capítulo 46: não é suficiente

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Pov'Meredith.

Ligação on.

- oi Carina.

- Mer... O papai... Eu acho que ele infartou...

- como? O que?

- estamos indo pro hospital - ela estava chorando.

- ta... estou indo... Cadê o Andrew?

- dirigindo.

- ok.

Ligação off.

- merda - apaguei o fogo e tapei as panelas, minha torta ia ficar para outra hora.

👩🏼‍⚕️🧑🏻‍⚕️

Quando cheguei ao hospital Andrew e Carina ainda não haviam chegado, vantagens de morar tão perto, fiquei na entrada da emergência esperando.

- Dra Grey! - ouvi Roy me chamar - o que faz aqui?

- meu sogro passou mal, quem está de plantão na cárdio? - perguntei.

- a Dra Laura.

- ótimo! Se ele precisar de cirurgia, ela vai dar conta. - respirei aliviada, não que eu achasse que os outros médicos não eram tão bons, era só o medo de Vicenzo morrer.

- vou chamar ela - ele falou

- obrigado.

  Vi a caminhonete se aproximar e Andrew parar ela bem na entrada.

- preciso de uma maca - pedi a um dos internos.

Mas Andrew não esperou, desceu do carro e tirou o pai desacordado.

- estaciona - ele falou para Carina - foi minha culpa - ouvi o desespero na voz dele ao colocar o pai na maca que o interno trazia.

- depois falamos disso.

- bom dia, qual o caso? - a Dra Laura perguntou se aproximando.

- bom dia Laura! É meu sogro, ele teve um infanto a um ano e meio, as vezes tem pequenas dores, hoje passou mal.

- vamos levar ele, assim que tiver algo aviso.

- ok! - segurei Andrew quando ele tentou seguir Roy e Laura.

- cadê o papai? - Carina perguntou entrando na emergência.

- está sendo atendido... - respondi - o que aconteceu?

- foi minha culpa - Andrew murmurou.

- isso não faz sentido.

- nós brigamos - Carina completou.

- vocês são dois idiotas - falei agora com raiva - burros...

- foi... - Andrew ia começar a falar.

- a Susan já sabe? Cadê ela?

- não, ela não estava em casa... Vou avisar. - Carina murmurou.

- ótimo! Depois nos três vamos conversar... Tô cansada dessa infantilidade dos dois! Vou ver Vicenzo...

- Meredith - Andrew pegou minha mão.

- depois! Nós três vamos conversar... Não foi uma sujestão - me afastei deles.

Entrei na sala de trauma e vi que Vicenzo ainda estava desacordado

- posso só acompanhar? Ele é meu paciente... Acompanho ele desde o primeiro infarto.

- tudo bem! Se ficar quietinha - Laura sorriu.

- prometo... Já tem alguma coisa?

- foi outro infarto, quero colocar outro stenti, tá vendo - ela me indicou a artéria.

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