Capítulo 21 - Estival

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Olaa,

Hoje é mais um daqueles capítulos (rsrs), achei que o lugar merecia uma cena assim, mesmo que não muito extensão.

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Feyre havia contado pouco sobre a Corte Estival, mas consegui reconhecer detalhes do palácio de Tarquin.

Fiquei maravilhada quando cheguei, o sol atingiu meu rosto junto com a brisa do mar, foi uma das melhores sensações que já senti, o cheiro de água salgada, o sol quente, mas ao mesmo tempo com uma brisa fresca.

- aqui é lindo - murmuro para Lucien enquanto seguimos um féerico para ir ao encontro de Tarquin.

- sempre me esqueço disso - ele também parece maravilhado com os detalhes - vai se juntar a nós?

- creio que não, gostaria de aproveitar a vista, e já sei o que você vai falar - balanço os ombros, Lucien me passava um relatório depois das reuniões, me contando o que cada um falou, nas próximas cortes a única novidade seria sobre Tamlin.

- encontro você no quarto depois, é bom aproveitar o clima quente, amanhã vamos para a invernal.

O féerico em nossa frente abre a porta para Lucien entrar.

Sozinha no corredor, apenas com a presença do féerico que nos guiou, minha única opção foi seguir por outro caminho, provavelmente de onde seria nosso quarto.

Não ficamos mais de dois dias em uma corte, quanto mais cedo chegasse na diurna seria melhor, e mais seguro, de acordo com Feyre e Rhysand.

...

O quarto tinha uma vista de tirar o fôlego, era possível ver as ondas quebrando, a brisa entrava pelas janelas abertas e balançava as cortinas de tecido fino.

Apesar do quarto ser bonito não queria ficar somente aqui dentro, pego a mala colocando em cima da cama, busco por um dos vestidos mais leves, a saia tão fina que no sol poderia ser transparente. Vi féericas usando modelos parecidos quando chegamos, então acho que seria adequado.

O vestido rosa escorrega do meu corpo para ser substituído pelo azul esvoaçante, o tecido da saia voava com a brisa que entrava.

Sem esperar mais um segundo guio meus passos para fora do quarto, ninguém pareceu se importar, apesar de todos parecerem atentos com minha presença, ninguém gostaria de mais um roubo na corte.

Quando meus pés tocam o lado de fora do palácio a brisa me atinge mais forte, de forma reconfortante, como se estivesse me abraçando. Não contenho o sorriso enquanto caminho, sem um destino fixo, apenas caminhando e caminhando.

Entro pelas ruas da cidade, observando as lojas, haviam jóias tão lindas quanto na Corte Noturna, algumas nunca tinha visto, as pedras brilhando tão fortemente, como se fossem o próprio céu ou mar.

Era um lugar belíssimo, não sobrava dúvidas disso, e diferente do que já tinha visto.

Não sei quanto tempo passo apenas admirando cada loja, cada casa, cada lugar.

Nesse momento percebo que fiz a escolha certa em fazer essa viagem, não por Lucien, bom, em parte por ele também, mas conhecer os lugares, ver além do lugar que vivo, o que existe em cada corte, é gratificante e renovador, como se uma parte nova de mim tivesse sido descoberta e despertada.

Sigo com os pensamentos enquanto caminho de volta para o palácio, é metade da tarde e meu estômago apresenta sinais de fome, estava tão distraída em me maravilhar com os detalhes da corte que não pensei em comer.

Não precisei entrar no palácio para encontrar Lucien, ele estava saindo com uma cesta enfeitada com conchas.

- onde vai? - pergunto quando ele para em minha frente, bloqueando o sol.

Corte de flores solaresOnde histórias criam vida. Descubra agora