Capítulo 10

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- o que? - ele parecia ter acordado agora, seu rosto estava um pouco amassado, e seu cabelo fora de ordem, vestia apenas uma calça de dormir, ele parece entender o que eu queria dizer apenas minutos depois - mas você disse que não iria acontecer mais?

- eu sei o que eu disse, mas estou retirando minhas palavras - não espero ele dar espaço para entrar, passo por ele entrando no quarto.

- Elain, não acho que é uma boa ideia - ele fecha a porta.

- então, deixa eu dormir aqui, não estava conseguindo - tento fazer a melhor expressão de súplica que conseguia, ele parece pensar por um minuto e concorda.

- tudo bem, pode deitar - viro de costas para ele não ver o sorriso em meu rosto, aproveito e caminho até a cama deitando no lugar mais frio, o lado que não era usado.

- não vai deitar? - pergunto quando já estava embaixo das cobertas, o lençol fino cobria minhas pernas a mostra, a camisola não ia até a metade das minhas coxas.

- vou - ele ainda parecia estar acordando e tentando entender.

Lucien caminha até a cama a passos demorados, deita no lugar que estava antes, seu olhar vai para o teto sem saber o que fazer.

Aproveito que não se cobriu totalmente para observa-lo, estava sem camisa, e conseguia ver perfeitamente em como estava mais definido. Involuntariamente meus dedos tocam em seus músculos do abdômen, acaricio sua pele de forma lenta, sentindo o calor de seu corpo penetrar na ponta de meus dedos, como pequenas brasas.

- Elain, o que...

Coloco uma mão na boca dele para não continuar a fala, ele parece entender o recado, pois se mantém calado até quando o liberto.

Minhas descem devagar, contornando cada detalhe, sentindo cada pedaço de sua pele, parando somente no final, quando alcanço o início da calça, minha mente curiosa pensa em descer mais, e fico imaginando como seria o...

Paro os pensamentos no mesmo instante, não iria pensar em outras partes dele agora, principalmente quando fiquei olhando demais. Quando levanto o olhar para seu rosto percebo que os olhos deles estavam fixos em meu rosto, conseguia ver o desejo através deles, me pergunto se conseguiu adivinhar meus pensamentos, e se também pensou como seria se eu descesse mais.

- tem certeza que quer dormir aqui? - sua voz estava mais rouca e carregada que o normal, um leve arrepio percorre meu corpo.

- sim...

Não queria apenas dormir, era óbvio, mas também não iria ultrapassar os limites hoje, minha curiosidade não seria saciada hoje, não, eu não quero companhia em casa quando isso acontecer, se acontecer.

A pele dele parecia ficar mais quente em meus dedos, subo até seu peito onde deixo apoiada, seu olhar ainda estava cravado no meu, uma batalha silenciosa. Ele parecia pensar se me afastava ou me beijava, seu desejo é evidente até em seu cheiro, e parece ganhar essa batalha, pois poucos segundos depois ele se inclina em minha direção.

Ele não é gentil quando seus lábios tocam os meus, nem eu queria que fosse, nosso significado de gentileza era totalmente diferente, e ele sabia perfeitamente o que eu queria quando me viu na porta.

Sinto sua mão em minha cintura puxando meu corpo para mais perto, quase deixando em cima dele, em seguida desce até minha coxa onde agarra e sobe para cima do seu corpo. Não consigo evitar em arfar com o toque, eu queria mais, queria sentir mais, ele parece entender e levanta minha camisola até a cintura, lembro que não estava usando nada por baixo e ele geme em prazer ao perceber isso.

A língua dele invade minha boca em urgência e necessidade, não havia nada da delicadeza dos primeiros beijos, apenas o desejo desenfreado que crescia. Minha mente imagina o cenário de sua boca em outras partes do meu corpo, deixando uma trilha de fogo por cada parte...

Corte de flores solaresOnde histórias criam vida. Descubra agora