Capítulo XXlV

2.5K 283 10
                                    

- Sinto muito, minha amiga

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


- Sinto muito, minha amiga. - Louise dizia lhe acariciando os cabelos.
Estavam juntas no quarto de hóspede. Libby não queria incomoda o casal, mas não sabia mais para aonde ir. Na verdade, não tinha outro lugar. E ficar na casa de Lucius estava fora de cogitação.
Não queria vê-lo, precisava de um tempo só. Decidira escrever uma carta contando tudo o que sente, escreveu sobre todos seus sentimentos.
Todo o conteúdo da carta, ela nunca havia contado nada para ninguém, nem ao menos disse em voz alta.
- Doí. - sussurrou.
- Queria poder fazer algo a respeito.
- Não a nada que possa fazer.
- Logan pode ir conversar com o irmão e...
- Não! - disse rapidamente. - Não precisa ir atrás de Lucius. Deixe-o só.
- Mas...
- Não adiantaria muito, então, esqueça. Amanhã eu voltarei para a residência dele, conversaremos e depois irei embora.
- Primeiro aquela casa também é sua. - disse Louise. - Segundo, tem certeza que quer partir?
Libby havia contado seus planos para a amiga.
- Sim, tenho total certeza.
- Não quero que vá.
- É melhor.
- Como vou saber que esta bem?
- Lhe escreverei com frequência.
- Ficarei triste.
- Oh, Louise. Você tem Logan, ele lhe faz bem. Não quero que fique triste por mim, concentre-se no homem que vive ao seu lado. E logo mais o bebe chegara e ficara bem ocupada.
— Mesmo assim, sentirei sua falta!
- Eu ficarei bem. - disse sem muita convicção.
- Moças, posso entrar? - Logan pergunto do lado de fora.
- Sim. - responderam juntas.
Ele entrou com um olhar acolhedor para Libby.
- Esta mais calma?
- Sim.
- Posso fazer algo a respeito da situação?
- Não é necessário, mas obrigada por oferecer.
- Certeza?
- Só preciso descansar. - deu um pequeno sorriso.
- Descanse um pouco, depois desça para comer algo.
- Sim.
Logan saiu novamente do quarto deixando às duas sozinhas novamente.
- Durma um pouco, esta bem abatida. Depois, eu volto para vê-la. - Louise lhe deu abraço.
- Agradeço por me deixar ficar.
- É o mínimo que posso fazer.
Libby ficou sozinha, deitou-se embaixo da coberta.
Não tinha mais lagrimas para chorar, se sentia sem forças. Todo o cansaço veio de uma vez. Libby, só queria dormir e esquecer aquele dia.
...

No dia seguinte, apos o desjejum. Libby decidira que era a hora de ir conversar com Lucius.
Precisava encará-lo, acertar para onde ele iria mandá-la.
- Pronta? - Logan perguntou.
- Sim.
- Tem certeza que quer voltar? - Louise parecia preocupada. - Sabe que pode ficar aqui o tempo que quiser.
- Eu sei, mas não posso fugir sempre.
- Se precisar voltar, venha sem pensar duas vezes.
- Eu irei.
Libby entrou na carruagem, jundo de Logan. Ele não queria que ela voltasse sozinha.
A curta viagem foi feita em silêncio, após chegarem. Logan a ajudou descer, mas não entrou na casa do irmão. Decidiu ir embora.
Entrou na residência, a primeira pessoa que viu foi Duck.
- Aonde ele esta? - perguntou ao mordomo.
- No quarto, ainda não desceu.
- Certo, peça para Emma me ajudar. - pediu. - E informe Lucius que quero vê-lo.
- Sim, senhora.

Libby já estava na biblioteca uns trinta minutos esperando por Lucius.
Abriu uma garrafa com um líquido vermelho, o cheiro não era ruim. Colocou um pouco na taça e provou, era bom.
- Isso é licor. - a voz soou como um trovão nas suas costas.
- Gostei.
- Eu aprecio.
- Precisamos conversar. - disse sem enrolação.
- Eu sei.
- Já decidiu aonde vou ficar?
- Sim.
- Então?
- Você fica aqui, Libby!
- Lucius... não quero continuar aqui.
- Já falei. Você vai continuar morando aqui.
- Deixei bem claro naquela carta que você deveria pensar aonde eu iria.
- Você deixou muita coisa clara na carta. Libby, não posso deixa-la ir.
- E, porque não? - perguntou sem paciência.
- Sou egoísta de mais para deixar que vá.
- Lucius...
- Eu a quero por perto.
- Para quê?
- Deixe-me dizer. Libby, eu me acostumei em te-la aqui. Após ler sua carta, percebi que gosto de você. Se partir, sentirei falta dos seus sorrisos, das constantes perguntas. Da sua voz lendo, Shakespeare.
- Se acostumara a ficar sem, vai ser fácil.
- Não, não vai. - Lucius lhe tocou no rosto. - Na carta você disse que não chegaria aos pés de Katherine, nunca, mas se compare a ela. Pois, você é mais. Linda e preciosa.
“Sim, eu amei Katherine. Perde-la não foi fácil, pensei ter perdido uma parte de mim. Na verdade, uma parte foi com ela.
O que eu não percebi é que você trouxe o sentimento de volta. Como disse antes, você tem um espaço no meu coração. Ela também tem, mas é diferente. Katherine foi minha primeira esposa, por isso ainda tenho sentimentos por ela.
Mas você Libby, tem um lugar maior. Foi ganhando tao silenciosamente que nem eu havia percebido.
Libby, não sabia o que dizer. Ouvir Lucius dizendo aquilo a deixou sem palavras.
- Estou apaixonado por você, pequena libélula. Pode não ser o mesmo sentimento que o seu, mas o que sinto é verdadeiro. - ele continuou dizendo.
- Oh, Lucius! - o abracou. - É perfeito. Se o sentimento é de verdade, é perfeito.
Mesmo que não a amasse na mesma intensidade que ela, Libby não se importou. Lucius havia se declarado, do jeito dele. Estava apaixonado por ela.
Libby não poderia estar mais felizSe estivessem juntos, poderia, faze-lo ama-la intensamente como ela faz por ele.

O Ogro e a Libélula - Clube dos Ordinários 2Onde histórias criam vida. Descubra agora