena libélula.

- Pare de me chamar assim. - Libby queria que ele a chamasse assim quando estivesse interessado nela, e não quando estava sendo sarcástico.

- Você é pequena, e vivia correndo atrás de libélulas no jardim. O nome é propicio.

- Devo então começar a chama-lo de ogro? É bem propicio também.

- Não me importo.

- Veremos até quando. Sabemos, que uma hora você vai se importar.

- Sobre isso não.

- Que seja. - deu de ombros.

Libby sentiu as bochechas esquentarem com o olhar penetrante de Lucius.

- Pode parar! - ela pediu.

- Com oque?

- Pare de me encarar.

- Só estou pensando.

- Em quê?

- Porque está com esse vestido horroroso? Não é mais uma empregada para estar vestida igual a uma.

Ficou ainda mais constrangida quando escutou as palavras do marido.

- Me visto como eu bem entender. - rebateu.

A verdade era que não tinha muito oque vestir, fora os dois vestidos que ganhou de Louise. Os outros eram cinzas, ela os usava para o trabalho.

- Pode deixar de usá-lo, são feios.

- Pois eu continuarei usando.

- Mas eu mandei parar.

- Não manda em mim.

- Espero que obedeça.

- Eu não irei.

- Porque não?

- Não tenho mais para vestir! - ela gritou sem paciência. - Tenho dois vestidos bons apenas e um você fez o favor de molhar!

Libby não queria contar a verdade ao marido, sentia vergonha.

- Porque não me contou? - Lucius perguntou depois de um tempo.

- Faria alguma diferença? Você nunca trocou mais de três palavras comigo durante esse mês.

- Sabe, os vestidos de Katherine guardados em alguns baús. Se ajusta-los pode ficar com eles.

Oh céus, pior do que não ter roupas era usar as da falecida esposa dele.

- Não obrigada. Prefiro usar meus trapos.

- Tem razão, não deveria ter oferecido as roupas de Katherine.

- Esqueça. - soltou um suspiro triste.- Eu nem ao menos saio, então, não a necessidade de ter outros vestidos.

- Não é uma prisioneira, sabe disso. Pode ir aonde quiser.

- Eu sei. - o que ela deixou de contar para ele, é que chegou a ir numa confeitaria, mas não deixaram ela entrar.

- Pedirei a Duck que marque uma hora para você na modista.

- Não precisa...

- Estou pedindo que vá.

- Lucius...

- Obedeça essa ordem pelo menos, encomende tudo que precisa. Vestidos, roupas íntimas, perfumes e outras coisas.

- Qual a necessidade em ter tudo isso?

- Eu quero que tenha.

- Não sei para que.

- Pequena libélula, só faça o que peço.

- Certo.

Realmente, Libby não entendia porque Lucius queria que ela comprasse todas essas coisas. Não sairia para lugar nenhum, então, não precisava de tudo que ele ofereceu. Talvez, Lucius só esteja com pena dela.

O Ogro e a Libélula - Clube dos Ordinários 2Onde histórias criam vida. Descubra agora