EPÍLOGO

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21 de Dezembro

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21 de Dezembro

Com um passo adiante permito que a água quente caia sobre minha cabeça. Eu estava cansa, minhas pernas estavam inchadas por passar tantas horas sentada dentro de um avião e meus olhos pesados por não conseguir dormir um minutos sequer durante a viagem. Provavelmente se estivéssemos no México eu estaria dormindo, mas ali já era dia, o sol já raiava do lado de fora e embora não houvesse uma nuvem sequer no céu, estava frio e toda aquela neve branca do lado de fora refletia em uma luz exagerada dentro de casa.

Fiquei tanto tempo no banho que Christopher bateu na porta para verificar se que estava bem. Três anos e meio já haviam se passado, mas eu não podia julgá-lo sempre que ele se preocupava por eu demorar em alguma coisa, eu causei esse trauma nele.

— Amor? Está tudo bem? — Escutei sua voz preocupada do outro lado da porta. — Posso abrir? — Perguntou e aguardou minha resposta.

Eu não sei se eu tive a sorte de encontrar um homem que me respeitasse e que entendesse meu lado e nem sei se existia algum outro homem no mundo igual a ele e esse era o motivo de permanecermos juntos. Christopher e eu tínhamos uma relação leve e intensa ao mesmo tempo, envolvendo respeito, companheirismo e uma amizade que supriu todas as minhas perdas. A gente estava junto há três anos oficialmente e em todo esse tempo ele nunca me faltou com respeito e a única coisa que ele fazia sem pedir a minha permissão era me roubar beijos em momentos aleatórios. Ele sabia que eu estava curada, passei meses internada em um hospital psiquiátrico para isso e eu também sabia que estava, mesmo assim, o cuidado da parte dele jamais faltou. Eu tinha medo de algum dia voltar a viver todo o pesadelo que vivi, mas ele parecia ter muito mais medo do que eu.

— Eu já estou saindo.

— Tá bom, espero você lá embaixo.

— Tá bom.

A decisão de passar as festividades de fim de ano na Suécia com os pais dele foi unânime. Alexandra e Victor nos visitava duas vezes por ano por alguns dias no México e eu só tinha ido ali uma vez no Natal do ano anterior. Não que eu não tivesse vontade de ir, mas agora eu tinha um emprego fixo que não me permitia viajar a todo momento e Christopher também tinha seu negócio com a academia. Da última vez que fomos, levamos Luna com a gente, mas agora Annie tinha ficado com ela no México, já que a nossa situação estava um pouco mais apertada.

Confiar | VONDY - FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora