Uma semana se passara desde que o casal havia se acertado. Os dois estavam numa constante lua de mel.
Beijos e caricias eram trocados pelos cantos. Numa noite foram pegos pelo mordomo na sala de música. Não foi possível descobrir quem ficou mais constrangido.
Até a camareira, Emma. Os flagrou na biblioteca. Por sorte só beijos estavam acontecendo.
Na manhã em questão, Libby pediu para ser preparado uma cesta de piquenique. Pois, iria fazer o desjejum com o marido no jardim dos fundos.
Com a cesta pronta, fora chamar o marido que conversava com o Duck. Em nome de Lucius, o mordomo havia contratado mais seis pessoas para trabalharem na residência. Eram o suficiente para ela nao fizesse nada.
- Tudo pronto? - disse o marido se aproximando.
- Sim.
- Deixe que eu levo. - retirou a cesta da mão dela.
Foram para o jardim, Libby estendeu o lençol no chão. Sentaram-se, ela começou a retirar as coisas da cesta. Havia uvas, pães doces, bolos, biscoitos amanteigados, suco de laranja e chá
Ao invés de comerem, Lucius a puxou para seus bracos. Ficaram abraçados, tomando sol.
- Deveria ter trazido um livro que pudesse ler para mim. - disse ele, acariciando seu cabelo.
- Não lembrei em trazer.
- Conte-me, um que se lembra.
- Qualquer um?
- Desde que não seja Shakespeare. Amo quando os recita, mas dessa vez quero um diferente.
- Deixe-me pensar. - eram tantos.
- Leve o tempo que precisar.
- Já sei!
- Então, me conte.
- “ Não disse que não é amor, definitivamente é, mas eu sei que é efêmero e que o tempo há de mudá-lo como o inverno muda as árvores, e mesmo que eu te amasse com todas as forças do meu corpo nem em cem anos poderia te amar tanto quanto te amei em um único dia. Talvez daqui cem anos eu ame ainda mais, tanto, que tu já tenha se espalhado de tal forma, sendo impossível de tirar daqui do meu eu mais secreto e íntimo não como um prazer, porque eu não sou um para mim mesma, mas como o meu próprio ser existindo na sombra da tua existência, sendo apenas a metade e não meu todo. Onde não há você, não existe eu, só vazio."
- Emily Brontë. - comentou ele, acertando.
- Conhece?
- Sim. Já li.
- É mesmo?
- Parece surpresa. - disse rindo.
- E estou. Não conheço homens que lêem livros, ainda mais romances.
- Agora conhece. Seu marido.
Libby ficara ainda mais admirada.
- Aceita? - ele perguntou segurando algumas uvas.
- Sim. - tentou pegar, mas Lucius colocou em sua boca.
- Comer assim é ainda melhor.
- Então, deixe-me ser seu servo.
- Somente aqui? - ousou perguntar.
- Oque esta passando nessa cabecinha?
Tantas coisas, todas inapropriadas.
- Nada.
- Conte-me. - exigiu.
- Não.
- É melhor começar a falar, senão a obrigarei. - ele a ameaçou.
- E como me obrigara? - perguntou curiosa.
- Assim.
Lucius a atacou com cócegas.
- Oh, céus! - ela já estava chorando de tanto rir. - Pare!
- Então, diga.
- Esta bem... eu falo.- gritou entre risadas. - Pensei que poderia me servir, mas na cama.
- Ora, ora. E como seria?
- Faria o que eu quisesse.
- É mesmo?
- Pronto agora sabe oque eu pensei.
- Posso realizar seu desejo.
- Pode? - começou a se sentir empolgada.
- Sim. Entretanto, amanhã sera minha vez. Você fara tudo que eu assim quiser.
- Eu aceito!
- Então, vamos. - disse ele, levantando.
- Mas já?
- Quanto antes formos, mas rápido começo a servi-la.
Lucius a pegou no colo. Começara a caminhar apressado na direção da casa.
- E a cesta? A comida? - tudo ficara para trás.
- Depois alguém pega.
- Ande mais depressa, servo! - riu alto do som que ele fez.
Naquele dia, o casal passará horas no quarto se amando. Seu marido se mostrou bem prestativoatendendo a seus pedidos.
A noite nem sequer desceram para comer, Lucius quem buscou uma bandeja.
Libby irradiava felicidade, estar nos braços dele era tao magnifico. Só esperava que nada os atrapalhasse.
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O Ogro e a Libélula - Clube dos Ordinários 2
RomanceLucius Andrews, novo duque de Ashbourn. Após perder sua amada esposa, começou a passar seus dias afogando a solidão nas bebidas. Com o tempo acabou se acostumando a ficar só e, gostava disso. Seu irmão tentava inúmeras vezes tirá-lo da situação que...