capítulo 62: sempre juntos

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Pov'Meredith.

Depois de exames e chegar ao diagnóstico começaria a parte mais difícil, montar a equipe para tratar de Andrew, em dois dias ele passaria por uma cirurgia, para remover as metástase do fígado e pulmão, depois começaria a quimioterapia, não sabia o quanto Andrew suportaria até lá.

Tinha medo do que estava por vir, de ter que viver sem ele. Isso me causava medo, não estava pronta para me despedir,

- oi - entrei no quarto.

- demorou - ele me mostrou um sorriso lindo.

- Maitê pediu pra comprarmos sorvete - contei.

- posso ganhar também? - ele me mostrou seu sorriso mais lindo.

- sim - caminhei em direção a cama.

Andrew estava sentado com as costas apoiada na cabeceira, em suas mãos havia um livro de medicina que peguei e fechei o colocando na mesinha ao lado da nossa cama.

- o que aconteceu?

- nada - sentei sobre as pernas dele de pernas abertas - só quero fazer um carinho no meu marido - murmurei, senti ele apertar sua mandíbula, era uma reação que sempre tinha quando lhe fazia carinho.

- o que aconteceu entre sua saída e volta pra casa? - Andrew me olhou desconfiado.

- vi nossa filha escolhendo três sabores de sorvete - expliquei.

- só isso?

- sim! E foi um momento único, como todos desde que ela chegou em nossas vidas... Desde que te reencontrei cada momento foi único, eu deveria estar te apoiando mais, protegendo e te amando - beijei a testa dele depois suas bochechas e por fim a ponta do seu nariz - quero que possa ver nossa filha escolhendo três sabores de sorvete, cantando no banco de trás do carro.

- eu te amo sabia? - Andrew murmurou baixo.

- te amo demais... E você não está sozinho, quando sofri aquele acidente, você cuidou de mim, mesmo estado com raiva por causa das minhas escolhas, você esteve lá.

- e quero estar sempre.

- exatamente! Eu também... Quero estar com você na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Pra sempre.

- preciso só me desculpar por ter falado que você desistiu de nós! Não sei se fiz isso... As vezes tudo fica confuso.

- não fez, mas não importa... Isso passou - segurei seu rosto entre minhas mãos - sono que importa e que estamos juntos.

- quero te mostrar uma coisa - ele sorriu.

- pode ser depois? - pedi.

- por que?

- se você não estiver muito cansado.... - não completei a frase, apenas sorri de lado.

- sexo? - ele se animou.

- se não estiver se sentindo mal - me fiz de rogada, sabia que agora apesar de ele sentir dor ainda não era ruim, tudo ia ficar foda depois, quando a quimioterapia começasse, quando seu corpo estivesse mais fragilizado e não teria ânimo ou desejo, e agira ainda éramos nos, nossa vida e nossos sentimos.

- não!

- isso é bom - levantei e fui fechar a porta, parei a uma distância e comecei a tirar minhas roupas, Andrew já estava apenas de calça moletom.

Voltei a sentar em cima dele e passei meus dedos em seu peito, por sua tatuagem que tinha uma cota de boas memórias, beijei bem em cima depois o fitei, desci mais minha mão e senti a dele sobre a minha descendo por seu abdômen, Andrew aos 18 era lindo, agora era perfeito.

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